15 dezembro 2017

Sensores e big data orientarão na tomada de decisão do produtor rural

Existe uma anedota sempre repetida pelos pesquisadores da área de e-agriculture. Ela afirma que, há alguns anos, os agricultores diziam aos filhos que deveriam estudar se quisessem deixar o campo e ir para a cidade. Agora, prossegue a anedota, o conselho mudou: os filhos precisam estudar para poderem continuar no campo.

Mudanças estão em curso: não só na produção, mas também na gestão. Com a junção de big data e Internet das Coisas, plantas e animais serão os sinalizadores da tomada de decisão do produtor rural. Isso porque, indo além da “agricultura de precisão”, que utiliza tecnologia da informação para analisar variáveis como clima e solo, passam a contar também os sinais emitidos pelas plantas e animais na tomada de decisão do produtor.

“Não é exagero dizer que, nos próximos 10 anos, teremos a planta e o animal respondendo a cada estímulo no sistema produtivo. As decisões quanto à produção vegetal e ao bem-estar animal serão tomadas a partir de dados coletados por biossensores implantados em cada planta e em cada animal”, disse Iran Oliveira da Silva, professor do Departamento de Engenharia de Biossistemas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo.

Silva foi um dos palestrantes do Workshop eScience “O Rural na Era Digital”, realizado no auditório da FAPESP, e que teve como eixo examinar mudanças no meio rural provocadas pela adoção da tecnologia da informação.   Leia mais

14 dezembro 2017

Como fazer uma revisão bibliográfica


revisão bibliográfica é a base que sustenta qualquer pesquisa científica. Acredite: algumas horas a mais na biblioteca podem poupar alguns meses de trabalho no laboratório ou a campo. Para proporcionar o avanço em um campo do conhecimento é preciso primeiro conhecer o que já foi realizado por outros pesquisadores e quais são as fronteiras do conhecimento naquela (Vianna, 2001).
Desta forma, a revisão bibliográfica é indispensável para a delimitação do problema em um projeto de pesquisa e para obter uma ideia precisa sobre o estado atual dos conhecimentos sobre um tema, sobre suas lacunas e sobre a contribuição da investigação para o desenvolvimento do conhecimento (Lakatos e Marconi, 2010).
Além de auxiliar na definição dos objetivos da pesquisa científica, a revisão bibliográfica também contribui nas construções teóricas, nas comparações e na validação de resultados de trabalhos de conclusão de curso e de artigos científicos (Medeiros e Tomasi, 2008).
Realizar uma revisão bibliográfica faz parte do cotidiano de todos os estudantes e cientistas. É uma das tarefas que mais impulsionam o aprendizado e o amadurecimento na área de estudo. Atualmente, as bibliotecas digitais têm facilitado e simplificado muito essa tarefa, pois trazem recursos de busca e cruzamento de informações que facilitam a vida de todos.
Mas as novas tecnologias não resolvem tudo. Por isso, preparamos este guia com algumas considerações importantes sobre a revisão bibliográfica.   Leia o guia na íntegra 

Dicas para apresentação oral - parte I


Dicas para apresentação oral - parte II


10 dicas para escolher o tópico de sua pesquisa


Professores da USP dão dicas para publicar em periódico importante

Quais são os passos que trabalhos científicos costumam seguir antes de serem publicados em periódicos de grande destaque e o que os tornam tão relevantes para o meio acadêmico? Essas e outras questões foram debatidas durante o evento Periódicos de Alto Impacto: Experiências Politécnicas, na Escola Politécnica (Poli) da USP, com a participação de professores referências no assunto: Reinaldo Giudici, do Departamento de Engenharia Química (PQI), e Vanderley John, do Departamento de Engenharia Civil (PCC).
Tendo como objetivo melhorar a qualidade, o encontro procurou discutir estratégias a serem aplicadas na redação de artigos que resultem em publicações de alto impacto. Confira agora algumas das dicas compartilhadas pelos professores da Poli, pesquisadores experientes em seus campos de estudo:

1 – Redija e publique também em inglês

As publicações de alto impacto geram o reconhecimento necessário para atrair os investimentos de empresas, instituições de ensino e órgãos de fomento à pesquisa, principalmente se forem internacionais. “Os artigos redigidos e publicados em inglês possuem maiores chances de serem citados”, afirma John.

