22 fevereiro 2021
21 fevereiro 2021
Pesquisadores sugerem nova teoria sobre a origem das Terras Pretas de Índio (TPIs) da Amazônia
TPI é um solo naturalmente fértil, favorável à agricultura, atributo raro na região amazônica, onde os solos ácidos são comuns.
Os autores do artigo - 14 pesquisadores, sendo nove brasileiros, dos quais seis são bolsistas ou ex-bolsistas do CNPq - defendem a hipótese de que processos naturais de deposição de partículas fluviais formaram essas manchas de solos férteis antes que populações humanas se utilizassem da fertilidade delas, contestando a teoria vigente de que essas terras são resultantes de ação humana no período pré-colombiano.
O grupo de autores do artigo reuniu pesquisadores da UnB - Universidade de Brasília, da UFPR (Universidade Federal do Paraná), do CPAA-EMBRAPA, do Instituto Federal de Educação do Sudeste de Minas Gerais, da Universidade de Oregon e do Lawrence Berkeley National Laboratory, ambos dos Estados Unidos, além de estudiosos da Universidade de Nottingham, no Reino Unido.
Um dos autores brasileiros do artigo, o pesquisador da UnB, Rodrigo Studart Corrêa diz que a colaboração se deu por iniciativa pessoal dos pesquisadores e ressalta a relevância desse tipo de cooperação. Saiba mais, assista ao vídeo e leia a matéria completa.
19 fevereiro 2021
Artigos de acesso aberto: um guia para pesquisadores
Encontrar uma pesquisa
científica de qualidade pode ser difícil, mesmo na Era da Informação, quando
quase qualquer coisa pode ser encontrada on-line. Os documentos de acesso aberto tornam o processo de pesquisa um
pouco mais fácil. Esta matéria, traduzida do Blog da Clarivate Analytics,
fornece aos pesquisadores uma visão geral completa do que é o acesso aberto, as
vantagens dos recursos de acesso aberto, o que procurar ao publicar documentos
de acesso aberto, bem como os diferentes tipos de acesso aberto disponíveis.
O que é o Acesso Aberto?
Acesso aberto (OA) é o nome do material científico e acadêmico
gratuito, digital e com texto completo disponibilizado on-line. Conforme
definido pelo Creative Commons, os documentos de acesso aberto são “digitais,
online, gratuitos e livres da maioria das restrições de direitos autorais e
licenciamento”.
Como o Open Access se desenvolveu?
Os anos 90 viram o início do movimento de acesso aberto causado
pela ampla disponibilidade da Internet, embora pesquisadores de física e
cientistas da computação tivessem arquivado trabalhos na Internet muito antes
de esse método de publicação ser oficialmente chamado de acesso aberto.
O acesso aberto capitalizou a crescente quantidade de tecnologias e tendências digitais emergentes para facilitar a descoberta de pesquisas e aumentar seu impacto subsequente. O acesso aberto garantiu que o trabalho dos pesquisadores se beneficiasse de uma ampla distribuição, além de permitir que os pesquisadores avancem seu trabalho mais rapidamente e que os alunos enriquecem seu aprendizado sem restrições. Leia o guia para pesquisadores. Fonte: AGUIA - 19/02/21
Prorrogado prazo para cadastro no Coleta
Os programas de pós-graduação têm até 30 de abril para preencherem dados no sistema
Livro discute o que jovem brasileiro pensa da ciência
O estudo dá sequência a um esforço de décadas para compreender comportamentos e representações da população brasileira sobre a ciência e a tecnologia. Poucos são os trabalhos, porém, que têm como foco os jovens, tornando suas opiniões e atitudes sobre C&T ainda pouco conhecidas. Um estudo específico com essa faixa etária permite aprofundar o debate e contribuir para a compreensão, por exemplo, dos motivos pelos quais vários países vêm observando redução no interesse dos jovens em seguir carreiras científicas.
