Além das fronteiras
Em 60 anos de história, comemorados em maio, a FAPESP financiou
aproximadamente 320 mil projetos de pesquisadores de instituições paulistas em
todas as áreas do conhecimento e ajudou a consolidar o estado na liderança da
produção científica do país. A influência da Fundação na formação de recursos
humanos e no apoio à pesquisa básica e aplicada não se limitou a São Paulo, mas
deixou marcas duradouras também no sistema brasileiro de ciência e tecnologia.
Em várias ocasiões, o desenho de programas idealizados na instituição ajudou a
inspirar iniciativas de abrangência nacional.
O Programa Genoma-FAPESP, que reuniu 192 pesquisadores em uma rede virtual de 60 laboratórios no final da década de 1990 para sequenciar o DNA de vários organismos, contribuiu para o surgimento de ações no país em moldes semelhantes. Em 2000, ano em que a revista Nature publicou os resultados do sequenciamento da bactéria Xylella fastidiosa pela rede paulista, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) criou a rede nacional do projeto Genoma Brasileiro, composta por 240 cientistas de 18 estados, com a tarefa inicial de decifrar o código genético da Chromobacterium violaceum, bactéria de importância para a biotecnologia. Saiba mais.
O Programa Genoma-FAPESP, que reuniu 192 pesquisadores em uma rede virtual de 60 laboratórios no final da década de 1990 para sequenciar o DNA de vários organismos, contribuiu para o surgimento de ações no país em moldes semelhantes. Em 2000, ano em que a revista Nature publicou os resultados do sequenciamento da bactéria Xylella fastidiosa pela rede paulista, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) criou a rede nacional do projeto Genoma Brasileiro, composta por 240 cientistas de 18 estados, com a tarefa inicial de decifrar o código genético da Chromobacterium violaceum, bactéria de importância para a biotecnologia. Saiba mais.
Mesmo em um
cenário de escassez de recursos e incertezas envolvendo a pandemia, a FAPESP
conseguiu atrair e reter cientistas do exterior em estágios de pós-doutorado no
Brasil. Foram 115 bolsistas nos últimos dois anos, segundo dados da Fundação.
Vindos de diferentes partes do mundo, eles integram grupos de excelência em
instituições de São Paulo, desenvolvendo estudos de impacto, estabelecendo
novos campos de investigação e ajudando a formar novos pesquisadores. É certo que esse
número já foi maior. Desde 2018, a Fundação registra uma queda nas solicitações
e concessões de bolsas de pós-doutorado a candidatos de outros países.
Estima-se que a pandemia tenha impactado o trânsito desses cientistas, mas
alguns pesquisadores também atribuem a queda à deterioração das condições
sociais e econômicas do Brasil. Saiba mais
Caminhos para conhecer a história
Poucas
instituições no Brasil têm sua história tão bem documentada como a FAPESP.
Livros, artigos, reportagens e trabalhos acadêmicos publicados nas últimas
décadas – e hoje disponíveis em acesso aberto – registram e analisam em
detalhes a trajetória da Fundação e suas contribuições para o avanço da
ciência, tecnologia e inovação (CT&I) no país.
O acervo da
FAPESP reúne ainda material sobre o avanço do conhecimento científico e
tecnológico aplicado à produção de cana-de-açúcar e etanol em São Paulo, e como
a Fundação ajudou a transformar o Brasil em um líder mundial em conhecimento e
tecnologia nessa área. O mesmo se aplica ao programa Biota, um dos mais
longevos e bem-sucedidos da instituição. A iniciativa permitiu que cientistas
paulistas pudessem mapear e analisar as origens, a diversidade e a distribuição
da flora e da fauna do estado, avaliar as possibilidades de exploração
sustentável de plantas e animais com potencial econômico e subsidiar a
formulação de políticas de conservação de remanescentes florestais. Saiba maisFonte: Pesquisa FAPESP - maio 2022