22 junho 2022

Novas recomendações internacionais para publicação em acesso aberto

Para comemorar o aniversário, o comitê diretivo do Budapest Open Access Initiative (BOAI) publicou um novo conjunto de recomendações baseado em seus princípios originais, no momento atual, e nas apresentações de colegas de todos os âmbitos acadêmicos e regiões do mundo. Esta é uma tradução livre das recomendações atualizadas. Em setembro de 2021, solicitamos os comentários da comunidade global de acesso aberto sobre 12 sugestões . Após recopilar as respostas recebidas por e-mail, organizamos uma série de reuniões pelo Zoom  com grupos de interessados ​​e comunidades regionais. Os comentários serviram de apoio a nossas discussões sobre aas novas recomendações, pelo que agradecemos a contribuição de todos aqueles que participaram.
Seguimos comprometidos com os princípios articulados na declaração original do BOAI de 2002 e na declaração do aniversário de 2012. Porém, a história do acesso aberto seguiu evoluindo, por exemplo, com o crescimento do volume global da literatura em acesso aberto, o aumento de uma nova forma de pesquisa que é de acesso aberto desde seu início, o aumento do número de repositórios de acesso aberto, o aumento do número de novas revistas de acesso aberto, o aumento do número de revistas de acesso aberto e o crescimento do uso e a aceitação dos preprints de acesso aberto. Também se produziu uma proliferação de novas políticas de acesso aberto por parte das agências que financiam a pesquisa e das universidades, novos serviços para a aplicação das políticas de acesso aberto, novos elementos práticos de avaliação da pesquisa, novos elementos de infraestrutura para a pesquisa, novas ferramentas, novos modelos de negociação das revistas, novos métodos de revisão por pares, novas opções de acesso aberto para os autores, novas organizações que advogam em favor do acesso aberto e novas associações e alianças.   Saiba mais.   Fonte: AGUIA - 21/06/22



21 junho 2022

Embrapa oferece repositório de dados de pesquisas baseado em rede de universidades públicas

Iniciativa on-line permite consulta em nove categorias temáticas de estudos do setor agropecuário e segue critérios que orientam a gestão de dados científicos em todo o mundo 

O Repositório de Dados de Pesquisa (Redape) da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) está disponível on-line neste link para consulta dos dados de estudos gerados pela empresa em nove categorias temáticas. A consulta ao repositório ajuda a reconhecer características genéticas de plantações, diagnosticar doenças que comprometem culturas diversas e analisar a produtividade de lavouras pelos pesquisadores e técnicos em extensão rural, em suporte ao produtor agrícola.
A iniciativa tem origem na rede de repositórios de dados de pesquisa das universidades públicas do Estado de São Paulo, entre elas a USP. Essa rede levou três anos para ser construída, envolvendo mais de cem pessoas de oito instituições, uma das quais a Embrapa Agricultura Digital, que disponibilizou um grande conjunto de imagens de doenças de plantas.
Uma característica importante do Redape, por exemplo, é a atribuição de um Digital Object Identifier (DOI), que funciona como um identificador persistente para cada conjunto de dados publicado, permitindo que as coleções sejam referenciadas, tornando-as facilmente acessíveis para quem busca os dados produzidos pela Embrapa. Estão disponíveis para download 14 coleções, cada uma delas formada por imagens e informações associadas, validadas por um comitê gestor formado por especialistas de diversas áreas. A previsão é que outras 200 coleções sejam disponibilizadas em breve. As categorias temáticas de projetos da Embrapa são agroecossistemas, recursos naturais e meio ambiente; alimentos e nutrição humana; biomassa, bioinsumos e energia renovável; biotecnologia, nanotecnologia, agricultura de precisão e digital; economia, desenvolvimento e sociologia rural; inovação organizacional; produção animal; produção vegetal e recursos genéticos.  Acesso:   www.redape.dados.embrapa.br.  
Fonte: Jornal da USP - 21/06/22

