05 julho 2022

Baixa mobilidade acadêmica no Brasil não tem impacto significativo na produtividade, sugere estudo

Pesquisadores que constroem sua carreira na mesma instituição em que obtiveram o doutorado produzem, em média, tantos artigos quanto aqueles que diversificaram sua experiência profissional e migraram para outros lugares

Um levantamento feito por pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) sugere que, pelo menos em termos quantitativos, a baixa mobilidade acadêmica no Brasil não tem impacto significativo na produtividade científica. Segundo os autores, da Escola de Administração da UFRGS, cientistas que constroem sua carreira na mesma instituição em que obtiveram o doutorado produzem, em média, tantos artigos quanto aqueles que diversificaram sua experiência profissional e migraram para outros lugares.
O trabalho se baseou em dados de 76.521 cientistas brasileiros de todas as áreas do conhecimento que se doutoraram entre 2000 e 2016 e atualmente trabalham em alguma instituição, pública ou privada, de ensino e pesquisa do país. “Usamos dados da plataforma Lattes, que reúne milhares de currículos acadêmicos, para mapear o percurso de carreira desses cientistas”, destaca o engenheiro naval Denis Borenstein, um dos autores do estudo, publicado em maio na revista científica Journal of Informetrics. “Criamos um software capaz de identificar o local em que eles se doutoraram, se e onde fizeram estágios de pós-doutorado, por quais instituições passaram e onde trabalham.”   Saiba mais.   
Fonte: Pesquisa FAPESP - julho 2022