12 dezembro 2021

O domínio dos fatores de impacto


Fatores de impacto de periódicos agora desempenham um papel importante na determinação do caminho das carreiras científicas, com os pesquisadores trabalhando duro para entrar nas revistas mais bem classificadas. No entanto, uma vez que os fatores de impacto são simplesmente uma medida média do número de citações recebidas por todos os artigos publicados em um jornal ao longo de um período de dois anos, eles são claramente uma medida muito ampla para julgar a qualidade do trabalho de um cientista individual.
Os ganhadores do Prêmio Nobel falando em eventos da Iniciativa de Inspiração do Prêmio Nobel geralmente expressam preocupações sobre uma dependência excessiva dos fatores de impacto e oferecem conselhos aos cientistas que estão lidando com a pressão da publicação.
Por que os fatores de impacto foram desenvolvidos?
Randy Schekman explica como os fatores de impacto foram projetados como uma ferramenta para ajudar as bibliotecas a selecionar quais periódicos assinar, não como uma forma de julgar pesquisadores individuais. Ele aponta falhas na métrica, incluindo o fato de que as descobertas originais demoram para serem reconhecidas. Fatores de impacto são uma medida do número médio anual de citações de artigos publicados nos dois anos anteriores. No entanto, Schekman aponta que um de seus primeiros artigos influentes levou 7 anos antes de se tornar amplamente citado, uma escala de tempo muito longa para ser refletida no fator de impacto do periódico.
Quão importante é o fator de impacto de um periódico?
Peter Doherty acredita que os fatores de impacto estão distorcendo a ciência, fazendo com que os editores de periódicos selecionem artigos com base no que será popular. Em vez disso, ele sugere ter como objetivo um jornal onde as pessoas em sua área leiam seu trabalho.   
Saiba mais.   Fonte: Latindex - 10/12/21

Direct to Open: um novo modelo de acesso aberto para livros acadêmicos



10 dezembro 2021


O programa Diálogos apresenta nesta sexta-feira, 10/12, às 16h, uma conversa com o novo reitor da USP, o neurocirurgião e professor Carlos Gilberto Carlotti Junior, e a vice-reitora, a professora Maria Arminda do Nascimento Arruda, falando de seus projetos para a Universidade nos próximos quatro anos e os principais desafios a serem enfrentados. O programa ao vivo será transmitido pelo Canal USP no YouTube e na Rádio USP (97.4 MHz).
Fonte: Jornal da USP - 09/12/21


Grupo do CENA, aprova projeto no programa denominado “USP Desafios – Cidades Sustentáveis”


O grupo do Prof. Dr. Ernani Pinto – professor titular no CENA-USP, aprovou um projeto (N°21.1.258.64.7) junto a Reitoria da USP em um programa denominado USP Desafios – Cidades Sustentáveis, que é co-financiado pelo Banco Santander. O objetivo principal dessa iniciativa da Reitoria foi contribuir com cidades paulistas para atingir algumas das dez metas estabelecidas no Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 11, da Agenda 2030 da ONU. 
 
Saiba mais.   Fonte: CENA USP - 09/12/21

Alguns fatos e algumas considerações sobre o ensino a distância

1) Professores e educadores sempre utilizaram todos os recursos que poderiam beneficiar os processos de ensino, estudo e aprendizado. Os velhos mimeógrafos, muitos reproduzindo textos manuscritos, dada a dificuldade de acesso a máquinas de escrever, substituídos depois pelas fotocópias, os vídeos educativos, as apostilas impressas, muitas vezes por meios gráficos bastante precários, entre tantos outros recursos, sempre foram adotados quando eles eram as melhores opções disponíveis. Portanto, nada também contra o ensino a distância, desde que ele seja o melhor que podemos fazer em certas circunstâncias, como durante a epidemia de covid-19. O ensino a distância também é um recurso que deve ser usado quando ele é alguma coisa a mais, não substituindo o ensino presencial, mas complementando-o, ou quando a outra opção é não fazer nada.
2) Educadores nunca se opuseram a aulas pela televisão quando elas contribuem para o desenvolvimento educacional. Atualmente, as novas tecnologias permitem o acesso a aulas gravadas e aulas on-line, a palestras e exercícios resolvidos disponíveis nas redes de computadores, a inúmeros vídeos informativos e educativos, entre tantos outros recursos. Sempre que estes possam colaborar com o aprendizado, eles devem ser usados, mas, repetindo, não como substitutos do ensino presencial.   Saiba mais.   
Fonte: Jornal da USP - 09/12/21

