27 fevereiro 2020

Reforma tributária não traz novo risco a universidades

Desde que ganhou força no Congresso a proposta de reforma tributária que acaba com o imposto que financia as universidades estaduais de São Paulo, reitores têm manifestado preocupação com o futuro das instituições. No entanto, para Bernard Appy, economista autor do estudo que embasa o projeto, não há motivo para tanto receio.
Atualmente, USP, Unesp e Unicamp são bancadas por uma fração de 9,57% do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). A destinação, inicialmente de 8,4%, foi instituída por decreto de 1989 e depois ampliada sucessivamente até chegar ao índice atual.
Embora a autonomia universitária esteja prevista na Constituição, o fato de em São Paulo a verba ser carimbada na prática confere às universidades paulistas uma maior autonomia do que têm as federais, uma vez que as últimas estão sujeitas a cortes e contingenciamento de verba promovidos pelo governo.
Se a reforma for aprovada da forma como propõe Appy, o ICMS será extinto e unificado junto com outros quatro tributos em um único Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).
Com isso, será preciso negociar uma nova lei ou decreto para estabelecer o financiamento da USP, Unesp e Unicamp, em clima político menos favorável ao ensino superior público do que em 1989. A Assembleia Legislativa de São Paulo, por exemplo, concluiu há pouco uma CPI para investigar a gestão das três estaduais.
Appy afirma, por outro lado, que hoje a destinação do ICMS já está prevista em um instrumento frágil, um decreto. "Se o governador quiser, ele derruba com uma canetada", diz. "Se não o fez, é que já há uma boa vontade dele em manter o financiamento."
O economista aponta que o estado pode adotar diferentes soluções se a reforma for aprovada. Pode-se tanto criar uma subalíquota do IBS como editar uma lei ou decreto com uma fórmula de conversão para que tudo o que hoje é vinculado ao ICMS passe a ser vinculado ao IBS.      Fonte: FolhaPress - 27/02/20

Situação do Acesso Aberto: editores, disciplinas e evolução do impacto

Há um crescente interesse em relação ao acesso aberto – Open Access (OA) na literatura acadêmica. Porém, há uma carência de estudos em larga escala, atualizados e reprodutíveis, avaliando a prevalência e as características do OA. Estudo de julho de 2018 intitulado “O estado da OA: uma análise em larga escala da prevalência e impacto de artigos em acesso aberto” (em inglês The state of OA: a large-scale analysis of the prevalence and impact of Open Access articlesbusca sanar essa necessidade e responder duas questões:

1. Que porcentagem da literatura acadêmica é OA e como essa porcentagem varia de acordo com o editor, a disciplina e o ano de publicação?
2. Os documentos da OA são mais citados do que aqueles de acesso por assinatura?

Um dos pontos de destaque é o oaDOI, um serviço online aberto que determina o status de OA para 67 milhões de artigos. O oaDOI retorna um link para uma versão OA legalmente disponível do artigo, quando um estiver disponível (https://oadoi.org/). Ele contém registros para todos os 88 milhões de DOIs Crossref. O serviço oaDOI rastreia, agrega, normaliza e verifica dados de várias fontes, incluindo PMC (https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/), BASE (https://www.base-search.net / about / pt /), DOAJ (https://doaj.org/) e milhares de repositórios e editores institucionais.   Leia maisFonte: AGUIA - 26/02/20

Evolução dos registros ORCiD na USP continua positiva. Confira dados de janeiro de 2020

O ORCiD é um identificador internacional gratuito e também um currículo digital para docentes, alunos e profissionais. Ele fornece uma identidade persistente para os autores e conecta com as  editoras de revistas e os artigos por meio dos identificadores de objetos digitais (DOIs). Integrando-se a outros identificadores (ResearcherID, ScopusID, GoogleID), editores de revistas (Springer Nature, Elsevier, Wiley, etc.) e organizações mundiais (Crossref, Datacite, Uberwizard), o registro ORCiD permite atualizações automáticas de informações sobre produção científica, agregando racionalidade às atividades do pesquisador e a validação de seus dados. Além disso, promove a identificação inequívoca do autor, a visibilidade de suas atividades e sua reputação internacional.

