02 outubro 2020

Comunicação pública da ciência no Brasil é mais intensa que a média internacional, aponta estudo

As universidades e instituições de pesquisa brasileiras são frequentemente acusadas de se comunicar pouco com o público em geral, contribuindo para a baixa conscientização de alguns segmentos da sociedade sobre o papel fundamental da ciência para o desenvolvimento econômico e social do país.
Um estudo comparativo internacional sobre a comunicação pública da ciência feita por universidades e instituições de pesquisa, antes da pandemia de COVID-19, mostra, porém, que a intensidade das ações das organizações científicas brasileiras nessa área é maior do que a dos Estados Unidos, Reino Unido, Itália, Holanda, Alemanha, Portugal e Japão.

Os resultados do estudo foram publicados na revista PLOS ONE.

“Vimos que as atividades de divulgação das universidades e instituições de pesquisa desses países é muito semelhante. O que varia é a intensidade e os investimentos que fazem em comunicação”, diz à Agência FAPESP Marta Entradas, pesquisadora da London School Economics and Political Science (LSE) e coordenadora do estudo.

Os pesquisadores avaliaram a comunicação pública da ciência entre 2017 e 2018 em uma amostra estratificada de mais de 2 mil instituições de pesquisa no Brasil, Alemanha, Itália, Japão, Holanda, Portugal, Reino Unido e Estados Unidos, por meio de questionários. No Brasil, o estudo foi conduzido por pesquisadores vinculados ao Instituto Nacional de Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia (INCT-CPCT), sediado na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro.   

Saiba mais.     Fonte: Agência FAPESP - 02/10/20