“O livro apresenta os resultados da pesquisa de forma detalhada e aponta questões importantes para o desenho de políticas públicas e iniciativas de divulgação científica destinadas aos jovens”, comenta Luisa Massarani, líder do INCT-CPCT e uma das coordenadoras do trabalho de pesquisa. “Além disso, descreve a metodologia e o percurso da equipe de pesquisadores na construção dos instrumentos de investigação, tornando-se acréscimo importante à bibliografia disponível sobre o tema”.
Para realização do survey, foram ouvidas duas mil pessoas com idade entre 15 e 24 anos, residentes em todas as regiões do Brasil. A pesquisa também contou com etapas cognitiva e qualitativa, esta última composta por grupos de discussão com jovens entre 18 e 24 anos, residentes nas cidades do Rio de Janeiro (RJ) e Belém (PA).
O livro, que será distribuído gratuitamente, pode ser acessado aqui.
Plataforma Nacional de Recursos Genéticos terá colaboração do MCTI
Objetivo do projeto é criar um banco de
informações integrado sobre a biodiversidade do País para garantir a
preservação do patrimônio genético de espécies vegetais, animais e microbianas
O Brasil concentra 20% de toda a biodiversidade do planeta. O objetivo do projeto é criar um banco de informações integrado sobre a biodiversidade do país para garantir a preservação do patrimônio genético de espécies vegetais, animais e microbianas. “O Brasil é uma potência agroambiental. A gente precisa saber o patrimônio que tem. É uma questão de segurança nacional”, afirmou a ministra da Agricultura, Tereza Cristina.
O ministro Marcos Pontes destacou que uma das formas de colaboração do MCTI poderá ocorrer por meio da Rede Nacional de Pesquisa e Ensino (RNP), com a conexão de todos os participantes do projeto. Além disso, ele sugeriu a criação de um sistema de captação de informações para abastecer a Plataforma Nacional de Recursos Genéticos. “Pode contar 100% com o ministério. Esse projeto é bom para o país e importante para a segurança alimentar do Brasil”, reforçou Marcos Pontes.
Expansão
Atualmente, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) coordena uma plataforma de recursos genéticos. A ideia é expandir essa plataforma nacionalmente, com a inclusão de outras instituições públicas e privadas, como universidades e institutos federais, além de representantes dos setores agrícolas. A nova plataforma deverá contar com um sistema nacional e uma rede nacional, que poderão ser acessados pelos setores público e privado e também alinhados internacionalmente.
De acordo com o Mapa, a implantação de uma Política e Plataforma de Recurso Genéticos tem como diretrizes garantir a soberania, segurança alimentar e nutricional do país, valorizar a agrobiodiversidade nacional, evitar a erosão genética e promover a diversificação da base alimentar. Fonte: MCTI - 19/02/21
Bolsas: regras de titulação beneficiam mais de mil cursos
A titulação média de curso (TMC) representa o número médio anual de diplomados em cada curso e é calculada ao longo do quadriênio, que no caso atual vai de 2016 a 2019. As mudanças aumentaram o número de faixas de classificação de quatro para 10, com redução da variação de pesos entre grupos vizinhos, diminuindo o tamanho dos saltos existentes entre eles.
Além disso, a TMC do curso será comparada com a da área de avaliação a qual ele pertence, e não mais com a do colégio. Desse modo, serão mais respeitadas as diferenças intrínsecas a cada área de avaliação. A CAPES reconhece três colégios, que representam agrupamentos de áreas de avaliação e constituem grandes áreas do conhecimento: Ciências da Vida, Humanidades e Exatas, Tecnológicas e Multidisciplinar. As 49 áreas de avaliação estão divididas nesses três agrupamentos.
Outras mudanças estão relacionadas ao Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M). Municípios com IDH-M menor ou igual a 0,749 tiveram os pesos aumentados. O número de grupos, por sua vez, passou de quatro para seis. Continuam iguais a faixa dos menos desenvolvidos (menor ou igual a 0,599 e maior ou igual 0,500) e as dos com maiores índices (maior ou igual a 0,800), mas as do meio foram subdivididas: agora, há quatro grupos intermediários.