2 – Pense onde quer publicar desde o início

A publicação do artigo deve começar a ser pensada logo na concepção do projeto de pesquisa e não como uma etapa separada, após o término da tese ou da dissertação. Isso se deve ao fato de que os periódicos levam em conta a originalidade do paper na hora de decidir por sua publicação. “Isso é importante para não repetir assuntos que já foram publicados no journal”, destaca Giudici, que desde 2008 é editor-chefe do Brazilian Journal of Chemical Engineering.

3 – Revise atentamente a bibliografia

“A contribuição e a relevância que esse trabalho terá para o meio científico, e se ele preencherá alguma das lacunas existentes da literatura atual são coisas a serem pensadas”, explica Giudici. Revisar a fundo e com cuidado toda a bibliografia existente sobre o tema antes de qualquer outra etapa é o conselho do professor John.

4 – O critério de escolha do periódico não se resume à relevância

Ao escolher o periódico para submeter um artigo, não é somente a relevância que esse journal têm para o meio acadêmico que deve ser ponderada, apesar de ser um fator muito importante. “Os periódicos mais citados são conhecidos, geralmente, por seus rígidos e éticos critérios de seleção e devemos ter isso em mente ao escolhermos para quem enviar o trabalho”, defende Giudici. Contudo, revistas que sejam especializadas na área estudada costumam ter seu público-alvo bem definido, o que aumenta as chances do artigo receber citações posteriores.
Além disso, é preciso tentar evitar ao máximo o que o pesquisador definiu como “periódico predatório”. “Aquele journal, preocupado somente em ganhar dinheiro com a publicação, vai aprovar o artigo de qualquer forma. Isso não acrescentará em nada ao trabalho”, concluiu.

5 – Conheça as normas e formalidades

Giudici colocou que o primeiro passo ideal é conhecer as normas e formalidades do periódico, além de adaptar o texto de acordo com elas. “A forma definitivamente não melhorará o conteúdo, mas se ela não estiver adequada pode servir como critério de eliminação de um conteúdo muito bom.”

6 – Revise com cuidado e seja simples e direto na redação

John destacou ainda a importância de uma boa revisão. “Uma publicação científica necessita de uma ótima redação. Costumamos, no Brasil, escrever resumos e introduções extremamente extensas e muitas vezes desnecessárias.” O embasamento adequado em uma literatura relevante, a apresentação do objetivo do trabalho no contexto científico e a simplicidade e síntese na escrita ajudariam, segundo ele, a melhorar o artigo.

7 – Saia do óbvio ao redigir a cover letter

Outro ponto em que se deve prestar muita atenção é na chamada cover letter, ou carta de encaminhamento. Ela consiste em um texto de apresentação do artigo a ser enviado ao editor com o trabalho. Para Giudici, o segredo é sair do óbvio. “Essa carta, de certo modo, tem que convencer o editor de que aquele artigo é digno de ser avaliado.” Por isso, o texto deve enfatizar a relevância e a contribuição inédita do trabalho.

8 – Quantidade ou qualidade?

Uma prática muito criticada pelos dois professores foi a chamada salami science: quando uma tese ou dissertação é dividida em vários artigos a fim de gerar uma quantidade maior de publicações. De acordo com ambos, isso não é bem-visto entre os editores das revistas científicas.
Publicar resultados é obrigação do pesquisador para com a comunidade – segundo destacou o professor Giudici, a atividade científica é, antes de tudo, coletiva. Por isso, o pesquisador possui o dever de divulgar os resultados de seu trabalho com os colegas da profissão. O professor John reforça o argumento do colega docente. “A pesquisa é um trabalho cumulativo, qualquer coisa que estudemos vai se tornar parte de um processo que começou há pelo menos 250 anos”, explica. Contribuir para a formação do conhecimento de mundo deve ser, consequentemente, parte do objetivo de quem faz ciência.
Segundo os palestrantes, a quantidade de citações que um paper ou um periódico tem é fundamental para determinar o fator impacto dos mesmos sobre a comunidade acadêmica. Com relação a um journal, essa variável é medida pela quantidade de citações que ele recebeu durante dois anos, dividida pelo número de artigos publicados por esse periódico no mesmo período.
Para artigos científicos, a lógica é parecida: seu impacto é medido pela divisão do número de citações que a publicação recebeu pela quantidade de publicações que o autor já fez. Ou seja, o número de citações acaba sendo mais impactante que o número de publicações.

