Pesquisadores e universidades buscam se adaptar à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, em vigor desde setembro
O Brasil passou a integrar o rol de países com legislações
específicas para uso, proteção e compartilhamento de dados de seus cidadãos. Em
vigor desde setembro, a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD)
estabelece direitos dos indivíduos sobre seus dados e padroniza critérios e
requisitos que empresas e órgãos públicos deverão seguir para que haja maior
cuidado com o tratamento de informações pessoais e seu compartilhamento com
terceiros.
A Universidade de São Paulo (USP) também criou um grupo gestor
para se ajustar à nova lei. “A Superintendência de Tecnologia da Informação
será a responsável pelo tratamento operacional dos dados, enquanto os setores
de recursos humanos, graduação, pós-graduação, entre outros, tomarão as
decisões sobre quais dados precisam ser protegidos e a forma como isso será
feito”, diz João Eduardo Ferreira, superintendente de Tecnologia da Informação
da USP e coordenador do grupo de trabalho à frente do comitê gestor da
instituição. A USP se preocupa ainda com tentativas de violação dessas
informações. Além de investir em sistemas de proteção de dados, criou o
programa Hackers do Bem, em que estudantes de graduação e pós-graduação de
ciência da computação utilizam técnicas de invasão de sistemas para testar a
segurança das informações protegidas. “A ideia é identificar eventuais
vulnerabilidades. As que identificamos até agora são mínimas, mas
significativas”, diz Ferreira. Saiba mais.
Fonte: Pesquisa FAPESP - 02/11/20