O modelo usa a mesma equação. Começa em uma quantidade inicial de bolsas, estabelecida pela nota do programa de pós-graduação (PPG) — quanto maior, mais bolsas — e o nível — doutorado recebe mais que mestrado. A CAPES divide os PPGs em notas de 1 a 7, sendo 6 e 7 de excelência e 3 o mínimo necessário para continuar em funcionamento a cada avaliação.
Depois de estabelecida essa quantidade-base, multiplica-se pelo fator IDH-M, que vai de 1 (para os mais desenvolvidos) a 2,5 (para os menos) e pelo fator titulação média de cursos (TMC), que varia de 0,75 (os que formam menos estudantes) a 3 (os que titulam mais alunos). A equação, portanto, é: (Quantidade inicial com base na nota e na modalidade no nível) x (Fator IDH-M) x (Fator TMC). Confira aqui a tabela de distribuição de bolsas. Fonte: CCS/CAPES - 19/02/21
Técnica baseada em inteligência artificial permite automatizar a análise de sementes para uso agrícola
O grupo empregou tecnologias baseadas em luz – já usadas em análise de plantas e em áreas como a cosmética – para a aquisição de imagens das sementes. Em seguida, recorreu a técnicas de aprendizagem de máquina para automatizar o processo de interpretação das imagens. Desse modo, foi possível minimizar algumas das dificuldades encontradas nos processos tradicionais. Por exemplo, para muitas espécies, a nova tecnologia pode ser aplicada a todo o lote de sementes e não apenas a amostras, como se faz hoje. Além disso, por não ser invasiva, evita destruir os produtos avaliados e gerar resíduos. Na pesquisa, os cientistas usaram duas tecnologias baseadas em luz para obtenção das imagens, a fluorescência de clorofila e a reflectância multiespectral, utilizando como modelo sementes de tomate e de cenoura produzidas em diferentes países e épocas e submetidas a condições distintas de armazenagem. No caso do tomate, foram utilizados os cultivares comerciais Gaúcho e Tyna, produzidos no Brasil e nos Estados Unidos. Para a cenoura, foram escolhidos os cultivares Brasília e Francine, produzidos no Brasil, Itália e Chile. Leia mais.
Prêmio reconhecerá contribuições para a ciência e a tecnologia brasileira
18 fevereiro 2021
46 propostas de consórcios acadêmicos foram selecionadas para 2021
O Portal brasileiro de publicações científicas em acesso aberto - oasisbr é um mecanismo de busca multidisciplinar que permite o acesso gratuito à produção científica de autores vinculados a universidades e institutos de pesquisa brasileiros. Por meio do oasisbr é possível também realizar buscas em fontes de informação portuguesas.
O portal permite, por meio de uma única interface, a pesquisa simultânea em repositórios digitais, teses e dissertações e periódicos científicos eletrônicos. Por meio do oasisbr é possível consultar e fazer o download do texto completo, sem nenhum custo, de artigos científicos, teses, dissertações, livros, capítulos de livros, trabalhos apresentados em eventos, entre outros documentos que se constituem a produção científica brasileira. Assista ao vídeo.
Mitos do acesso aberto
A grande maioria dos periódicos de acesso aberto opera um processo de revisão por pares idêntico ao usado por periódicos tradicionais. A aplicação da revisão por pares é um dos critérios de seleção usados pela Clarivate Analytics Citation IndexTM ao avaliar periódicos para indexação. Assim, qualquer periódico de acesso aberto que recebeu um fator de impacto usa um processo de revisão rigorosa para as submissões. O termo “acesso aberto” refere-se apenas à disponibilidade de material publicado.
Periódicos de acesso aberto são às vezes considerados um último recurso para papers que de outra forma não seriam publicados. No entanto, muitos periódicos de acesso aberto se estabeleceram como líderes em suas áreas, recebendo fatores de alto impacto (FIs). Por exemplo, o Journal Citation Reports® da Clarivate Analytics classifica PLOS Biology # 1 na área de assunto de biologia, e PLOS Pathogens é classificado # 2 em parasitologia e virologia. A Nucleic Acids Research, uma publicação da Oxford University Press, optou por adotar um modelo de acesso totalmente aberto em 2005, mas a revista viu seu FI permanecer alto.