Livro expõe o desafio da USP de preservar seu patrimônio ambiental

Editora da USP lança “Reservas Ecológicas da Universidade de São Paulo”


Preservar uma ampla biodiversidade, com espécies nativas e algumas ameaçadas de extinção, é o desafio que a USP vem travando. Se a população pode desfrutar da paisagem e dos benefícios das reservas ecológicas dos diversos campi com árvores centenárias, o canto e o voo de uma infinidade de pássaros, animais e insetos, é graças à preocupação de pesquisadores, ecologistas, botânicos, ambientalistas, administradores e tantos outros estudiosos e trabalhadores que se empenham e têm no cotidiano a manutenção e preservação desse patrimônio.


Um movimento de pesquisadores, cientistas e cidadãos que a USP compartilha ao lançar o livro Reservas Ecológicas da Universidade de São Paulo, da Editora da USP (Edusp), organizado por Wellington Delitti e Vânia Pivello, professores do Departamento de Ecologia do Instituto de Biociências (IB) da USP. A obra contou também com a colaboração de diversos especialistas, apresentando descrições do ambiente físico, da vegetação e da fauna dos diversos campi. Documenta os aspectos mais relevantes com mapas e fotos que trazem detalhes dessa relação USP e natureza.


As reservas ecológicas dos campi sinalizam, segundo Delitti, que a USP está identificada com seu tempo e ambiente natural e social. “A busca por alternativas e soluções para os problemas ambientais é tema de numerosas iniciativas do meio universitário”, destaca.
“Nesse cenário complexo, a Universidade de São Paulo decidiu criar uma rede de reservas ecológicas em seus diversos campi. A partir de 2012, a Superintendência de Gestão Ambiental, SGA, iniciou um programa de identificação e mapeamento de áreas disponíveis para essa finalidade, incluindo fragmentos de ecossistemas nativos em diferentes graus de preservação, bem como algumas áreas muito modificadas pelo histórico de sua ocupação e que foram destinadas a projetos de restauração.”   Leia mais
Reservas Ecológicas da Universidade de São Paulo, organização de Wellington Delitti e Vânia Pivello. Lançamento da Editora da Universidade de São Paulo (Edusp), 176 páginas. Preço: R$ 48,00.

13 dezembro 2017

Acesso CAFe ao Portal de Periódicos da CAPES

Você está querendo acessar o conteúdo restrito à sua instituição no Portal de Periódicos da Capes e não sabe como? Utilize o acesso CAFe ( http://www.periodicos.capes.gov.br )


Comunidade Acadêmica Federada (CAFe) é um serviço de gestão de identidade que reúne instituições de ensino e pesquisa brasileiras através da integração de suas bases de dados. Isso significa que, por meio de uma conta única (modelo single sign-on), o usuário pode acessar, de onde estiver, os serviços de sua própria instituição e os oferecidos pelas outras organizações que participam da federação. Essa autenticação elimina a necessidade de múltiplas senhas de acesso e processos de cadastramento, gerando uma relação de confiança. Serviços de ensino a distância, acesso a publicações científicas e atividades de colaboração estão entre os maiores beneficiários das infraestruturas oferecidas por federações.

As instituições pertencentes à CAFe podem atuar como provedores de identidade (IdP) e como provedores de serviço (SP). A RNP é responsável pela gestão e por manter o repositório centralizado com dados sobre integrantes da federação.  Leia mais

Ciência analógica, digital e o controle de autoridades


Um dos grandes problemas na atualidade é o grande número de variações de nomes e entradas. A indexação de artigos de revistas e outros documentos nas grandes bases de dados como Web of Science e Scopus esbarra muitas vezes na falta de univocidade de entidades utilizadas como pontos de acesso: pessoas, entidades coletivas, conceitos, etc. e os nomes pelos quais essas entidades são conhecidas.

