09 janeiro 2023

A ciência em parceria com o público

O biólogo Ronaldo Christofoletti não estava acostumado a dar entrevistas em frente a câmeras de TV, mas isso foi antes de ele convidar moradores da Baixada Santista, no litoral paulista, para serem seus parceiros de pesquisa. “A imprensa local queria entender o que estávamos fazendo e como era possível indivíduos sem experiência em trabalhos de campo produzir conhecimento científico”, conta o docente do Instituto do Mar da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Em 2019, ele e sua equipe recrutaram 51 pessoas para ajudar em um mapeamento da distribuição de espécies marinhas em costões rochosos. O grupo era bastante diverso: alunos de graduação, profissionais com formação em geografia e biologia, professores primários, aposentados, técnicos ambientais, engenheiros e jornalistas, que se cadastraram como voluntários pela internet. Munidos de quadrículas – pequenos quadrados de metal usados para isolar e medir o tamanho de plantas e animais no solo –, formulários e máquinas fotográficas, eles percorriam diferentes pontos da ilha Urubuqueçaba, próxima à orla da praia, em Santos, anotando os organismos que encontravam pelo caminho. Os dados eram entregues depois aos responsáveis pela pesquisa, que os comparavam com registros de cientistas profissionais para avaliar a precisão dos resultados dos participantes.   Saiba mais.   Fonte: Pesquisa FAPESP – jan. 2023