A ciência brasileira terá que
sobreviver em 2021 com um orçamento pífio. O Ministério da Ciência, Tecnologia
e Inovações (MCTI) foi o que sofreu o maior corte no orçamento federal aprovado
em 25 de março pelo Congresso Nacional, com uma redução de 29% dos seus
recursos, em comparação com 2020. O orçamento de fomento do Conselho Nacional
de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) — que é vinculado ao MCTI —
será de apenas R$ 23,7 milhões; uma quantia absolutamente irrisória para a
sustentação da produção científica nacional.
O orçamento total previsto para o MCTI neste ano é da ordem de R$
8,3 bilhões, comparado a R$ 11,8 bilhões em 2020. O valor reservado para
“despesas discricionárias” (ou seja, efetivamente disponível para investimentos
em pesquisa), porém, é de apenas R$ 2,7 bilhões, 15% a menos do que em 2020 e
58% a menos do que em 2015 (quando o orçamento já estava em queda), segundo
dados apresentados pelo ministro Marcos Pontes em uma audiência
pública na Comissão de Ciência e
Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara dos Deputados, na última
quarta-feira, 7 de abril.
Considerando o crescimento da comunidade científica ao longo das
últimas décadas, o orçamento pode ser considerado o menor da história, em
termos da sua capacidade de atender às demandas do setor. O outros dois
ministérios que mais perderam recursos no orçamento foram Educação e Meio
Ambiente. Saiba mais. Fonte: Jornal da USP - 09/04/21