A publicação de pesquisas em revistas e periódicos acadêmicos é
um dos pilares da ciência atual. A lógica é que esses veículos garantem que o
estudo em questão foi revisado por outros cientistas e permitem que os
resultados alcancem mais pesquisadores. Já faz alguns anos, contudo, que esse
sistema lida com contradições. Periódicos geridos por editoras tradicionais são
criticados por cobrarem assinaturas caras às instituições de ensino, tornando o
acesso aos estudos mais restrito. A internet fez com que revistas digitais se
multiplicassem, mas não tornou o processo mais acessível – pelo contrário, os
pesquisadores começaram a ter que pagar para ver seus trabalhos publicados. Em
paralelo, alguns cientistas reivindicam meios alternativos para publicar suas
pesquisas, sem custos para quem publica ou lê o estudo. O movimento que
incorpora essa e outras práticas de democratização do conhecimento é chamado de
Open Science, ou, em português, ciência aberta. Neste texto, o Nexo explica
esse movimento e seu potencial no avanço do conhecimento científico.