31 julho 2020

A renovação contínua das universidades de pesquisa

“A pandemia da covid-19 está demonstrando a importância fundamental do ensino e da pesquisa a que se dedicam as grandes universidades”, afirma reitor em artigo publicado na Folha de S. Paulo on-line

A partir do começo deste século XXI, as universidades de pesquisa, ao redor do mundo, perceberam que estavam muito fechadas em si mesmas e, em função disso, se afastando das sociedades.
A importância de suas atividades perdia visibilidade fora de seus campi e de círculos muito restritos. O tema tornou-se recorrente nas reuniões internacionais dos gestores universitários. Da sua discussão, nasceu o conceito de Terceira Dimensão das Universidades, uma sofisticação das tradicionais atividades de extensão, que as universidades exercem além do ensino e da pesquisa. O conceito recomenda o fortalecimento da interação entre as universidades e a sociedade de forma a promover maior aproximação e intercâmbio entre as partes.
Em recente artigo de H. Schwartsman (O Futuro das Universidades, 28/07/2020) fica clara a incompreensão da função de uma universidade, especialmente as de pesquisa. O autor pergunta “por que um canudo de Harvard vale mais do que o de um community college?”. Certamente, um profissional graduado em Harvard não é melhor nem pior do que o de um community college  [instituição de ensino superior cujo objetivo central é o ensino, e conforme o Estado, nem sempre reconhecida como universidade]. Ele é diferente.
Em uma universidade de pesquisa, o ensino é oferecido em um ambiente em que o conhecimento é desenvolvido por professores que são cientistas. O aluno, durante o curso, nem sempre percebe a influência dessa abordagem, mas quando atua profissionalmente constata que foi preparado para enfrentar desafios, para não temer o desconhecido e as inovações. É um profissional diferente, necessário para o desenvolvimento social, cultural e econômico da sociedade.  
Leia a íntegra do texto.    Fonte: Jornal da USP - 30/07/20