09 dezembro 2021

Open Science – Recomendações internacionais

Esta é uma tradução livre da matéria originalmente publicada pela European Research Council (ECR). A missão do ERC é incentivar a pesquisa da mais alta qualidade na Europa por meio de financiamento competitivo e apoiar a investigação de ponta conduzida pelo investigador em todos os campos, com base na excelência científica. A matéria é de autoria de Paola Boloventa e intitula-se Open Science – Editorial from ERC Scientific Council. De seu ponto de vista, a Open Science visa transformar as práticas científicas atuais em um sistema totalmente transparente e aberto, no qual todos os avanços científicos são disponibilizados não apenas para toda a comunidade científica, mas também para a sociedade em geral. Grande parte do conhecimento científico gerado em todo o mundo é sustentado por dinheiro público e, em muitos casos, envolve colaboração científica e social. Assim, parece óbvio que esse conhecimento deve pertencer à sociedade, sem restrição ou custo à sua acessibilidade imediata. Desde a sua criação, o ERC adotou os princípios da Ciência Aberta (OS) como parte de sua missão principal, que é apoiar pesquisas de excelência em todos os campos da ciência e do conhecimento. O ERC acredita que um aspecto da excelência é fornecer acesso gratuito e imediato a todos os resultados (artigos de pesquisa, monografias, conjuntos de dados, protocolos, etc.) gerados por pesquisadores financiados pelo ERC. Open Science não só aumenta a visibilidade da produção, mas também oferece oportunidades para criar colaborações ou transferir ideias para os setores produtivos e, em última análise, resulta no bem-estar da sociedade.   Saiba mais.   Fonte: AGUIA - 09/12/21


Pesquisas colaborativas entre Brasil e China são estratégicas para combate às mudanças climáticas

Nos próximos anos, pesquisadores da China e do Estado de São Paulo poderão investigar juntos como o Brasil e o país asiático contribuem para as mudanças climáticas e quais medidas podem ajudar a mitigá-las. Um acordo firmado em 2019 entre a FAPESP e a National Natural Science Foundation of China (NNSFC) começou a tomar corpo com a realização, no fim de novembro, do workshop The Sinergy on Climate Change Research in China and in São Paulo".
“Brasil e China estão entre os maiores países no mundo. Nossas áreas combinadas representam 12% da área terrestre do planeta. Os dois países têm diversificados biomas e regiões ecológicas e estão localizados em lados quase opostos da Terra. Juntas, as duas regiões contribuem fortemente na regulação do clima global”, disse Marco Antonio Zago, presidente da FAPESP, durante a abertura do evento virtual.
Os debates tiveram como mediador Paulo Artaxo, professor do Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IF-USP) e membro da coordenação do Programa FAPESP de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Globais (PFPMCG).
Na Sessão I  Resposta e gestão adaptativa do ecossistema às mudanças climáticas, o Prof. Luiz Carlos Ruiz Pessenda, do Centro de Energia Nuclear da Agricultura (CENA-USP) foi representado pelo Dr. Marcelo Cancela Lisboa Cohen da Universidade Federal do Pará.
Saiba mais.   Fonte: Agência FAPESP - 09/12/21


Elisabeth Bik: No rastro das fraudes científicas

A microbiologista holandesa Elisabeth Bik tornou-se referência na identificação de indícios de erros e fraudes em artigos científicos, sobretudo imagens duplicadas ou manipuladas. Ela afirma ter analisado mais de 200 mil trabalhos, dos quais 5,5 mil tinham problemas. A pesquisadora escreve sobre eles no blog Science Integrity Digest, ao qual se dedica integralmente desde 2018, quando deixou seu emprego na uBiome, empresa de biotecnologia com sede na Califórnia, Estados Unidos. Paralelamente, também ministra palestras sobre má conduta científica e presta consultoria a editoras e instituições de ensino e pesquisa.
Formada na Universidade de Utrecht, Bik colabora assiduamente com plataformas como Retraction Watch, que monitora e noticia retratações de trabalhos científicos (ver Pesquisa FAPESP nº 282), e PubPeer, em que usuários discutem papers já publicados e sinalizam inconsistências. 
Bik falou a Pesquisa FAPESP em entrevista pelo Zoom em fins de outubro. De sua casa em São Francisco, tratou de sua carreira como pesquisadora, dos desafios para detectar imagens adulteradas em artigos e dos esforços das editoras para combater esse e outros tipos de má conduta científica.   Saiba mais.   Fonte: Pesquisa FAPESP - dez. 2021

Confira as conferências FAPESP 60 anos: ciência, cultura e desenvolvimento

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Podcast apresenta pesquisas da USP na área de humanidades relacionadas à Agenda 2030

