Há dez anos estudando o tema, Laboratório de Estudos do Romance mantém encontros virtuais e oficinas no YouTube
Do exercício de cultivar plantas à
procura por cursos, certamente a leitura se destaca entre as atividades mais
procuradas da quarentena. Tanto aquela voltada para aprofundar conhecimentos
específicos quanto a leitura despretensiosa, de quem abre as páginas do livro –
ou do ebook – para se ver preso numa narrativa de entretenimento.
E dentre
as possibilidades de gêneros literários, os romances se destacam na pandemia.
Eles figuram entre os livros mais comprados em 2020. O romance distópico de
George Orwell, 1984,
voltou à lista de mais vendidos da gigante Amazon. E clássicos como Dom Quixote de La
Mancha, de Miguel de Cervantes, seguem singulares em número de cópias:
estima-se que já tenham sido vendidos 600 milhões de exemplares.
Mas o
romance não atrai apenas leitores, ele também é objeto de interesse da
academia. Na USP, um grupo de pesquisadores se dedica a estudá-lo dentro da
dimensão histórica e de teoria crítica. A professora Sandra Guardini Teixeira
Vasconcelos, do Departamento de Letras Modernas da Faculdade de Filosofia,
Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, trabalha com o tema há pelo menos 40
anos.
Há quase dez, ela criou e
co-coordena o Laboratório de Estudos do
Romance (LERo), junto do professor
Jorge de Almeida, do Departamento de Teoria Literária da FFLCH. Sandra conta
que a vocação do laboratório é reunir pessoas, tanto do ponto de vista do
ensino, da pesquisa, como da extensão universitária. “A ideia sempre foi, desde
o começo, aproximar alunos, pesquisadores, professores e interessados em
romance, em geral. Sem propor um recorte nacional, nosso foco é o romance como
gênero e isso agrega muita gente.”
Veja mais. Fonte: Jornal da USP - 11/12/20