Nesse sentido, o controle de autoridades continua a ser um tema atual e de fundamental importância.
Confira recente matéria e o artigo sobre esse tema: Matéria: http://fabricioassumpcao.com/tag/controle-de-autoridade
Artigo: http://biblios.pitt.edu/…/inde…/biblios/article/view/341/300

Segundo os autores, são quatro as funções dos arquivos de autoridade:
(1) “função de autoridade”, relativa à manutenção da consistência nos catálogos; 
(2) “função de localização”, relativa à habilidade dos usuários buscarem e encontrarem entidades utilizando um de seus vários nomes; 
(3)“função informativa”, relativa à documentação das fontes de informação consultadas pelo catalogador para a criação dos pontos de acesso; e 
(4) “função de manutenção”, relativa à possibilidade de uso do arquivo de autoridade para a identificação e a correção de erros no catálogo.

12 dezembro 2017

Programas internacionais da CAPES ofertam mais de 400 bolsas

Quem tiver interesse em concorrer a bolsas de doutorado-pleno, pós-doutorado ou professor visitante, tem até 19 de janeiro de 2018 para efetuar as inscrições nas páginas dos programas
Os editais para os programas de Professor Visitante (PVE)Pós-doutoradoDoutorado-sanduíche (PDSE) e Doutorado-pleno, todos no exterior, foram divulgados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 11. Aqueles que tiverem interesse em concorrer a bolsas de doutorado-pleno, pós-doutorado ou professor visitante, têm até o dia 19 de janeiro de 2018 para efetuar as inscrições nas páginas dos programas. Para o Programa de Doutorado-sanduíche, as inscrições na página da CAPES vão de 19 de fevereiro a 23 de março de 2018, após seleção interna pelas instituições de ensino superior (IES). Para estarem aptos, os candidatos deverão observar os requisitos descritos em cada edital. Leia na íntegra
Acesse aqui os editais:

Easier discovery of trusted Open Access

Accelerate discovery by connecting Web of Science researchers to verified, legal versions of millions of previously undiscoverable open access articles.
Millions of previously undiscoverable links to open access articles are now linked in Web of Science.

Clarivate Analytics, in partnership with Impactstory, has now delivered a significant contribution to Open Science. 


Through new technology developed by Impactstory with Clarivate’s support and implemented by Web of Science, researchers now can discover millions more verified, legal versions of previously undiscoverable open access articles among the searches they already perform every day. 
Web of Science is the first to implement this technology - the only publisher-neutral OA discovery resource for trusted peer-reviewed OA content.

Clarivate Analytics is committed to Open Access In a novel public/private partnership, Clarivate has joined with Impactstory, a non-profit organization devoted to making science more open and reusable. The goal of this arrangement is to provide Web of Science users with access to millions of verified peer-reviewed legal versions of Gold and Green OA content via Impactstory’s oaDOI knowledgebase by the end of 2017.


Registro de Obras Intelectuais - Dicas importantes

Com base nas dúvidas mais frequentes em relação ao Escritório de Direitos Autorais, a Fundação Biblioteca Nacional elaborou um pequeno guia para orientar os usuários durante o processo de registro. Confira:

→ PARA QUE SERVE O REGISTRO DE OBRAS INTELECTUAIS NO ESCRITÓRIO DE DIREITOS AUTORAIS?
Resposta: De acordo com a Lei nº 9.610/98, o registro de direitos autorais tem por finalidade dar ao autor segurança quanto ao direito de criação sobre sua obra. O registro permite o reconhecimento da autoria, especifica direitos morais e patrimoniais e estabelece prazos de proteção tanto para o titular quanto para seus sucessores.
→ O REGISTRO AUTORAL É OBRIGATÓRIO?
Resposta: Não, o registro não é obrigatório. Ele tem conteúdo meramente declaratório.
→ QUAIS AS OBRAS INTELECTUAIS PODEM E DEVEM SER REGISTRADAS?
Resposta:
  • Os textos de obras literárias, artísticas ou científicas;
  • Conferências, alocuções, sermões e outras obras da mesma natureza;
  • Obras dramáticas e dramático-musicais;
  • Obras coreográficas e pantomímicas, cuja execução cênica se fixa por escrito ou por outra qualquer forma;
  • Composições musicais tenham ou não letra (poesia);
  • Obras audiovisuais sonorizadas ou não, inclusive as cinematográficas;
  • Obras fotográficas e as produzidas por qualquer processo análogo ao da fotografia;
  • Obras de desenho, pintura, gravura, escultura, litografia e arte cinética;
  • Ilustrações, cartas geográficas e outras obras da mesma natureza;
  • Projetos, esboços e obras plásticas concernentes à geografia, engenharia, topografia, arquitetura, paisagismo, cenografia e ciência;
  • Adaptações, traduções e outras transformações de obras originais, apresentadas como criação intelectual nova;
  • Coletâneas ou compilações, antologias, enciclopédias, dicionários, bases de dados e outras obras que, por sua seleção, organização ou disposição de seu conteúdo, constituam uma criação intelectual.  Leia o guia na íntegra

