Há anos
cientistas em empresas e universidades criam e aperfeiçoam softwares de
inteligência artificial (IA), mas poucas vezes essa tecnologia galvanizou a
atenção da sociedade como em fins de 2022, com o ChatGPT, sistema capaz de
criar textos realistas e articulados a partir de perguntas e comandos dos
usuários e simular conversas com um ser humano. Lançada em novembro pela
OpenAI, startup com sede na Califórnia, nos Estados Unidos, a ferramenta foi a
protagonista de um experimento coletivo de alcance planetário. Dois meses após
seu lançamento, já era usada por mais de 100 milhões de pessoas, desencadeando
uma explosão de experiências de escrita, algumas divertidas, outras preocupantes.
O modelo se mostrou capaz de compor músicas, escrever poemas, códigos de
programação e até textos jornalísticos – para inquietação de repórteres como eu
–, reacendendo a discussão: qual é o risco de a inteligência artificial,
mimetizando a nossa capacidade criativa e levando-a a novos patamares,
substituir os seres humanos em atividades intelectuais? Até aqui, esse impacto
parecia restrito a tarefas de caráter repetitivo. Saiba mais.
Fonte: Pesquisa FAPESP – mar. 2023