14 abril 2021

Demissão de presidente da Capes preocupa gestores da pós-graduação

Mudanças inesperadas no comando da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação (MEC) deixaram lideranças acadêmicas e científicas apreensivas sobre o futuro da agência e do processo quadrienal de avaliação dos programas de pós-graduação (PPGs) das universidades, previsto para ser concluído neste ano, mas cujo calendário já está atrasado em função da pandemia.
O presidente da Capes, Benedito Guimarães Aguiar Neto, foi exonerado sem aviso prévio (e sem justificativa oficial) na segunda-feira, 12 de abril, pelo ministro Milton Ribeiro. A demissão surpreendeu a comunidade acadêmica. Ex-reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, ele estava no cargo há 14 meses.
Independentemente de quem vier a substituí-lo, uma troca do comando nesse contexto é preocupante, em função da falta de justificativa, dos cortes orçamentários e das dificuldades já impostas pela pandemia ao processo de avaliação dos PPGs, que é fundamental para a formação de recursos humanos e para a produção de ciência e tecnologia no País. “Já tínhamos problemas suficientes para trabalhar; e essa mudança, agora, pode atrapalhar ainda mais a avaliação”, diz o pró-reitor de Pós-Graduação da USP, Carlos Gilberto Carlotti Júnior. “Fico imaginando o que motivou o MEC a fazer uma mudança dessas num momento tão inoportuno.”   Saiba mais.    Fonte: Jornal da USP - 13/04/21