Universidades públicas estaduais fazem um verdadeiro mutirão, em várias frentes, gerando conhecimento e criando soluções para combater a pandemia de covid-19; conheça algumas ações na USP
Se uma parte das pessoas assistiu atônita à chegada e ao desenrolar da pandemia no Brasil, não se pode dizer o mesmo dos pesquisadores das universidades públicas, como a USP. Aqui, o desafio da covid-19, apesar dos contornos trágicos, não causou imobilismo nem nos primeiros instantes.
Antes mesmo do desembarque do vírus, a comunidade científica já se movimentava para fazer frente ao problema. Foi assim que, dois dias depois da notícia do primeiro caso no País, pudemos noticiar o cultivo e sequenciamento do vírus nos laboratórios da USP, com o grupo liderado pela professora Ester Sabino, do Instituto de Medicina Tropical (IMT) da USP, ganhando destaque mundial.
O cultivo do vírus permitiu a distribuição de amostras aos laboratórios encarregados de desenvolver testes diagnósticos. Já o sequenciamento é uma etapa essencial para o monitoramento da epidemia em tempo real, como tem confirmado estudos recentes, inclusive com a participação do mesmo grupo, pelo projeto Cadde. “É um trabalho de vigilância contínua, para verificar como o vírus está evoluindo e a sua dispersão”, disse a pesquisadora Ester Sabino ao Jornal da USP, em matéria sobre artigo com sua coautoria com outros brasileiros na Science – uma das publicações mais respeitadas do mundo. A partir do genoma do vírus, o estudo em questão mostrou que, mesmo adotado depois que o vírus se espalhou, o distanciamento social foi capaz de diminuir pela metade a taxa de transmissão (número médio de contaminados por cada pessoa infectada). Saiba mais. Fonte: Jornal da USP - 17/08/20