Benefícios para os Pesquisadores

O ORCiD é um identificador internacional gratuito e também um currículo digital para docentes, alunos e profissionais. Ele fornece uma identidade persistente para os autores e conecta com as  editoras de revistas e os artigos por meio dos identificadores de objetos digitais (DOIs). Integrando-se a outros identificadores (ResearcherID, ScopusID, GoogleID), editores de revistas (Springer Nature, Elsevier, Wiley, etc) e organizações mundiais (Crossref, Datacite, Uberwizard), o registro ORCiD permite atualizações automáticas de informações sobre produção científica, agregando racionalidade às atividades do pesquisador e a validação de seus dados. Além disso, promove a identificação inequívoca do autor, a visibilidade de suas atividades e sua reputação internacional.  Leia maisFonte: AGUIA - 26/02/20


Guia rápido das Bibliotecas da USP para estudantes 2020

A USP oferece aos seus alunos 48 Bibliotecas, distribuídas em todos os Campi da Universidade. São espaços de pesquisa, consulta, estudo e permanência. Seus acervos cobrem todas as áreas do conhecimento e incluem livros, revistas, dissertações e teses, além de outros materiais e coleções especiais. Em cada uma delas você encontrará os recursos e serviços necessários para seu sucesso nos estudos. Para saber mais, consulte o Guia rápido dos estudantes – Bibliotecas da USP ou procure a Biblioteca da sua Unidade de vínculo. 
As Bibliotecas dispõem de espaços para estudo individual e em grupo, sala de videoconferência e de treinamento, computadores e acesso wifi, fotocopiadoras, scanners e conexão remota – VPN/USP. Além dos ambientes e serviços, há diversas opções de fontes de informação tais como bases de dados, metabuscadores, catálogos, bibliotecas e coleções digitais. 
O empréstimo de obras na USP é unificado. Basta apresentar seu Cartão USP ou a Carteirinha Digital USP (e-Card USP) em qualquer uma das 48 Bibliotecas e registrar-se para tomar emprestado livros e outros materiais. Consulte o Catálogo Dedalus – http://www.dedalus.usp.br – ou o Portal de Busca Integrada – http://www.buscaintegrada.usp.br – para localizar as obras disponíveis em cada Biblioteca e os conteúdos digitais. 
A Agência USP de Gestão de Informação Acadêmica (Aguia) – http://www.aguia.usp.br – é o órgão da Universidade responsável por alinhar a gestão da informação, da produção intelectual e das bibliotecas institucionais aos objetivos da Universidade. No portal da Agência é possível encontrar informações sobre todas as bibliotecas das unidades, acessar os sites, endereços e horários de atendimento de cada uma delas.  Fonte: AGUIA - 21/02/20

Coleção de eBooks disponíveis no Portal da CAPES


A coleção Springer Book Archives (SBA) está totalmente disponível através do Portal de Periódicos a todas as instituições integrantes do consórcio CAPES/Springer.
A coleção Springer Book Archives (SBA) contempla mais de 58.000 títulos acadêmicos disponíveis em 11 coleções temáticas em inglês, com datas de publicação desde 1840 até o ano de 2004. Todos os títulos foram tratados digitalmente e estão disponíveis via SpringerLink.
Suas principais características são:
  •     Sem limite de usuários, acesso e downloads
  •     Download completo do livro ou por capítulo
  •     Formato PDF
Este precioso acervo inclui títulos anteriomente esgotados ou indisponíveis, além das principais séries de livros, como a coleção Lecture Notes.  Fonte: AGUIA - 21/02/20

Ferramenta para detecção de similaridades

Turnitin é uma ferramenta de apoio a detecção de plágio, que possui uma base de dados comparativa com mais de 143 milhões de artigos acadêmicos, 55 bilhões de sites armazenados e 300 milhões de trabalhos de alunos. O acesso à plataforma por alunos da pós-graduação, graduação e funcionários da USP é feito mediante                                                              cadastro e login realizados previamente: http://bit.do/fxc5o.