A USP tem se destacado entre as universidades mais dedicadas aos objetivos da Agenda 2030 ao oferecer cursos e desenvolver pesquisas na área de desenvolvimento sustentável, além de colocar em ação diversos projetos nos vários campi.
Para mostrar um pouco desse trabalho, a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP lançou o podcast Vem Junto 2030, produção disponível na plataforma Spotify que tem como objetivo apresentar os projetos e estudos da faculdade alinhados à Agenda 2030 e seus 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. Os episódios têm cerca de 30 minutos e trazem entrevistas com especialistas em temas relacionados aos ODS. O Vem Junto 2030 conta com apoio da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU), tem a coordenação do presidente da Comissão de Extensão Universitária da FFLCH, Yuri Tavares Rocha, e produção da Biblioteca Florestan Fernandes.   Saiba mais.   
Fonte: Jornal da USP - 08/12/21


CNPq aprova 1.290 projetos e aguarda novos recursos para completar Chamada Universal

O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) publicou nesta segunda-feira (6/12) o resultado preliminar da Chamada Universal 2021, vista por muitos grupos de pesquisa como a última (e talvez única) oportunidade de conseguir recursos federais de fomento à pesquisa ainda neste ano. Nessa primeira peneira foram selecionados 1.290 projetos, que, somados, receberão cerca de R$ 122 milhões nos próximos anos — “a serem liberados de acordo com a disponibilidade orçamentária e financeira do CNPq”, segundo os termos do edital.
A divulgação foi feita na véspera da votação do projeto de lei PLN 39 na Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional, que previa a liberação de R$ 100 milhões para a realização da chamada. O projeto foi aprovado na comissão e encaminhado para apreciação em plenário na Câmara e no Senado. Os outros R$ 22 milhões virão do orçamento geral do próprio CNPq.
Faltam ainda R$ 128 milhões para completar o valor total do edital, de R$ 250 milhões. Destes, R$ 28 milhões deverão vir do orçamento do CNPq e R$ 100 milhões, de recursos do FNDCT, que, segundo a agência, já estão previstos no orçamento do ano que vem e “contemplarão novos projetos aprovados pelo mérito no julgamento, a serem divulgados posteriormente”.
A Chamada Universal é o edital mais tradicional e democrático da agência, especialmente importante para jovens pesquisadores em início de carreira. Costumava ser anual, mas nem chegou a ser lançado nos últimos três anos, por falta de recursos. Por isso havia uma grande expectativa em relação à chamada deste ano. Lançada em 31 de agosto, ela recebeu 8.877 propostas de financiamento, o que significa que 14,5% da demanda foi atendida nessa primeira seleção.   Saiba mais.   Fonte: Jornal da USP - 08/12/21

08 dezembro 2021

Universidade tem novo reitor e nova vice-reitora

Carlos Gilberto Carlotti Junior e Maria Arminda do Nascimento Arruda tomarão posse no próximo dia 25 de janeiro de 2022, com mandato de quatro anos 

Os professores Carlos Gilberto Carlotti Junior e Maria Arminda do Nascimento Arruda são os novos reitor e vice-reitora da USP. O anúncio da nomeação foi feito pelo governador João Doria e pela secretária estadual de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen da Silva, hoje, 8 de dezembro, em uma coletiva de imprensa realizada na sede do governo paulista.
“Temos consciência da enorme responsabilidade que estamos assumindo, mas com humildade e muita disposição para elevar ainda mais a excelência de nossa Universidade. Trabalharemos incansavelmente e responsavelmente pela Universidade, buscando a excelência acadêmica no ensino, na pesquisa e na extensão, associada à diversidade, com apoio à permanência estudantil e aos jovens docentes. Estamos propondo um novo pacto com a sociedade, aumentando nossa colaboração tanto com o setor público quanto com o setor privado, resultando no maior impacto de nossas ações para a melhoria das condições de vida dos brasileiros. Serão muitos os desafios a enfrentar, tanto internos quanto externos. Precisaremos combater juntos o negacionismo científico e a desinformação premeditada, mas encararemos os desafios com serenidade e confiança”, afirmou o novo reitor.
Maria Arminda ressaltou que “a nossa universidade é a mais importante da América Latina, um orgulho de São Paulo e do Brasil. Esse compromisso que assumimos é o compromisso de tornar a USP uma universidade que aprimore a sua excelência, para tornar a USP uma instituição com responsabilidade pública e social. A inclusão não é avessa à ciência. Esse compromisso que hoje afirmamos é o de fazer a nossa Universidade cada vez maior e mais importante”.   
Saiba mais.   Fonte: Jornal da USP - 08/12/21



