A previsão é que o primeiro feixe de elétrons comece a circular no anel de armazenamento no primeiro semestre de 2019 e que as 6 primeiras estações experimentais – conhecidas como linhas de luz – estejam abertas a pesquisadores de todo o Brasil.
Concebido no estado da arte da tecnologia, Sirius é um equipamento de quarta geração. Entre as cerca de 50 fontes síncrotrons em operação em todo o mundo, o Sirius se compara apenas ao MAX IV, inaugurado em junho de 2016 na Suécia. Futuramente, ambos deverão ter a concorrência do European Synchrotron Radiation (ESRF), na França, que planeja um upgrade para o seu síncrotron de terceira geração.
“Sirius permitirá a realização de pesquisa competitiva, impossível de ser realizada hoje no Brasil com o síncrotron atual ou em vários dos países do mundo que têm acesso a tecnologia semelhante”, disse Antonio José Roque da SIlva, diretor-geral do CNPEM e responsável pelo projeto Sirius desde 2009, quando ocupava o cargo de diretor do Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS).
A exemplo da atual fonte síncrotron em operação no LNLS, Sirius será um laboratório nacional, aberto a usuários ligados às universidades, instituições de pesquisa e a empresas. Tanto que as seis primeiras estações experimentais de pesquisa do Sirius – nanoscopia de raios X, espalhamento coerente de raios X, micro e nanocristalografia macromolecular, por exemplo –, acessíveis a partir do próximo ano, foram selecionadas para atender tanto à demanda “da nova ciência e da tecnologia avançadas” e às tecnologias mais utilizadas pelo usuário, como para permitir o avanço de investigações em áreas estratégicas como óleo e gás, saúde, entre outras, ressalta Roque da Silva. Fonte: Agência Fapesp. Leia mais