Confira em: bit.ly/2PkhWFU

21 fevereiro 2020

Capes adota modelo inédito de concessão de bolsas

Segundo a Capes, o modelo, que será implementado de forma gradativa, prevê que o número de benefícios a ser concedido para cada curso será obtido pelo resultado da multiplicação de valores de referência de concessão de bolsas por pesos associados ao IDHM e à titulação média de estudantes

A partir de agora, a Capes implementará, de forma gradativa, um novo modelo de concessão de bolsas de estudo para programas de pós-graduação stricto sensu. O objetivo é corrigir distorções na distribuição do benefício e valorizar os cursos com melhor desempenho acadêmico e aqueles oferecidos em municípios com menor desenvolvimento humano. O anúncio foi feito nesta quinta-feira, 20, pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, e pelo presidente da Capes, Benedito Aguiar. Para o ministro, o modelo de concessão dá continuidade à política do MEC de valorizar o desempenho acadêmico e diminuir a concentração das bolsas da Capes em grandes centros: “A gente quer espalhar mais a pesquisa científica no Brasil, mas sempre buscando o mérito”.
Ações pontuais, incorporadas ao longo dos anos aos programas institucionais de concessão de bolsas, provocaram distorções na distribuição. Foram identificados, por exemplo, cursos de doutorado semelhantes (mesmas nota, área de conhecimento e localização geográfica) com quantitativos de bolsas muito diferentes. Também foram observados cursos de excelência com número de bolsas inferior ao de cursos com nota mínima permitida.  
Bolsistas não serão atingidos com a adoção do modelo, pois serão redistribuídas somente as bolsas que não estiverem em uso. Atualmente, a Capes concede 81.400 bolsas a estudantes de 5.700 cursos de mestrado e doutorado, em todas as unidades da Federação, por meio de programas institucionais de apoio à pós-graduação.  Leia mais.  Fonte: CAPES - 21/02/20

O acesso aberto é mais amplo que apenas um acesso gratuito de revistas científicas


 Infográfico está licenciado em Creative Commons (CC BY)

O quão aberta
é a sua publicação?
Existem características que definem o quanto um arquivo pode
estar em acesso aberto ou restrito, assegurando os direitos de uso.
Para saber o quão aberta é a sua publicação científica,
deslize a chave pelas fechaduras e confira cada nível.

Como é feita uma pesquisa bibliográfica?

Entende-se por pesquisa bibliográfica a revisão da literatura sobre as principais teorias que norteiam o trabalho científico. Essa revisão é o que chamamos de levantamento bibliográfico ou revisão bibliográfica, a qual pode ser realizada em livros, periódicos, artigo de jornais, sites da Internet entre outras fontes.
                                                      

Pesquisa bibliográfica  saiba como fazer em 7 passos:
  1. Utilize o Google Books.
  2. Busque notícias sobre o assunto.
  3. Concentre-se em um autor.
  4. Diversifique suas fontes de pesquisa.
  5. Consulte trabalhos anteriores sobre o tema.
  6. Anote todas as referências em um só lugar.
  7. Conte com seu orientador.

Como fazer uma ficha de leitura

Apesar de não existir um padrão ou regra específica para produzir uma ficha de leitura, tenha em mente que ela não é um resumo do texto. No entanto, os itens que constam na ficha devem, sim, proporcionar uma visão geral do que consta naquele texto.
1- Título e autor(es);
2- Objetivo/Problema principal do texto;
3- Tópicos importantes dessa pesquisa (essa parte é muito pessoal, mas coloque aqui tudo o que vale a pena saber sobre esse texto: teoria utilizada, método, reflexões importantes, achados importantes);
4- Citações (deixe um espaço para copiar e/ou indicar passagens que você citaria em um futuro trabalho seu);
5- Avaliação (escreva, com suas palavras, sua análise sobre esse texto).

Conheça o que é um infográfico

Um infográfico, ou a arte da infografia, é caracterizado por ilustrações explicativas sobre um tema ou assunto. Infográfico é a junção das palavras info (informação) e gráfico (desenho, imagem, representação visual), ou seja, um infográfico é um desenho ou imagem que, com o auxilio de um texto, explica ou informa sobre um assunto que não seria muito bem compreendido somente com um texto. Os infográficos são muito utilizados em jornais, mapas, manuais técnicos, educativos e científicos, e também em sites.  Fonte: Oficina da Net

Linha do tempo do acesso aberto no mundo

  PDF:    Linha do Tempo
  Resumo: Infográfico com os principais marcos e iniciativas de acesso aberto no mundo. 
  Autor: Infografia e ilustrações: Luiz Iria
              Conteúdo: Ana Beatriz Aguiar e Rosane Mendes
              Edição: Fernanda Marques e Flávia Lobato

