Em uma reunião realizada ontem, dia 8 de abril, foi apresentada aos dirigentes da Coordenadoria de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) uma proposta para a reorganização da pós-graduação nas universidades.
Elaborada pelas estaduais paulistas – USP, Unesp e Unicamp – e pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a proposta sugere mudanças que consistem no redesenho da estrutura dos programas de pós-graduação, valorizando a formação no nível de doutorado, a mobilidade nacional e internacional dos estudantes nesse nível e os estágios de pós-doutorado. Um dos principais pontos da proposta é que o mestrado acadêmico passe a ser entendido como etapa de qualificação para o doutorado e tenha sua duração reduzida.
“Estamos trabalhando em um modelo que otimize os recursos investidos na pós-graduação, priorizando o doutorado. A ideia é proporcionar melhores condições ao doutorando para que ele tenha mais tempo para o desenvolvimento de seu projeto e um financiamento mais estável. Com isso, esperamos teses de melhor qualidade, que é sempre o nosso grande objetivo”, explica o pró-reitor de Pós-Graduação, Carlos Gilberto Carlotti Junior.
Agora a Capes deve analisar essa proposta inicial e definir quais alterações são viáveis e poderão constar na proposta final que, depois de formatada, será apresentada internamente aos programas de pós-graduação das quatro universidades.
O pró-reitor ressalta que “mesmo após a aprovação da proposta final, os programas não serão obrigados a aderir ao novo modelo. A ideia é termos na USP simultaneamente os dois modelos de pós-graduação: o tradicional e esse novo que dá ênfase ao doutorado”.
No dia 12 de dezembro, um protocolo de intenções assinado pela USP e pela Capes deu início ao processo que permitirá a reorganização da oferta dos cursos de pós-graduação de Mestrado e Doutorado. Por Erika Yamamoto