07 dezembro 2021


CAPES abre acesso a documentos históricos digitalizados

Documentos históricos da CAPES já estão disponíveis ao público pela ferramenta Access to Memory (AtoM). Na primeira fase, foi digitalizada uma série documental com Boletins Informativos, que mostram o  desenvolvimento das ações da Agência, desde seu período como Campanha (1951 – 1964), até março de 1972, quando saiu a última edição do informativo.
Os arquivos acumulados ao longo dos 70 anos da Fundação contam sua trajetória de contribuição para a ciência, a pesquisa e o ensino superior no Brasil. A digitalização do acervo é parte de um amplo projeto de organização e descrição dos materiais guardados no Arquivo Central da CAPES. O trabalho ocorre em etapas que correspondem a importantes marcos na estruturação da Fundação e na sua legislação.
Conforme o trabalho de organização e descrição documental for avançando, mais documentos serão oferecidos ao público, respeitando os limites legais relativos ao conteúdo –observância a direitos autorais. A consulta ao material permanente ou histórico é aberta, e pode ser feita em memoria.capes.gov.br.   Fonte: CCS/CAPES - 07/12/21


FEALQ 45 anos | Depoimento CENA-USP | Tsai Siu Mui


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cOAlition S lança declaração sobre “Acesso aberto para livros acadêmicos”

Livros acadêmicos – definidos aqui para incluir monografias, capítulos de livros, coleções editadas, edições críticas e outras obras extensas – são um importante modo de publicação para estudiosos, especialmente nas Ciências Sociais e Humanas. Vários estudos apontaram os benefícios da publicação de livros em Acesso Aberto (OA). Em 2019, a Science Europe publicou cinco princípios para OA para livros acadêmicos e recomendações para seis tipos de interessados ​​em pesquisa. A Springer Nature mostrou recentemente que os livros OA recebem 2,4 vezes mais citações e são baixados 10 vezes mais do que os livros não OA.
O Princípio 7 do Plano S reconheceu que o cronograma para alcançar o Acesso Aberto para livros requer um processo devido separado. O Guia de Implementação especificou que “até o final de 2021, uma declaração sobre os princípios do Plano S seria emitida conforme eles se aplicam a monografias e capítulos de livros, juntamente com o guia de implementação relacionado”.
cOAlition S reconhece que a publicação de livros acadêmicos é muito diferente da publicação de periódicos. Nosso compromisso é progredir em direção ao acesso aberto total para livros acadêmicos o mais rápido possível, no entendimento de que os padrões e modelos de financiamento podem precisar de mais tempo para se desenvolver. Em vez de decretar uma política uniforme sobre livros OA, decidimos formular um conjunto de recomendações sobre livros acadêmicos – em linha com os princípios do Plano S – que todas as organizações da cOAlition S buscarão adotar dentro de suas próprias atribuições e jurisdições.   Saiba mais.  Fonte: AGUIA - 07/12/21

FAPESP lança duas novas modalidades de fomento voltadas a pesquisadores em início de carreira

A FAPESP lançará nesta quinta-feira (09/12) o Programa Nova Geração, que traz duas novas modalidades de fomento à pesquisa voltadas a cientistas em início de carreira. Os detalhes serão apresentados em um evento que será transmitido a partir das 11 horas, pelo canal da Agência FAPESP no YouTube.
Uma das modalidades, denominada “Projeto Inicial π (Pi)", tem como público-alvo pesquisadores recém-contratados no Estado de São Paulo, seja em universidade ou instituto de pesquisa. Já a modalidade “Geração” é voltada para pesquisadores que já concluíram o doutorado e/ou pós-doutorado, mas ainda estão sem vínculo empregatício.
A primeira chamada de propostas da modalidade “Projeto Inicial π” será lançada durante o evento de quinta-feira e abrangerá todas as áreas do conhecimento. Os proponentes devem ter sido contratados há menos de oito anos e terão de apresentar um planejamento de ensino ligado ao projeto de pesquisa – que poderá incluir bolsas de mestrado e doutorado pré-aprovadas, além de equipamentos e outros recursos materiais necessários. Os projetos terão duração de cinco anos e orçamento de até R$ 1 milhão.
O primeiro edital da modalidade “Geração” deverá ser lançado no início de 2022, em data a ser definida.
Participam do evento de lançamento do novo programa o presidente da FAPESP, o diretor científico, Luiz Eugênio Mello, e o assessor especial da Diretoria Científica Roberto Marcondes. As inscrições poder ser feitas pela página do lançamento. Perguntas podem ser enviadas para chamada-appi@fapesp.br. Mais informações: fapesp.br/15243/lancamento-do-programa-nova-geracao.   Fonte: Agência FAPESP - 07/12/21