Universidades investem na criação de escritórios para gestão e análise de indicadores de desempenho
A necessidade de fornecer dados para órgãos de fiscalização e rankings acadêmicos nacionais e internacionais levou as universidades brasileiras a investir na criação de comissões administrativas ou escritórios dedicados à coleta e à análise de informações de desempenho. O exemplo mais recente é o da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que, em setembro, lançou seu Escritório de Dados Estratégicos Institucionais. “Há informações espalhadas por diferentes setores dentro da universidade. Pretendemos organizar esses dados e propor métricas mais adequadas para a avaliação das nossas atividades de ensino e pesquisa”, explica Juliana Garcia Cespedes, pró-reitora Adjunta de Planejamento da Unifesp.
Em abril passado, a revista inglesa Times Higher Education (THE) lançou uma nova proposta de ranking acadêmico para valorizar o impacto social gerado pelas universidades. Em vez de se ater a indicadores de ensino e pesquisa, o ranking considerou o desempenho das instituições em alguns dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), como a redução de desigualdades, a sustentabilidade ambiental das instituições e o impacto no desenvolvimento urbano de sua região.