Seja um empreendedor ao final da Pós-Graduação

A Agência USP de Inovação (Auspin) realizará a palestra “Seja um empreendedor ao final da Pós-Graduação
Nesta palestra, seguida de uma sessão de perguntas e respostas, o Prof. Fabio Kon, do IME-USP e Coordenador Adjunto de Pesquisa para Inovação da Fapesp, irá discorrer sobre a importância do Empreendedorismo de alta-tecnologia para o país e irá apresentar o programa PIPE da Fapesp que financia projetos de pesquisa em startups e pequenas empresas no Estado de São Paulo.
Data: 24 de março de 2020
Horário: 
das 16h às 17h30
Local: 
Arena Santander USP 

O evento é aberto e gratuito e será emitido certificado. 
Informações e inscrições em http://bit.do/fu9QY.

Empreendedor: características, perfis e tomada de decisão

A Agência USP de Inovação (Auspin) realizará a palestra “Empreendedor: características, perfis e tomada de decisão”.
Neste evento haverá uma provocação para reflexão sobre a conduta nas decisões, profissionais e pessoais, as características dos empreendedores, a influência destas na Gestão de Negócios e o perfil ideal ou adequado para conduzir qualquer tipo de negócio.

Palestrante: Salvador Serrato
Data: 17 de março de 2020
Horário: 16h às 17h30
Local: Arena Santander USP

O evento é aberto e gratuito e será emitido certificado.
Informações e inscrições em 
http://bit.do/fvqrR.


Carta IEDI analisa a interação entre universidades e empresas

A edição nº 976 da Carta IEDI, elaborada pelo Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial, analisou a interação entre universidades e empresas no Brasil e em outros países. O documento usou como referência, no caso brasileiro, o artigo Benchmarking university/industry research collaboration in Brazil, escrito pelo diretor científico da FAPESP, Carlos Henrique de Brito Cruz, e publicado no livro Innovation in Brazil: Advancing development in the 21st century. A obra foi organizada por pesquisadores do Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos, e lançada em 2019.
O diretor científico da FAPESP fundamenta seus argumentos em quatro indicadores ainda pouco explorados: gastos de empresas em apoio à pesquisa universitária, quantidade e intensidade de artigos científicos publicados em coautoria por cientistas de universidades e de empresas, número de patentes registradas e indicadores relacionados, além do número de empresas criadas por estudantes e professores universitários.
Brito Cruz adota o número de artigos em coautoria de pesquisadores de universidades e do setor empresarial como indicador da colaboração entre os dois setores. Em São Paulo, por exemplo, o porcentual de 2,5% de artigos em coautoria foi semelhante ao de 28 países europeus e maior do que o porcentual da Espanha – ainda que muito aquém da França e Alemanha.  Leia mais
Fonte: Ciência FAPESP - 21/02/20

20 fevereiro 2020

“Carreiras devem ser baseadas em projetos pessoais”

É o que afirma o professor anglo-americano Michael B. Arthur, criador da tese das “carreiras sem fronteiras” e que esteve recentemente na USP


Em um mundo em constante mutação, as carreiras profissionais também estão se modificando. Não só com a criação de novas formas de trabalho e de especialização profissional, mas também a partir de uma perspectiva mais ampla e mais direta — aquela que diz que quem deve gerir sua carreira é o próprio trabalhador, e não deixar que essa gestão fique a cargo de uma empresa. É a “carreira sem fronteiras”, termo criado pelo professor anglo-americano Michael B. Arthur, da Universidade de Sufolk, em Boston, nos Estados Unidos. Professor Emérito da Faculdade de Negócios e Estratégia Internacional naquela instituição, Arthur criou o termo ainda nos anos 1990 para definir o fim dos tradicionais planos de ascensão dentro das empresas.
Em recente visita à Universidade de São Paulo, Michael Arthur participou de eventos e atividades acadêmicas  na FEA e na FIA, além de ter ministrado uma palestra para professores e pesquisadores do Escritório de Desenvolvimento de Carreiras (ECar), ligado à Pró-Reitoria de Graduação. O ECar tem como proposta apoiar alunos da USP em suas reflexões e ações em suas trajetórias profissionais. 
Veja, a seguir, os principais trechos da entrevista que o professor Michael B. Arthur deu com exclusividade ao Jornal da USP.   Fonte: Jornal da USP - 20/02/20

