28 janeiro 2019

Diplomacia científica

Cristina Russo, em visita a São Paulo: “Cooperação em ciência e inovação tem dimensão política que vai além da produção científica em si”

Quando assumiu em 2013 o cargo de diretora de Cooperação Internacional em Pesquisa e Inovação (P&I) da Comissão Europeia, a cientista política italiana Cristina Russo aceitou a incumbência de ampliar parcerias com pesquisadores de fora do continente no âmbito do programa de P&I da União Europeia, o Horizonte 2020, o principal programa científico do bloco, com orçamento de € 77 bilhões de 2014 a 2020. Aberta a parceiros estrangeiros, a iniciativa conta com a participação de brasileiros apoiada em diversos acordos de cooperação, como o firmado com a FAPESP em 2015. Por meio dele, pesquisadores vinculados a instituições de pesquisa e ensino superior do estado de São Paulo podem usar modalidades de apoio oferecidas pela Fundação para financiar sua participação em projetos associados ao Horizonte 2020. O trabalho de Cristina Russo também busca articular políticas científicas e tecnológicas em escala mundial.
Em visita ao Brasil, pela quinta vez, Russo teve como principal missão acompanhar a implementação da cooperação bilateral e reforçar o engajamento da União Europeia em continuar a cooperação estratégica na área de pesquisa e inovação com o país. Sua passagem pelo Brasil também foi uma oportunidade para apresentar os princípios do Plan S do acesso aberto, um pacto lançado em setembro pela Comissão Europeia, com forte adesão de França, Itália, Reino Unido e outros 10 países, para garantir que, a partir de janeiro de 2020, todas as pesquisas científicas com financiamento público sejam publicadas imediatamente em plataformas de acesso aberto. “Temos do nosso lado instituições científicas da Europa e de países como Estados Unidos e China, que já se sensibilizaram em relação a essa iniciativa. Seria importante que o Plan S tivesse aceitação global”, disse Russo em entrevista durante sua passagem por São Paulo em dezembro.   Leia mais
Fonte: Pesquisa FAPESP - janeiro 2019