Artigo de Vanderlan da S. Bolzani,
professora-titular do IQAr/Unesp, membro do Conselho da SBPC e presidente da
Aciesp
O Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq) faz 70 anos neste mês de abril. Desta vez,
dadas as circunstâncias do momento em que o fato ocorre, uma crise sem
precedentes na história do País, há pouco espaço para o espírito efusivo das
comemorações merecidas. No entanto, pensar sobre a criação do CNPq pode nos
ajudar a fazer uma pausa nesta sequência de notícias negativas e, assim, termos
um bom motivo de celebração: a institucionalização da pesquisa científica
brasileira. Assim, a criação do CNPq e da Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) marca uma postura
afirmativa de fomento à pesquisa e uma opção tão almejada em um período de
tantos desafios e de tantas urgências. Postura que vinha embalada no entusiasmo
pelo “desenvolvimento” e na crença de que era possível reverter o grande nível
de desigualdade que nos separava das economias centrais pelo conhecimento e
pelo fomento à pesquisa em todas as áreas. Quanto dessa crença ficou como
herança na memória coletiva da nossa identidade de brasileiros? Acredito que
muitas, e o CNPq é um hoje um patrimônio conquistado por este Brasil
continental. Saiba mais. Fonte: Jornal da Ciência - 23/04/21