A CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento Pessoal de Nível
Superior) fará uma mudança no modelo de avaliação da produção científica
nacional. A partir do ciclo 2025-2028, o processo passará a focar a
classificação dos artigos publicados, e não mais o periódico em que o texto
saiu. A produção científica é avaliada a cada quatro anos como parte do
processo de avaliação dos programas de pós-graduação. As avaliações podem
manter o financiamento de recursos para pesquisa e pós-graduação, como bolsas
de mestrado e doutorado e auxílios para laboratório e de publicação, ou podem
ser reduzidas, se o desempenho no período for abaixo do esperado. Antes, os artigos eram
classificados segundo uma lista conhecida como Qualis Periódicos, que
estratificava os títulos conforme uma classificação (de A1 até C4) baseada no
impacto científico internacional dos periódicos. Nessa avaliação, revistas eram
ranqueadas por área segundo o fator de impacto geral na plataforma, o que
gerava uma discrepância, já que artigos de melhor qualidade podiam ter uma
avaliação pior se fossem publicados em uma revista de nível inferior do que
aqueles publicados em revistas A1 ou A2, por exemplo. Agora, a avaliação será
feita com três procedimentos: levando em consideração a relevância da revista e
do artigo, como por meio das citações alcançadas; se ele foi publicado em uma
revista indexada em grandes bases de periódicos e de acesso aberto; e pela
qualidade do artigo em si.
Fonte: Folha de S. Paulo - 25/11/24