Aventuras e desventuras na comunicação científica

Papel da comunicação científica de massa na amplificação da transmissão de conhecimento da academia à sociedade

                        Dez dicas para o postulante a comunicador científico


1)     Participe de mídia sociais, crie um blog científico e divulgue para seus colegas especialistas e não especialistas.

2)     Reserve um tempo para produzir material (texto ou vídeo) informativo, com linguagem clara e descontraída. Não se preocupe com grandes investimentos em edição; na verdade, o caráter amador pode trazer um charme extra ao projeto.
3)     Interaja com os seguidores na busca por feedbacks. Aceite sugestões de temas e respeite opiniões divergentes. Evite gastar tempo com os haters; nada que você disser mudará a opinião deles.
4)     Publique sobre os avanços trazidos pelo seu próprio grupo de pesquisa. Nem tudo é rocket science, mas ainda assim pode trazer pequenos impactos à vida das pessoas e a sua percepção do mundo.
5)     Invista em técnicas pedagógicas variadas. O emprego de simplificações gráficas, exemplos práticos e mensagens centrais (take-home messages)costumam funcionarLembre-se da célebre frase atribuída a Albert Einstein: “Se você não consegue explicar de forma simples é porque não entendeu bem o suficiente”.
6)     Evite conflitos pessoais com outros pesquisadores e, sobretudo, celebridades da mídia social. Há espaço e público para todos.
7)     Não faça sensacionalismo científico para conquistar novos seguidores. Faz parte do nosso trabalho informar as pessoas que a ciência de qualidade é lenta, refutável e não definitiva.
8)     Preferencialmente, mantenha-se independente da indústria e de outros potenciais geradores de conflito de interesse. Caso haja algum patrocínio, declare-o explicitamente. Isso ajudará na idoneidade do seu projeto.
9)     Conecte-se com outros pesquisadores-comunicadores que possam mutuamente colaborar na disseminação dos projetos e inspire-se em experiências bem-sucedidas. Café na Bancada, Nerdologia e Blog do MM são iniciativas idealizadas por membros da comunidade USP que servem de modelo.
10)  Divulgue seus feitos científicos mais importantes através dos canais de comunicação institucional.  Leia mais

Universidades paulistas reavaliam seus indicadores de desempenho institucional

As três universidades públicas estaduais paulistas – USP, Unicamp e Unesp – começam a rever seus sistemas de avaliação de desempenho com o objetivo de aprimorar métricas, estabelecer metas e, adicionalmente, melhorar sua inserção nas comparações internacionais.

A iniciativa é financiada pela FAPESP, no âmbito do projeto Indicadores de desempenho nas universidades estaduais paulistas, vinculado ao Programa Pesquisa em Políticas Públicas. Liderado por Jacques Marcovitch e pelo Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp), o projeto tem como parceira a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo.

A reavaliação de métricas e de indicadores de desempenho não é tarefa fácil. “Não existe um modelo único e as universidades são diferentes entre si”, ponderou Goldemberg. Reitor da USP entre 1986 e 1990, Goldemberg criou o Anuário da USP, até hoje uma das principais fontes de informações sobre o desempenho da universidade. “Mas ainda há problemas na garimpagem de dados. Precisamos de mais informações qualitativamente diferenciadas.”

Assim como as universidades, os indicadores utilizados pelos rankings para classificá-las também diferem entre si. O THE, por exemplo, utiliza 13 indicadores que contemplam Ensino, Pesquisa, Citações, Visibilidade Internacional e Captação de Recursos da Indústria. O indicador de maior peso (18%) é o de Reputação em Pesquisa, alimentado por um questionário aplicado a cientistas de todo o mundo. O QS também tem foco na reputação acadêmica e entre empregadores, que equivale à metade da pontuação. Já para o ARWU, publicado pela Shangai Ranking Consultancy, o número de artigos publicados na Nature e na Science tem peso de 20% no seu conjunto de indicadores.