O jornalismo científico como esteio para o desenvolvimento


O jornalismo científico pode ajudar a população a compreender melhor aspectos e funcionamento da ciência, o que já cria um ânimo favorável ao investimento nela – ninguém defende aquilo que não conhece ou não entende. Governos, especialmente os mais populistas que têm tido êxito em se eleger ao redor do mundo, definem suas prioridades pensando menos em longo prazo e mais em demandas imediatas do eleitorado. Mais do que nunca é preciso criar numa parte maior da população cultura de que ciência e tecnologia importam para avançar em metas econômicas e de desenvolvimento humano. 
Mostrar o que a ciência nacional faz e pode fazer em reportagens não esgota, e nem é o único fim do jornalismo científico, mas entra na soma desta cultura favorável à ciência. Especialmente quando mostra a ciência aplicada e em conexão direta com a melhoria da vida das pessoas.
Estamos extremamente defasados. A maior parte da cobertura dos temas de ciência é feita por repórteres generalistas, sem intimidade com os meandros da ciência, e sem espaço, tempo, e orientação para explorar melhor as pautas. Feita a ressalva a este quadro mais amplo, que é um pouco desanimador, ainda há iniciativas interessantes, assim como profissionais fazendo um ótimo trabalho.   Saiba mais.   Fonte: Jornal da USP - 20/06/22


Jornalismo científico: o espaço nas mídias digitais

As mídias digitais têm ocupado, cada vez mais, espaço na divulgação de informações de CT&I, especialmente se atentarmos para a circulação de informações nessas áreas pelas mídias sociais. Elas certamente também têm contribuído para o incremento do negacionismo, das fake news protagonizadas por aqueles que as produzem voluntariamente ou as compartilham sem qualquer espírito crítico ou compromisso com a apuração das informações. É preciso chamar a atenção também para a ação de lobbies, de interesses escusos, que constrangem a produção e a divulgação científicas em favor de interesses políticos, ideológicos e empresariais. Este fato tem propiciado a emergência de versões que não se apoiam nas evidências, como as que deram espaço à “eficácia da cloroquina e da ivermectina para o tratamento da covid-19”, à visão criacionista em oposição à teoria da evolução e mesmo ao terraplanismo, dentre outras perspectivas sem qualquer fundamento. Agrega-se a este movimento a interferência de fontes e perspectivas religiosas que optam por fazer leituras equivocadas do processo científico e das suas descobertas.   Saiba mais.   
Fonte: Jornal da USP - 21/06/22

O que é preciso para ser um bom jornalista científico

A cobertura de todos os assuntos na imprensa exige preparo dos profissionais. No caso do jornalismo científico, é preciso estar atento às suas especificidades e complexidades, dizem os jornalistas que trabalham na área. Citam alto grau de especialização e qualificação, curiosidade científica, conhecimento de política científica, do processo de produção da CT&I e o entendimento de que a ciência também é falível e tem limites, além de algum tipo de treinamento profissional. Vejo três condições absolutamente indispensáveis para isso: jornalistas bastante preparados; uma comunidade científica aberta, capaz de entender a importância e o papel próprio do jornalismo na difusão social da ciência; e recursos − financeiros e de infraestrutura, o que inclui meios e veículos de comunicação potentes.  Saiba mais.   
Fonte: Jornal da USP - 22/06/22

A tendência e uma crítica à cobertura de ciência na grande imprensa

Na pandemia, foi possível perceber que a cobertura de ciência atingiu um nível maior de maturidade por parte de quem produz o conteúdo e das fontes. Também avançou o nível de entendimento sobre a discussão, por parte do público, das fontes acadêmicas e até dos colegas jornalistas. Isso fez com que essa pauta ganhasse espaço no noticiário, justamente pela sua conexão com a realidade e sua capacidade de mudar nossas vidas. O desafio durante a crise da covid-19 foi mostrar aos leitores a relevância e a complexidade dos processos científicos. Traduzir avanços, insucessos e limitações das pesquisas sobre protocolos de prevenção, remédios e vacinas revelou-se uma missão que exigiu rigor de apuração, escolha correta da linguagem, compreensão sobre as demandas do público e interlocução qualificada com as fontes.  
Saiba mais.   Fonte: Jornal da USP - 23/06/22