Comissão entrega a presidente da Capes relatório sobre Avaliação Multidimensional


Um relatório com recomendações para o novo modelo de avaliação da Pós-Graduação brasileira foi entregue a Benedito Aguiar, presidente da CAPES, pela Comissão Nacional de Acompanhamento do Plano Nacional da Pós-Graduação (2011-2020), após reunião na sede da Coordenação.
O presidente destacou que esse parecer é “muito importante, porque vai permitir pensar a Pós-Graduação brasileira para os próximos anos e para a elaboração do novo decênio”. Após análise, o relatório deve ser apresentado ao Conselho Superior da CAPES.
O documento traz “todas as consequências e características que acompanham a implantação do modelo multidimensional de avaliação da pós-graduação stricto sensu para o quadriênio 2021-2024”, conforme explicou Jorge Audy, presidente da Comissão.
Durante o encontro, a equipe apresentou os trabalhos desenvolvidos ao longo dos seus dez anos, cuja função central é observar a evolução de indicadores. “Nossa previsão é, em dezembro, entregarmos ao presidente da CAPES e ao Conselho Superior relatório que analisa o comportamento das 10 áreas definidas no PNPG”, explicou Audy.   Fonte: CAPES - 20/02/20

A nanotecnologia também se aplica aos alimentos


A ciência que manipula os átomos e as moléculas a uma escala nanométrica está cada vez mais presente nos produtos que ingerimos. Reduzir os odores, alterar a aparência ou melhorar a textura dos laticínios são algumas das aplicações que podem ser encontradas na indústria.
A nanotecnologia é usada em uma infinidade de aplicações, de tecidos livres de odores e alimentos menos perecíveis a métodos terapêuticos contra o câncer. De acordo com o site NanOpinion, lançado pelo Programa de Pesquisa e Desenvolvimento da União Europeia, a nanotecnologia significa “engenharia a uma escala muito pequena". Um nanômetro é a bilionésima parte de um metro. É como se comparássemos o tamanho de uma maçã com o planeta Terra. A nanotecnologia é aplicada em diversas áreas, incluindo alimentos, agricultura, medicina, tecnologias da informação, comunicação, energia e meio ambiente. A nanotecnologia nos permitirá ter acesso a produtos mais saudáveis, resistentes a doenças e menos perecíveis
Atualmente, na indústria alimentar, predomina o uso da nanotecnologia para melhorar o sabor dos alimentos e torná-los menos perecíveis. Além disso, a revista Agro indica que a nanotecnologia começou a ser utilizada na fabricação de pão de forma com ômega-3 procedente de peixe, na melhora da textura de produtos lácteos, como o queijo, e no controle dos odores dos alimentos. Entretanto, nos alimentos processados, está sendo usada para reduzir a quantidade de gordura e sal necessária para sua produção.

O futuro dos nanoalimentos

A nanotecnologia na alimentação nos permitirá ter acesso a produtos mais saudáveis, resistentes a doenças e menos perecíveis. O Agro mostra alguns exemplos de nanotecnologias que estão sendo desenvolvidas: sensores para analisar o estado de frescor e estimar a vida útil com precisão, detecção e neutralização imediata de microrganismos patogênicos, aditivos, remédios, toxinas, metais pesados e pesticidas e detecção de alérgenos e fatores antinutricionais. 
Também houve progressos significativos no desenvolvimento de nano-embalagens e nano-etiquetagens, um método de fabricação que utiliza a nanotecnologia que faz com que a embalagem mude de cor quando ocorre qualquer deterioração no alimento. Isso permitirá retirar o produto da cadeia de distribuição antes de chegar às prateleiras e ao consumidor final.
O Agro aponta que, na Universidade de Rutgers, nos Estados Unidos, especialistas estão usando a nanotecnologia para criar alimentos com qualidades medicinais, chamados de nutracêuticos. O termo tem sua origem na fusão das áreas da nutrição e da farmacêutica. Os alimentos nutracêuticos têm a vantagem de poder ser personalizados de acordo com o perfil genético e nutricional de cada indivíduo, liberando as moléculas necessárias e retendo as outras.  
Fonte: Connect Americas – 20/02/20