27 julho 2018

Censo Agro 2017: panorama da agropecuária brasileira


Censo Agropecuário, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é a principal e mais completa investigação estatística e territorial sobre a produção agropecuária do país. Visa obter informações sobre a estrutura, a dinâmica e o nível de produção da atividade agropecuária brasileira.

As informações geradas possibilitam a avaliação de políticas públicas como, por exemplo, a de redistribuição de terras. Elas permitem, ainda, estudos a respeito da expansão das fronteiras agrícolas, da dinamização produtiva ditada pelas inovações tecnológicas, e enriquecem a produção de indicadores ambientais. Propiciam também análises sobre transformações decorrentes do processo de reestruturação e de ajustes na economia e de seus reflexos sobre o setor.

Enquanto as pesquisas mensais e trimestrais sobre agricultura e pecuária disponibilizam dados referentes ao Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação, os resultados do Censo Agro são referidos a municípios e a localidades, permitindo agregações e análises de diferentes recortes territoriais, como unidades de conservação ambiental, terras indígenas, bacias hidrográficas, Biomas, assentamentos fundiários, áreas remanescentes de quilombos, etc.

O Brasil realizou o seu primeiro Censo Agropecuário em 1920. Em 1936, foi fundado o IBGE, que passou a ser o responsável pela realização dos Censos do país. De 1940 a 1970, os Censos Agropecuários foram realizados a cada dez anos e a partir de então passaram a ocorrer a cada cinco anos, ou seja, em 1975, 1980 e 1985.  Leia mais

USP integra rede mundial para mapear áreas com potencial agrícola

Metodologia Gyga será usada para quantificar o potencial de incremento da produção brasileira

Disponibilizar uma base de dados para identificar regiões do planeta com maior potencial de investimento agrícola, garantindo a segurança alimentar das futuras gerações. Esse é o objetivo do Global Yield Gap and Water Productivity Atlas (Gyga), iniciativa mundial que envolve pesquisadores de várias instituições. A partir de agora, centros de excelência como a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba, integram essa rede que busca quantificar a eficiência agrícola, identificar suas causas e sugerir intervenções para elevá-la.
A metodologia Gyga fornece um atlas com estimativas de potencial de produção de culturas inexplorado em terras agrícolas existentes, com base no clima atual e nos recursos disponíveis de solo e água. “O Brasil tem uma vantagem comparativa para a segurança alimentar do planeta devido à disponibilidade de recursos hídricos e terra arável. Contudo, a taxa de incremento da produtividade agrícola brasileira é relativamente baixa, o que tem mantido os níveis de produtividade média bem abaixo dos níveis observados em campos experimentais”, comenta Fábio Marin, professor do Departamento de Engenharia de Biossistemas da Esalq, coordenador local do projeto.
No dia 23 de julho, parte da comunidade científica que atua no projeto esteve em Piracicaba para a primeira reunião no País. O encontro foi para dialogar sobre o uso da metodologia Gyga, além de avaliar e apresentar iniciativas em andamento.
“O objetivo geral do projeto é quantificar o potencial de incremento da produção brasileira e identificar os meios para realizar este potencial mediante a intensificação agrícola sustentável. O projeto terá cobertura nacional e tratará dos principais setores do agronegócio brasileiro, como soja, milho, arroz, gado e cana-de-açúcar”, segundo Marin.
O professor disse que o projeto terá o apoio de pesquisadores de diferentes instituições para assegurar a cobertura nacional com elevada qualidade técnica. “No Brasil, o projeto é liderado pela Esalq, mas conta com o envolvimento de outras três instituições, a Embrapa, a Universidade Federal de Santa Maria e a Universidade de Nebraska-Lincoln, que trabalharão juntas para realizar as atividades experimentais e propor as ações necessárias para elevar a eficiência agrícola brasileira.”
Caio Albuquerque / Assessoria de Comunicação da Esalq

26 julho 2018

25ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo


A 25ª Bienal do Livro acontece em São Paulo, de 3 a 12 de agosto 2018 no Pavilhão do Anhembi – São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, das 9h às 21h e sábados e domingos, das 10h às 21h.
O evento é palco para o encontro das principais editoras, livrarias e distribuidoras do país, apresentando seus mais importantes lançamentos para aproximadamente 700 mil visitantes em um espaço total de 70 mil m².
Além da grande oferta de livros, a Bienal do Livro ainda conta com uma programação cultural abrangente, mesclando literatura, gastronomia, cultura, negócios e muita diversão. Participe!
Confira no site http://www.bienaldolivrosp.com.br

25 julho 2018

Base de dados Zoological Records na USP


Zoological Records - Acesso à base de dados mais antiga do mundo de biologia animal é restabelecido na USP. É considerada a principal referência taxonômica do mundo, reunindo registros bibliográficos desde 1864 (mais de 150 anos).
Confira no site

24 julho 2018

Projeto Métricas de Desempenho Universitário para efeito de Comparação Internacional


Os rankings de universidades são iniciativas que classificam e posicionam as instituições de ensino superior em termos de seu impacto na sociedade. Esse projeto tem por objetivo estudar indicadores de desempenho institucional e acadêmico e os mecanismos de governança relacionados com acompanhamento de performance acadêmica e impacto social das Universidades Paulistas vinculadas. Esse projeto é amparado pelo Programa de Pesquisa em Políticas Públicas da FAPESP.

