Revista Nature realizou uma ampla análise dos trabalhos publicados entre 1980 e 2015, acompanhados pela plataforma Web of Science
Qualquer novo conhecimento científico é criado com base naquilo que outros estudaram anteriormente. Cientistas reconhecem isso, e citam formalmente em seus trabalhos acadêmicos as pesquisas nas quais se basearam. Isso é uma forma de garantir que suas conclusões são consistentes, e que é possível refazer os passos até chegar a elas.
As citações também garantem status na academia. Quando um artigo é muito citado, a interpretação é de que ele contribuiu para o avanço do tema em questão. Os responsáveis ganham visibilidade e um bom argumento para buscar financiamento ou vagas em instituições de pesquisa. Os pouco citados não só não têm esse prestígio como temem ter gastado seu tempo em um esforço sem valor.
Um trabalho publicado em 1990 na revista Science ganhou projeção – e citações – ao concluir que não ser citado é mais do que provável. Ele afirmava que 55% das pesquisas publicadas entre 1981 e 1985 não haviam recebido uma única citação nos cinco anos após terem vindo à tona.
Agora, uma nova análise encomendada pela revista científica Nature busca desfazer essa ideia. Em uma reportagem publicada em janeiro de 2018, a revista afirma que o trabalho de 1990 é enganador, e que o uso de uma metodologia mais precisa leva a crer que a grande maioria dos artigos é citada. Segundo a Nature, o patamar seria ainda menor se fosse possível investir mais tempo e dinheiro em uma análise mais detalhada. Leia na íntegra: Nexo