Alguns pesquisadores temem que publicar em acesso aberto artigo significa que o material não é protegido por qualquer forma de copyright, mas isso não é verdade. Na verdade, o acesso aberto frequentemente permite que os autores mantenham os direitos autorais de seus material em vez de ceder os direitos da revista. Em alguns casos, os autores que publicam em periódicos tradicionais podem exigir permissão para reutilizar suas próprias figuras ou texto ao dar uma aula. O material de acesso aberto não tem tais restrições. Muitos periódicos de acesso aberto fazem uso de licenças Creative Commons, que permitem a reutilização de material desde que o autor original seja citado vezes. Essas licenças garantem a máxima visibilidade para seu trabalho.
Alguns pesquisadores podem considerar periódicos de acesso aberto estar "na moda", mas provavelmente falhará em face do tradicional publicação. Dados recentes sobre acesso aberto, no entanto, argumentar o contrário. Mais e mais revistas de acesso aberto são lançados a cada mês; 98 periódicos foram adicionados a o Directory of Open Access Journals (www.doaj.org) perfazendo um número total de 8.602. Acesso aberto até estabelecido publicações como a PLOS ONE estão mostrando um sem precedentes crescimento recente. PLOS ONE publica atualmente mais de 70 artigos por dia, com um total de aproximadamente 14.000.
O acesso aberto também beneficia os autores. Um recente estudo em grande escala analisando mais de 27.000 publicações revelou que artigos de acesso aberto recebem mais citações do que artigos para os quais assinaturas são necessários, incluindo o país de origem e o fator de impacto. Assim, o aumento a visibilidade de um artigo publicado geralmente leva a um aumento frequência de citação, que beneficia todo pesquisador. Fonte: AJE - 18/02/21
Concessão de bolsas institucionais para 2021 consolida regras
Coleção JSTOR: acesso disponível na USP até 31 de dezembro de 2021
JSTOR fornece acesso a mais de 12 milhões de artigos de periódicos acadêmicos, livros e fontes primárias em 75 disciplinas. As coleções temáticas do JSTOR se concentram em áreas emergentes de pesquisa e contêm vários tipos de conteúdo, incluindo periódicos e relatórios de pesquisa.
Atualmente, o Brasil tem duas vacinas contra o
SARS-CoV-2 aprovadas para uso emergencial: a Coronavac, desenvolvida pela
empresa chinesa Sinovac, e a AstraZeneca/Oxford, produzida pela Universidade de
Oxford em parceria com a multinacional inglesa.
Para que um imunizante seja aprovado e esteja disponível no
mercado, são necessários de dez a 15 anos de muita pesquisa e vários testes. A
aprovação para uso emergencial das duas vacinas disponíveis foi feita em tempo
recorde, mas ainda é possível que os imunizantes passem por melhorias.
Autoridades, médicos e cientistas ressaltam a importância de
termos um produto brasileiro com tecnologia 100% nacional, mesmo que isso
demore anos. As razões vão desde a preocupação de que a
covid-19 se torne uma doença sazonal até a dependência de importação de
insumos, processo que atrasa a fabricação de vacinas no País.
A USP é uma das instituições que assumiram o compromisso de
desenvolver uma vacina do zero. São sete projetos em andamento nos vários
campi da Universidade. A vacina em spray nasal do Instituto do Coração
(Incor) da Faculdade de Medicina (FMUSP); a vacina nanoparticulada da Faculdade
de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP); a vacina vetorizada da Faculdade de
Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA); as quatro plataformas vacinais em
ensaios pré-clínicos do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB): a nanovacina, a
vacina de subunidades, e as vacinas de DNA e de RNA.
As duas primeiras são as que se encontram em fase avançada. O
grupo que desenvolve a vacina em spray nasal deve iniciar os testes
toxicológicos em breve. Já a nanoparticulada, da FMRP, aguarda a
aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar os
ensaios clínicos de fase 1 e 2.
O Jornal da USP conversou com os líderes dessas pesquisas e, nesta reportagem, explica todos os detalhes. Fonte: Jornal da USP - 17/02/21