11 maio 2021

Acesso aberto exclui cientistas do mundo em desenvolvimento

A publicação em acesso aberto está excluindo muitos pesquisadores no mundo em desenvolvimento porque sistemas complexos de isenção de taxas (pagamento para publicar artigos) não estão fazendo seu trabalho.
O modelo de pagar para publicar, que permite aos leitores ler pesquisas gratuitamente cobrando dos autores a publicação de seus trabalhos, foi promovido por financiadores como uma forma de dar a mais pessoas acesso à pesquisa científica.
O Plano S da União Europeia exige que os resultados da investigação financiada com fundos públicos sejam publicados em revistas ou repositórios abertos. A prestigiosa editora científica Nature anunciou recentemente que estava se juntando ao movimento.
No entanto, para muitos pesquisadores no mundo em desenvolvimento, que não têm uma bolsa ou uma instituição para cobrir as taxas, o sistema de acesso aberto pode deixá-los fora dos principais periódicos acadêmicos.
Bonaventure Tetanye Ekoe, reitor honorário da Faculdade de Medicina e Ciências Biomédicas da Universidade de Yaoundé I, nos Camarões, afirma que o modelo de acesso aberto significa uma penalidade dupla para os investigadores africanos.
“Na primeira vez eles são penalizados porque não há dinheiro para financiar suas pesquisas. A segunda, porque mesmo quando conseguem fazer suas pesquisas, são solicitados a pagar para publicar um artigo”, disse à SciDev.Net. “Isso significa que, como não publicam, vão perecer”, acrescenta.
O custo de publicação de um artigo pode ser várias vezes superior ao salário de um pesquisador. Por exemplo, o custo inicial de enviar um artigo à Nature para avaliação editorial sob o Modelo de Acesso Aberto Guiado é de US $ 2.690, enquanto o salário de um pesquisador assistente PhD em Camarões é estimado em pouco mais de US $ 350.
Para as revistas PLoS, as taxas começam em cerca de US $ 800 e podem chegar a US $ 4.000, enquanto o The Lancet cobra US $ 5.000 para processar um artigo.   Saiba mais
Fonte: SciDev.Net - 11/05/21

Maior estrutura científica do Brasil, Sirius ‘abre as portas’ ao público com visita virtual guiada

Evento está programado para a próxima segunda-feira (17), a partir das 10h, e celebra o Dia Internacional da Luz. Superlaboratório instalado em Campinas (SP) usa luz síncrotron para desvendar a estrutura dos mais diversos materiais em escala de átomos e moléculas


O Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), que abriga Sirius, superlaboratório de luz síncrotron de 4ª geração, em Campinas (SP), realiza na próxima segunda-feira (17) uma visita virtual guiada por dentro do maior investimento da ciência brasileira. O evento celebra o Dia Internacional da Luz, comemorado em 16 de maio. Os visitantes virtuais poderão conhecer o projeto e ver detalhes das primeiras estações experimentais do Sirius, que usam diferentes tipos de técnicas para desvendar a estrutura dos mais diversos materiais em escala de átomos e moléculas. 
A transmissão ao vivo está programada para começar às 10h, pelo canal do YouTube do CNPEM.   Saiba mais.   Fonte: Portal G1 - 11/05/21



Conteúdo do Portal de Periódicos ao alcance das mãos

Cientistas, pesquisadores, estudantes e professores contam com uma versão atualizada desde setembro de 2020 do aplicativo do Portal de Periódicos da CAPES. Design moderno e melhor experiência para o usuário. Informações e conteúdos que o usuário encontra no site, podem ser acessados pelo aplicativo. Em tempos de pandemia, os recursos digitais tornaram-se aliados da comunidade acadêmica científica e sociedade em geral. Com as restrições do convívio diário no trabalho, nas faculdades e nos laboratórios, as ferramentas de estudo e pesquisa on-line tornaram-se essenciais para a continuação dos trabalhos e da produção científica. 

O Portal de Periódicos – maior acervo científico virtual de apoio à pesquisa no Brasil – possui mais de 450 mil usuários ativos, atende um público potencial de seis milhões de pessoas e 434 instituições de ensino e pesquisa em todo o País. São mais de 50 mil publicações periódicas nacionais e internacionais. A versão para mobile do Portal de Periódicos, em IOS ou Android, é uma opção para que os usuários permaneçam conectados e tenham sempre por perto informação, tecnologia e acesso rápido. Mais informações aqui

Fonte: Portal de Periódicos CAPES - 11/05/21

10 maio 2021

Você quer começar uma carreira de cientista? USP tem inscrições para bolsas

Se você é estudante matriculado em algum curso de nível superior ou está no ensino médio e sonha em ser um cientista, essas oportunidades são para você. A USP está selecionando candidatos para concorrer a bolsas e participar de três programas de incentivo à pesquisa e inovação. A bolsa é uma verba do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do governo federal, para auxiliar quem está dedicado a algum projeto de pesquisa.
O primeiro programa é o PIBIC-EM, sigla de Programa de Pré-Iniciação Científica e de Pré-Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação. Ele busca despertar a vocação científica e incentivar talentos potenciais entre estudantes do ensino médio e profissional da rede pública. Os jovens terão contato com o passo a passo em se fazer ciência, ou seja, aprender a observar, identificar e explicar um conhecimento seguindo um método.
Para quem está na graduação há dois programas: o primeiro também se chama PIBIC, mas com significado um pouco diferente – Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica. Ele tem a finalidade de estimular o desenvolvimento do pensamento científico dos estudantes de graduação do ensino superior.
O segundo, chamado de Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI), difere do PIBIC porque ele é voltado ao desenvolvimento e transferência de novas tecnologias e inovação.
Já no PIBITI, o projeto apresentado pelos estudantes tem uma delimitação. Ele deve ser o desenvolvimento, aperfeiçoamento ou estudo de viabilização de produtos, protótipos, processos, serviços, sistemas, modelos de negócios, tecnologias sociais ou tecnologias digitais, preferencialmente de caráter multidisciplinar.    Saiba mais.    Fonte: Jornal da USP - 10/05/21

