18 setembro 2019

A importância da ciência produzida nas universidades públicas

Em depoimento à CPI das Universidades Públicas na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, pró-reitor de Pesquisa da USP destaca como a produção científica, as parcerias com a indústria e o empreendedorismo vêm crescendo na Universidade

O que a sociedade ganha com a astronomia feita nas universidades públicas? Faz sentido investir recursos públicos na pesquisa de estrelas e galáxias distantes que nunca teremos a oportunidade de visitar, simplesmente para saciar nossa curiosidade científica sobre o universo? O mesmo questionamento poderia ser feito sobre a ida do homem à Lua, 50 anos atrás, e tantas outras linhas de pesquisa cujos benefícios práticos para a sociedade não são necessariamente óbvios de início, mas existem, e podem ser extremamente significativos para o desenvolvimento científico, tecnológico, econômico e social de um país, um continente, ou de toda a espécie humana.
Esse foi um dos princípios levantados pelo pró-reitor de Pesquisa da Universidade de São Paulo (USP), Sylvio Canuto, para defender a importância da ciência acadêmica em seu depoimento à CPI das Universidades Públicas, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), na manhã da última segunda-feira, 16 de setembro.
Para ver mais exemplos e saber mais sobre a importância da ciência produzida nas universidades públicas, veja a reportagem especial do Jornal da USP: Fábricas de Conhecimento
Canuto também destacou a liderança da USP como maior produtora de ciência e maior celeiro de recursos humanos especializados e “unicórnios” do Brasil — como são chamadas as startups bilionárias, que superam US$ 1 bilhão em valor de mercado. Se fosse um país, a USP seria o terceiro maior produtor de conhecimento científico da América Latina (atrás apenas do próprio Brasil e do México). É a universidade que mais colabora com a indústria no País, como mostram os dados do relatório mais recente da empresa Clarivate Analytics. Para saber mais sobre os unicórnios da USP, veja a reportagem especial do Jornal da USP: Empreendedorismo na Universidade
Além de seus vários unicórnios, a USP abriga 11 dos 17 Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) da Fapesp; três dos oito Centros de Pesquisa em Engenharia da Fapesp; quatro dos 42 centros da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii); e 19 dos 102 Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs), além de vários outros projetos, centros e iniciativas de excelência em pesquisa científica e tecnológica.
Com relação à qualidade dessas pesquisas, Canuto ressaltou que ela deve ser avaliada de forma criteriosa, sem ser “reduzida a meros fatores bibliométricos”. No geral, o índice de impacto da ciência produzida na USP está acima da média mundial, de 1.0.
Sobre os esforços da Universidade para se comunicar melhor com a sociedade, Canuto citou o USP Talks – iniciativa que realiza eventos públicos mensais com pesquisadores na Avenida Paulista, para debater temas da atualidade – e mostrou um dos vencedores de um concurso de vídeos de divulgação científica, produzidos por alunos de pós-graduação da USP.  
Leia maisFonte: Jornal da USP – 17/09/19