22 dezembro 2020

A cultura como arma contra a pandemia

Nesse novo momento, talvez nunca tenha se consumido tanta cultura, por mais paradoxal que a ideia possa ser. Porque, no redimensionamento das ofertas culturais, muitos shows, lives e espetáculos teatrais foram disponibilizados gratuitamente. Estavam – e ainda estão – ali para quem quiser ver. É só acessar os Youtubes, Facebooks e Instagrans da vida longe do normal. Durante a quarentena, por exemplo, a Orquestra Sinfônica da USP, a Osusp, lançou uma série de novos projetos, que começou com Amarildo Nascimento e o Trompete e seguiu 2020 adentro oferecendo lives – definitivamente, a forma mais usada para colocar à disposição conteúdos culturais. A ideia era, como disse Fábio Cury, diretor da Osusp, “aprofundar as facetas educativas e interativas da orquestra”. Conseguiu.
E a música virtual não parou por aí. A elegante Sala São Paulo criou sua versão digital e passou a oferecer concertos os mais diversos, como aquele que reuniu o violinista Emmanuele Baldini e seis alunos da Academia de Música da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, a Osesp, para apresentar peças de Bach e Schubert na internet.   Veja mais.  
Fonte: Jornal da USP - 21/12/20

21 dezembro 2020

Ciência a peso de ouro

Pesquisadores brasileiros questionam decisão da Nature de cobrar taxa de 9 500 euros para publicação de artigos com acesso aberto a todos os leitores

A partir do ano que vem, cientistas que publicarem na 
Nature e em outras revistas do mesmo grupo editorial terão a possibilidade de deixarem seus artigos abertos para todos os leitores, e não só aos assinantes, mediante o pagamento de uma taxa de até 9 500 euros, ou cerca de 58 mil reais. A decisão foi criticada por cientistas brasileiros, que enxergaram no valor cobrado o potencial de aumentar o fosso que separa os pesquisadores dos países desenvolvidos e em desenvolvimento.
O anúncio foi feito no final de novembro pela Springer Nature, grupo editorial responsável por editar a Nature, uma das mais prestigiosas revistas científicas do mundo, e outras 32 publicações da mesma família. A Springer Nature se junta a outros periódicos que já ofereciam aos autores a possibilidade de pagarem para abrir o acesso aos artigos. Nenhum deles, porém, cobra um valor tão alto quanto a Nature.
A Springer Nature alega que a taxa de publicação é necessária para bancar os custos de produção, incluindo os salários de uma equipe com centenas de profissionais trabalhando em tempo integral. Cerca de 57 mil manuscritos são submetidos por ano às publicações do grupo Nature
, mas apenas 4 500 são aceitos para publicação após uma avaliação feita por especialistas da área de cada artigo – esse processo, conhecido como revisão por pares, é considerado o controle de qualidade da ciência.    Veja mais.   Fonte: Piauí - 14/12/20


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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