O sombreamento entre jornalismo e divulgação científicos

Divulgação e jornalismo científico são muitas vezes citados como atividades sinônimas; e de fato há um sombreamento grande entre elas, mas é importante destacar que são atividades distintas, com funções distintas. Uma diferença essencial é que o jornalismo trabalha apenas com informações inéditas. Ele tem a função de noticiar algo que acabou de acontecer, mesclando fatos, análises e opiniões de especialistas sobre aquele determinado acontecimento − por exemplo, o anúncio de uma descoberta, o lançamento de algum projeto ou a publicação de uma nova lei de política científica. Uma vez publicada a notícia, ela deixa de ser notícia. O jornalismo tem a função de informar a sociedade, não de educá-la, nem mesmo de fomentar o fascínio pela ciência − além da educação que é necessária para o próprio entendimento da notícia e do fascínio intrínseco gerado pela própria ciência que está sendo noticiada.   
Saiba mais.   Fonte: Jornal da USP - 24/06/22

A importância de José Reis na cobertura de Ciência no Brasil

O médico José Reis (1907-2002), cuja atuação na divulgação científica foi proeminente no jornal Folha de S. Paulo até o fim da vida, tinha um olhar sensível para a pesquisa científica. Ele via a ciência como algo bonito, “profundamente estética”, e que, por essas e outras, deveria ser exibida à sociedade. Reis era de uma geração de intelectuais da primeira metade do século 20 que ainda cultivavam traços de uma polimatia, dando vazão a seus múltiplos interesses. É daquelas pessoas difíceis de enquadrar numa só profissão. Ele conseguia aliar ciência, literatura, arte, política e isso moldou uma carreira multifacetada, permitindo a Reis atuar ativamente não só na divulgação da ciência, mas na política científica.   Saiba mais.
Fonte: Jornal da USP - 27/06/22

Clique aqui


Inscrições

20 junho 2022


Tecnologia 5G ainda está em implementação no Brasil e vários países já falam na 6G

O Jornal da USP no Ar 1ª edição conversou com o professor Marcelo Zuffo, do Departamento de Engenharia de Sistemas Eletrônicos da Escola Politécnica (Poli) da USP e Laboratório de Sistemas Integráveis (LSI), que vem coordenando pesquisas e desenvolvimentos na área de meios eletrônicos interativos. O professor começa destacando que ainda existem “alguns percalços” com a implementação do 5G no Brasil e que, em relação à tecnologia 6, teríamos que resolver algumas problemas fundamentais, ao destacar a questão do arcabouço tecnológico que será utilizado e a indefinição dos domínios, a depender do sucesso ou fracasso da tecnologia no mundo.

A forma como o 6G se destaca em relação às tecnologias anteriores está no volume de transmissão de dados, que poderia ser “no mínimo 10 a 100 vezes maior” em relação ao 4G e ao 5G. Justamente por isso, questões de ordem dos domínios e padronização das aplicações da ferramenta podem ser os maiores impeditivos para que ela chegue rápido no País.

Saiba mais.   Fonte: Jornal da USP - 20/06/22


O Dia do Químico e a tarefa de descobrir a riqueza molecular da natureza

Artigo de Vanderlan da S. Bolzani, professora titular do IQAr, Unesp Araraquara, presidente da Aciesp e membro do Conselho SBPC

O Dia do Químico, celebrado em 18 de junho, é uma data oportuna para lembrar que o legado científico da Química depara-se hoje com a missão vital de criar novas relações entre o homem e a natureza. Afinal, da preservação da natureza depende a própria sobrevivência da espécie. A tarefa desafiadora está em pleno curso e tem no passado muitas referências como inspiração que merecem destaque nesta data. Uma delas é a produção de medicamentos a partir de produtos naturais, aperfeiçoados com os avanços da química medicinal. Com a síntese orgânica, esses produtos podem ser adequados em sua estrutura para obter melhores propriedades farmacológicas e toxicológicas.
Quanto ainda há para aprender com a natureza e sua riqueza molecular? O que é preciso para ampliar esse aprendizado sem destruí-la?   Saiba mais.   Fonte: Jornal da Ciência - 20/06/22


