21 dezembro 2022

Por que criar uma Rede Universitária de Serviços Científicos e Ambientais

P&D é investimento, estrutura, labore, gestão, fluxos, processos. Grandes debates epistêmicos, doutos e lattesianos não fazem verão. As universidades precisam “olhar fora da caixa” e articular-se para germinar novos espaços, novas oportunidades, novas sinergias ganha-ganha. O mais espantoso é que há esses espaços, vários óbvios. Mesmo com algumas iniciativas já em andamento (vide o modelo USP), a nossa atávica dificuldade de regulamentar para aumentar a segurança jurídica nas parcerias (e na definição de propriedade intelectual), inovar na governança, nos modelos de gestão e nas patotas encrustadas nos topos hierárquicos travam, atritam, inviabilizam. Latinidade interpessoal ancestral.
Um desses novos espaços está na certificação ambiental de projetos relacionados às mudanças climáticas e validação de projetos que gerem créditos de carbono. É fato que ações contra as mudanças climáticas são uma tarefa interdisciplinar, de todos, com peculiaridades geográficas que deixam o esforço de criar modelos confiáveis (e aceito pelos stakeholders) ainda mais complexo. Para manter a temperatura global em níveis seguros, é preciso um olhar e tecnicalidade local para que os vários setores da sociedade possam somar seus esforços à transição para uma economia zero-carbono (sem ações de puro marketing, greenwashing e zero efetividade).   Saiba mais.   Fonte: Jornal da USP - 20/12/22