Conheça a ferramenta capaz de desvendar as misteriosas propriedades do grafeno

Fonte: Pesquisa FAPESP - maio 2021
Leia também: O giro do grafeno






07 maio 2021

Sua Organização tem ISNI e Ringgold ID? Identificação Digital e seus desafios

A recomendação do ISNI é adotar preferencialmente a denominação em português como padrão principal.
O International Standard Name Identifier (ISNI) é o órgão global certificado pela ISO 27729 para identificar organizações e indivíduos envolvidos com a cadeia de suprimentos de informação e mídia, por meio de sua Agência Ringgold que, por sua vez, integra-se ao iD ORCiD.
Dessa forma, recomenda-se a adoção da denominação Universidade de São Paulo para suas Unidades, Institutos, Centros, Museus. Esse padrão é consistente também com a denominação adotada pelas bases de dados multidisciplinares Web of Science e Scopus, responsáveis pelos principais rankings universitários, que adotam a denominação Universidade de São Paulo.
À medida que os sistemas digitais de descoberta e distribuição de conteúdo crescem, aumenta também a necessidade de uma identificação inequívoca das pessoas e das partes interessadas (stakeholders) que trocam informações e conteúdos. Na cadeia de suprimentos de informações, incluindo a cadeia de publicações científicas, identificar corretamente pessoas, documentos e organizações tem sido um dos maiores desafios. 
Há uma crescente conscientização sobre a necessidade de utilizar identificadores únicos para troca de informações acadêmicas e científicas. O uso de identificadores comerciais para recursos como livros (International Standard Book Number – ISBN) e revistas (International Standard Serial Number – ISSN) há muito tempo se tornaram padrão e têm sido eficientes em gerenciar com sucesso a cadeia de suprimentos de materiais publicados. O Digital Object Identifier (DOI) é hoje o identificador digital de documentos mundialmente aceito. Pesquisadores utilizam identificadores digitais como ORCiD, ResearcherID, Scopus Author ID, Google ID e Lattes ID (Brasil). 
Do ponto de vista das Organizações, o imperativo de padronização e inequívoca identificação também é consenso e o International Standard Name Identifier (ISNI) é o padrão global certificado pela ISO 27729 para identificar organizações e indivíduos envolvidos com a cadeia de suprimentos de informação e mídia, bem como na cadeia de suprimentos científicos e acadêmicos (scholarly supply chain).    Saiba mais.    Fonte: AGUIA - 07/05/21

Número de publicações científicas cresceu significativamente nas últimas três décadas

  • A média trienal de publicações científicas1 com pelo menos um autor sediado no Brasil passou de 3.010 no triênio 1988-90 para 17.769 em 2003-05 (+490%), e para 63.856 no último triênio (+259% sobre o triênio anterior, +2.021% sobre 1988-90)
  • Para os países-membrosda OCDE, a expansão foi de 212%, para o total mundial, de 252%, nas três décadas
  • A participação brasileira passou de 0,46% para 2,80% do total mundial no período considerado
  • Publicações científicas1,2 por grandes áreas do conhecimento no Brasil, em países da OCDE e no mundo, em médias trienais (1988-90, 2003-05, 2018-20)
Saiba mais.    Fonte: Pesquisa FAPESP - maio 2021
  

Para disseminar os Princípios de Hong Kong

Um artigo publicado no ano passado na revista PLOS Biology examinou e esmiuçou os cinco Princípios de Hong Kong, um conjunto de diretrizes definidas em 2019 na 6ª Conferência Mundial de Integridade Científica para avaliar o desempenho dos pesquisadores de forma mais abrangente e recompensar comportamentos éticos e transparentes. O paper é assinado pelo epidemiologista David Moher, da Universidade de Ottawa, no Canadá, em parceria com oito pesquisadores que participaram da organização da conferência. O grupo também enumerou iniciativas de instituições acadêmicas e agências de fomento afinadas com as cinco recomendações, em uma espécie de guia de boas práticas para promover uma cultura de integridade utilizando critérios apropriados de avaliação. “Desenvolvemos os Princípios de Hong Kong com foco na necessidade de impulsionar a qualidade da pesquisa, garantindo que os cientistas sejam reconhecidos e recompensados por ações que fortaleçam a integridade”, explicou Moher em sua conta do Twitter, quando o artigo foi lançado.

As cinco diretrizes
O que dizem os Princípios de Hong Kong

1. Valorizar, na avaliação dos pesquisadores, as práticas responsáveis desde a concepção até a execução da pesquisa, incluindo o desenvolvimento da ideia inicial do trabalho, o desenho de pesquisa, a metodologia, a execução e a disseminação efetiva dos resultados
2. Valorizar o relato preciso e transparente das pesquisas, independentemente dos seus resultados
3.  Valorizar as práticas da ciência aberta, como métodos, materiais e dados abertos
4. Valorizar um amplo espectro de pesquisas e contribuições acadêmicas, como replicação, inovação, translação, síntese e metapesquisa
5. Valorizar uma série de outras contribuições para fomentar a pesquisa responsável e para a atividade acadêmica, como a revisão por pares para projetos e publicações, a orientação, a divulgação e a troca de conhecimento.    Saiba mais.    Fonte: Pesquisa FAPESP - maio 2021