O ChatGPT ainda é motivo de curiosidade e impasse. E no mundo
acadêmico não é diferente. Enquanto alguns pesquisadores estão incorporando o
uso da inteligência artificial em seu trabalho, outros pedem limites. A Springer Nature, principal editora de
revistas científicas do mundo, está nesse segundo grupo. Em entrevista ao
portal The Verge, a editora-chefe do periódico, Magdalena Skipper, anunciou a
decisão de proibir a listagem do ChatGPT e outras tecnologias do tipo como
coautores de estudos científicos: “Esta nova geração de ferramentas realmente
explodiu na comunidade, que está animada e brincando com ela. Mas [também] usando-as
de maneira que vão além de como elas podem ser genuinamente usadas no
presente”. A revista, contudo, não proibiu totalmente o
ChatGPT e outras IAs. Os pesquisadores poderão ter esse auxílio para escrever e
para gerar ideias – desde que essa contribuição seja divulgada. A Springer
Nature apenas não dará a permissão para que esses bots tenham o status de
pesquisador. Em outras palavras, não poderão ser apresentados como coautores:
“Quando pensamos em autoria de artigos científicos, de trabalhos de pesquisa,
não pensamos apenas em escrevê-los”, afirma Magdalena Skipper. “Existem
responsabilidades que vão além da publicação e, certamente, no momento, essas
ferramentas de IA não são capazes de assumir essas responsabilidades.” Saiba
mais. Fonte: Jornal da Ciência – 03/02/23