09 outubro 2018

Editoras científicas tentam se adaptar à expansão do acesso aberto

Principal aposta dos publishers para transição, revistas híbridas são alvo de críticas da comunidade acadêmica

Com a recente decisão de 11 países europeus de, a partir de 2020, só financiar estudos publicados em periódicos de acesso aberto, algumas das grandes editoras de periódicos científicos já reconhecem que o estabelecimento de um novo paradigma de editoração acadêmica é inevitável, alegam apoio à causa e começam a mudar seus modelos de negócios.
No entanto, especialistas que defendem o modelo Open Access – no qual não há cobrança pelo acesso aos conteúdos dos periódicos acadêmicos – vêm com desconfiança a boa vontade das empresas e criticam as alternativas que elas propõem para uma transição.
Embora a campanha pelo fim do “paywall” das publicações científicas já exista há anos, o sinal de alerta das grandes editoras se acendeu no início de setembro, quando foi lançada a força-tarefa para o Plano S por agências de fomento à pesquisa e governos da Áustria, Eslovênia, França, Holanda, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Noruega, Polônia, Reino Unido e Suécia.
Modelo híbrido
Já nas revistas de “acesso aberto dourado”, o autor paga pela publicação, mas o artigo fica imediatamente acessível, gratuitamente e sem restrições. A Elsevier possui também revistas híbridas, que cobram pela assinatura, mas dispõem de algumas seções de acesso totalmente gratuito.
“Enquanto alguns preferem pagar para distribuir suas pesquisas globalmente por meio do acesso aberto dourado, outros preferem continuar publicando sob o modelo de assinatura e buscar a rota do acesso aberto verde. Apoiamos fortemente o acesso aberto e temos opções disponíveis de acesso aberto verde e dourado em todas as nossas publicações”, afirmou Gemma.
A Elsevier já é a líder mundial em publicações de acesso aberto verde, segundo Gemma. Segundo ela, a editora possui ainda 170 títulos de acesso totalmente aberto e 1.850 revistas híbridas.
Leia mais