De fato, apesar de estar entre as 40 universidades no mundo que mais publicam artigos, de acordo com o Web of Science, a USP não aparece entre aquelas com maior índice de citação, o que leva a universidade a uma pontuação média reduzida. A USP, assim como a Unicamp e a Unesp, têm, respectivamente, pontuações nesse índice de citações de 31,5, 31,7 e 12,7, enquanto universidades chinesas como as de Pequim, Tsinghua e Zhejiang têm pontuações de 74,2, 71,4 e 45,9, respectivamente, no mesmo índice. Leia mais

11 dezembro 2017

Identificação Digital e seus desafios

À medida que os sistemas digitais de descoberta e distribuição de conteúdo crescem, aumenta também a necessidade de uma identificação inequívoca das pessoas e das partes interessadas (stakeholders) que trocam informações e conteúdos. Na cadeia de suprimentos de informações, incluindo a cadeia de publicações científicas, identificar corretamente pessoas, documentos e organizações tem sido um dos maiores desafios. 
Há uma crescente conscientização sobre a necessidade de utilizar identificadores únicos para troca de informações acadêmicas e científicas. O uso de identificadores comerciais para recursos como livros (International Standard Book Number – ISBN) e revistas (International Standard Serial Number – ISSN) há muito tempo se tornaram padrão e têm sido eficientes em gerenciar com sucesso a cadeia de suprimentos de materiais publicados. O Digital Object Identifier (DOI) é hoje o identificador digital de documentos mundialmente aceito. Pesquisadores utilizam identificadores digitais como ORCiD, ResearcherID, Scopus Author ID, Google ID e Lattes ID (Brasil). 
Do ponto de vista das Organizações, o imperativo de padronização e inequívoca identificação também é consenso e o International Standard Name Identifier (ISNI) é o padrão global certificado pela ISO 27729 para identificar organizações e indivíduos envolvidos com a cadeia de suprimentos de informação e mídia, bem como na cadeia de suprimentos científicos e acadêmicos (scholarly supply chain).Identificar Organizações não é tarefa fácil. Elas mudam de nome, de local, fundem-se a outras, separam-se, mantêm vínculos diversos com organizações maiores, menores ou associam-se em consórcios. Podem estar escritas por extenso, abreviadas, na forma de siglas. Segundo o Relatório da OCLC intitulado Addressing the Challenges with Organizational Identifiers and ISNI de 2016, estabelecer uma identificação única para as Organizações.
O ISNI é um identificador de código aberto composto por 16 dígitos amplamente utilizado em vários setores e projetado para funcionar em diversos contextos, facilitando a troca digital de informações, dados e ativos. A Agência Internacional ISNI (ISNI-IA) contém registros de identidade associados a cerca de 8.75 milhões de nomes individuais e a mais de 654.000 organizações envolvidas nas indústrias de mídia, informação e áreas relacionadas.  Leia mais

07 dezembro 2017

Crie documentos e apresentações com o Google

Crie documentos impactantes


Com o Documentos Google, você pode gravar, editar e colaborar onde estiver.
E sem pagar nada por isso. 

Vá além da edição de texto O Documentos Google dá vida aos seus documentos com ferramentas de edição e estilo para facilitar a formatação de textos e parágrafos. Escolha entre centenas de fontes e adicione links, imagens e desenhos. 
E todos esses recursos são gratuitos.  
Acesse seus documentos em qualquer lugar e a qualquer hora.
Acesse, crie e edite seus documentos no smartphone, tablet ou computador em 
lugar, mesmo sem uma conexão.  

Conte histórias relevantes


Com o Apresentações Google, você pode destacar suas ideias com uma variedade de temas, centenas de fontes, vídeo integrado, animações e vários outros recursos. 
E todos esses recursos são gratuitos.
Crie apresentações elegantes. Com o Apresentações Google, você pode criar, editar e colaborar onde estiver. 
Acesse suas apresentações em qualquer lugar, a qualquer hora.
Acesse, crie e edite suas apresentações no seu smartphone, tablet ou computador
em qualquer lugar.  

