26 abril 2018

Administrando o excesso de informação

Manter-se informado e atualizado é fundamental no mundo acadêmico e neste sentido as novas tecnologias são de enorme ajuda. Se antes era possível atualizar-se apenas através das novidades que chegavam às bibliotecas e indo a eventos científicos, atualmente tudo parece estar à disposição num estalar de dedos: basta conectar-se à internet e com poucos toques têm-se acesso às mais recentes descobertas científicas de todas as áreas e de qualquer lugar do mundo.

Mas o rápido avanço tecnológico trouxe além de conveniência um certo grau de estresse, o estresse causado pelo excesso de informação e a necessidade acompanhá-la. E-mails, mídias sociais, feeds, mensagens instantâneas, sites que se  que atualizam a todo instante: o fluxo é contínuo e ininterrupto, o que faz com que pesquisadores interrompam seu trabalho constantemente para acompanhá-lo. Mas pior que o problema da falta de tempo para acompanhar tanta informação, é o problema da falta de filtros. Diante de tantas fontes, como saber quais são confiáveis?

Como manter-se bem informado sem estresse
Maior que o trabalho e tempo investido verificando bem a origem do conteúdo encontrado na internet, é o estresse que pode ser gerado ao citar-se fontes pouco confiáveis, e o pior: ao iniciar novas pesquisas a partir de descobertas equivocadas de terceiros. Diante de um volume infindável de informação, certamente é impossível ler todos os trabalhos encontrados na íntegra, mas é possível sim fazer um levantamento de resumos e revisões e verificar a origem das publicações e o currículo de seus autores. Buscar conteúdo em bancos de artigos de instituições e periódicos confiáveis também é um bom caminho, tanto para iniciar uma nova pesquisa quanto para manter-se atualizado sobre as inovações mais relevantes em sua área.

Comece por estas fontes mais tradicionais e depois parta para outras, aí sim tendo mais cuidado com a origem do conteúdo e de seus autores. É preciso ser particularmente mais rigoroso com fontes provenientes de periódicos de livre acesso desconhecidos ou de autores pouco conhecidos e qualquer conteúdo não publicado em meios acadêmicos oficiais. Muitas vezes estes conteúdos podem ser fruto de plágio ou serem baseados em dados equivocados, por isso mesmo deve-se ter muita cautela diante deles.

A melhor forma de prevenir-se de conteúdos duvidosos é desenvolver em nível pessoal técnicas de busca cada vez mais sofisticadas de busca online. Ainda que as dicas gerais oferecidas aqui possam ser de ajuda, cabe ao pesquisador descobrir quais as fontes e caminhos online mais confiáveis para buscar conteúdo, visto que o panorama de fontes na rede muda constantemente. Para o futuro, faz-se necessário o desenvolvimento de ferramentas e técnicas de busca mais adequadas ao meio acadêmico, uma vez que pesquisadores precisam triar uma quantidade gigantescas de materiais num universo crescente de polos produtores de conteúdo.