China planeja reforma abrangente de periódicos acadêmicos para aumentar o perfil e a influência da pesquisa científica doméstica

A China planeja uma ampla reformulação dos periódicos acadêmicos do continente, transformando-os em órgãos de classe mundial semelhantes ao semanário britânico Nature e à publicação norte-americana Science, para aumentar o perfil e a influência da pesquisa científica doméstica, disseram autoridades locais em Pequim. 
A iniciativa foi anunciada em uma coletiva de imprensa co-organizada pela Associação Chinesa de Ciência e Tecnologia (CAST), uma organização afiliada ao governo que atende cientistas locais, para acompanhar o “plano de revista de excelência” do país elaborado em 2019. O grupo disse que a maioria dos trabalhos científicos do país continua a ser publicada em revistas acadêmicas ocidentais, enquanto a China e os EUA intensificam sua rivalidade em tecnologias de próxima geração.   Continua...  Fonte: Latindex - 17/06/22

16 junho 2022

Aberto Edital 2022 de Apoio às Revistas da USP

O Programa de Apoio às Publicações Científicas Periódicas da Universidade de São Paulo abre inscrições para o Edital 2022 de apoio à publicação dos periódicos da USP. Desde o início buscamos alcançar o propósito do Programa, além de ouvir e atender às demandas dos editores. Alinhados aos objetivos estratégicos da Universidade de São Paulo, vislumbramos a abertura de uma nova possibilidade de aplicação dos recursos financeiros destinados ao apoio à publicação científica na universidade, ao mesmo tempo em que destacamos a importância da formação dos estudantes na área. Nesse sentido, incentivamos os editores a considerar essa nova dimensão, que tem o potencial de agregar qualidade, autonomia e agilidade aos processos editoriais.   Saiba mais.   Fonte: AGUIA - 15/06/22

15 junho 2022

Você sabia que é possível copiar textos de documentos usando apenas a câmera do seu celular?

Não? Então veja como é fácil transformar seu smartphone em um scanner portátil e totalmente gratuito.

Google Lens é um aplicativo de reconhecimento de imagem desenvolvido pela Google. Esta ferramenta tem várias funções e uma delas é capacidade de poder digitalizar, praticamente, todo tipo de texto que você encontrar em artigos de periódicos, capítulos de livros, documentos, panfletos, etc.   Saiba mais.  Fonte: Google Lens - junho 2022


Clique aqui

Jornalismo científico: os desafios de manter o patamar alcançado na cobertura da pandemia

Tradicionalmente pouco valorizado pelas mídias, o jornalismo científico deu um enorme salto de visibilidade quando se multiplicaram as notícias e análises dos malefícios provocados mundialmente pela Covid. Qual o espaço que ele vai ocupar na mídia quando a pandemia do Sarcovi2 esmaecer?
Essa foi uma das perguntas que a newsletter Jornalistas@Cia, de larga circulação entre os profissionais de imprensa do país, fez a vários dos jornalistas científicos brasileiros e a alguns cientistas e assessores de imprensa sobre a cobertura de Ciência na mídia, ao longo do tempo, e quais as características e ferramentas que observa ou deveria observar.
No total, foram  17  profissionais entrevistados, num trabalho coordenado por mim, em cujas respostas ficou claro que há muito, muito mesmo, a melhorar na cobertura de Ciência em todas as vertentes da imprensa brasileira, impressa, TV, rádio e internet. Para a maioria dos entrevistados, o ânimo e a extensão que caracterizaram a cobertura pela imprensa desta lamentável temporada de Covid deveria se manter e crescer.
Nesta e nas próximas edições, o Jornal da USP  republicará várias matérias desta reportagem especial do Jornalistas& Cia, publicada no último dia 1° de junho, tradicionalmente comemorado como Dia da Imprensa.   Saiba mais.   Fonte: Jornal da USP - 15/06/22


Inscrições