Editor de planilhas do Google ganha recursos de aprendizado de máquina

O editor de Planilhas Google agora conta com novos recursos para tornar 
dia a dia de seus usuários ainda mais fácil. Com  base na tecnologia 
de aprendizado de máquina, também conhecida pelo seu nome 
original machine learning, a plataforma passa a apresentar mudanças 
bastante significativas. 

Agora, o Planilhas Google é capaz de sugerir tabelas dinâmicas e fórmulas ao usuário automaticamente, sendo as sugestões previstas levando em conta 
ações já executadas
pelo usuário dentro da plataforma. O programa consegue adivinhar quantos números 
serão inseridos na tabela, além de quantidades de linhas e colunas que a pessoa 
pode precisar.

Com a novidade, ainda é possível fazer perguntas para que os robôs por trás das planilhas

possam oferecer ao usuário a melhor tabela, com base em suas necessidades. Pelo menos 
no início, esta função deve estar disponível apenas em inglês.

Caso você queira começar uma planilha do zero, o aprendizado de máquina também pode 

te ajudar. A inteligência do Planilhas permite personalizar as tabelas utilizando sugestões 
que aparecem na tela durante o trabalho, acelerando o processo de criação inicial.
As mudanças devem começar a aparecer nas próximas semanas para todos os usuários.

Periódicos Science oferecem conteúdo multidisciplinar de ponta para a comunidade acadêmica

Quem atua no meio científico reconhece a importância de estar por dentro do que os autores mais citados do mundo estão produzindo. Por meio do Portal de Periódicos da CAPES, a editora American Association for the Advancement of Science (AAAS) proporciona à comunidade brasileira o acesso a uma significativa parcela desses conteúdos. Na biblioteca virtual, os usuários encontram os periódicos Science, Science Signaling e Science Advances.

O conteúdo das publicações é multidisciplinar, com foco nas áreas de saúde e ciências biológicas. O acesso pelo Portal inclui também a coleção Science Express – que reúne artigos aceitos para publicação na Science antes da impressão. Além dos títulos disponíveis somente para as instituições que participam da biblioteca virtual da CAPES, os usuários encontram mais um periódico da editora. A revista científica Science Advances é de acesso aberto e pode ser visualizada em texto completo por qualquer usuário conectado à internet.

A AAAS se firmou como fonte importante de descoberta científica desde a fundação da revista científica Science, em 1880. No último meio século, o periódico publicou o genoma humano inteiro pela primeira vez, imagens nunca antes vistas da superfície marciana e os primeiros estudos ligando a Aids ao vírus da imunodeficiência humana. Posteriormente, a família de publicações cresceu e incluiu outros títulos, como a Science Translational Medicine – que se tornou uma plataforma para pesquisa multidisciplinar revisada por pares com os últimos avanços médicos. 

A Science Signaling, por sua vez, oferece artigos de revisão originais, protocolos e recursos didáticos para o crescente campo de transdução de sinais celulares. A Science Advances, de acordo com a editora, representa a nova geração de títulos online, com publicação rápida de pesquisas significativas e completas disponíveis gratuitamente para os leitores.

O título Science Advances pode ser localizado diretamente na opção buscar periódico do Portal. As demais publicações estão disponíveis por meio do link buscar base, inserindo no campo de pesquisa o termo “Science (AAAS)”.


A Capes oferece, gratuitamente, treinamentos online no uso do Portal de Periódicos


A Capes oferece, gratuitamente, treinamentos online no uso do Portal de Periódicos a todos os usuários de graduação e pós-graduação das instituições participantes. Os treinamentos são realizados de segunda a sexta, em turnos diferentes, e oferecidos por área do conhecimento. São várias possibilidades à disposição dos usuários do Portal! Além de aprender sobre os tipos de busca e outros serviços disponíveis, os participantes assistem aos treinamentos ministrados por representantes das editoras e sociedades científicas com as quais a Capes assina os conteúdos.

É necessário fazer login no “MEU ESPAÇO” para verificar os treinamentos com inscrições abertas. Havendo vaga, basta clicar e solicitar a inscrição no treinamento desejado. Caso o usuário não possua cadastro na área indicada, deve fazer um clicando em “Novo usuário”. Após a identificação, é essencial retornar à página de “Treinamentos” para fazer a escolha. Outras informações podem ser solicitadas pelo e-mail treinamento.periodicos@capes.gov.br.   Mais informações