Objetivos
Ao longo da última década, os rankings de universidades se tornaram um fato social inescapável no contexto da educação superior em nível global. Embora existam preocupações de ordem metodológica e conceitual a respeito dessas iniciativas, esses rankings se consolidaram como a forma pública de análise comparativa da qualidade das instituições de ensino superior. Embora hajam manifestações e argumentos por parte de acadêmicos e estudiosos contrários a essas iniciativas, universidades tem sido classificadas e comparadas por meio desses instrumentos.

Alta-produtividade vs. Alto-impacto
O valor predominante que orienta as decisões sobre a educação superior no Brasil atualmente é o número absoluto de publicações em jornais e revistas científicas. Essa decisão foi um passo necessário para a evolução da ciência brasileira, estimulando a criação de nossa base científica. Atualmente, no entanto, essa forma de medição é restritiva, forçando pesquisadores a se concentrarem em volume de publicações, muitas vezes em detrimento da qualidade dos trabalhos. Isso significa que as pesquisas se orientam por uma lógica de resultados baseada em uma unidade de medida que, na melhor das hipóteses, é uma representação imprecisa do que é o verdadeiro impacto das pesquisas científicas na sociedade.

Dois modelos: Anuário Estatístico e Unidade de inteligência
O modelo de Anuário baseia-se na coleta de dados já em mãos, de uma maneira relativamente estática, visando a utilização para finalidades de relatórios internos. 
A força da Unidade de Inteligência reside não apenas nas informações que ela obtém, mas em sua estrutura organizacional capaz de organizar processos de obtenção de dados para finalidades específicas.
Acesse o site para informações adicionais.

23 julho 2018

Pró-Reitoria de Pesquisa seleciona propostas para eventos científicos

O objetivo é incentivar a realização de seminários, palestras ou debates sobre os grandes desafios da ciência

A Pró-Reitoria de Pesquisa lançou o edital Grandes Desafios da Ciência, com o objetivo de apoiar a realização de eventos científicos na USP, de caráter multidisciplinar, com a participação de renomados cientistas brasileiros e estrangeiros, e que incentivem a discussão e o diagnóstico de temas desafiadores de qualquer área do conhecimento.
Os eventos poderão ser organizados por Unidades, Museus e Institutos Especializados da Universidade, em conjunto ou isoladamente. As propostas podem ser enviadas para a Pró-Reitoria de Pesquisa a partir da próxima segunda-feira, dia 23 de julho, até o dia 14 de setembro.
Os projetos contemplados receberão ajuda financeira de até R$ 60 mil para o pagamento de despesas com a organização do evento, como passagens aéreas, diárias do pesquisador convidado, serviços de terceiros e locação de equipamentos. Entre os critérios para a seleção estão o impacto do evento para a área de conhecimento e a relevância acadêmica do pesquisador convidado. O valor total disponível para o edital é de R$ 360 mil.
Os eventos deverão ocorrer até julho de 2019, preferencialmente na USP. Como resultado, um documento com a apresentação dos prognósticos para os próximos dez anos sobre o tema deve ser produzido. Para mais informações, consulte o edital disponível na página da Pró-Reitoria de Pesquisa.

IntechOpen: leia, compartilhe e faça o download de mais de 3350 livros revisados ​​por especialistas


É uma plataforma de livros de acesso aberto revisada por pares que contém mais de 3350 livros que podem ser lidos, compartilhados e baixados gratuitamente. Atualmente a plataforma tem:

                       :: 1765 Livros gratuitos de Ciências Físicas, Engenharia e Tecnologia
                       :: 538 de Ciências da Natureza e Biologia
                       :: 1134 de Ciências da Saúde
                       :: 132 de Ciências Sociais e Humanidades

A IntechOpen é uma editora líder mundial de livros de acesso aberto. Construído por cientistas, para cientistas. Os usuários desta plataforma são cientistas, professores, pesquisadores, bibliotecários e estudantes, bem como profissionais de negócios.

Se um autor estiver interessado em publicar um livro de acesso aberto, o IntechOpen permite um rápido processo de publicação, revisão de qualidade e maior visibilidade. O IntechOpen garante que o trabalho alcance um público amplo em questão de semanas sem sacrificar a qualidade do conteúdo, cuidadosamente editado e revisado por pares.

Todos os trabalhos científicos publicados na plataforma estão sujeitos a revisão por pares antes da publicação. IntechOpen é um membro das Publicações Comitê de Ética (COPE) e todos os editores árbitros acadêmicos e participantes são instruídos para rever os artigos científicos apresentados de acordo com as Diretrizes Éticas para Revisores COPE.  Confira: https://www.intechopen.com/books

Quantidade ou qualidade: o que vale mais na produção científica?

Dicas para aumentar a quantidade e a qualidade da sua produção científica

Os cientistas freqüentemente questionam sobre o que vale mais: quantidade ou qualidade na produção científica? Tempo e esforço devem ser gastos para produzir poucos documentos de alta qualidade ou para produzir muitos trabalhos de qualidade inferior? Apesar dessa percepção, alguns estudos indicam uma relação oposta. Há evidências de que a produtividade (publicação de mais artigos) está associada positivamente ao aumento da qualidade do artigo (medido pelo número de citações).  Leia mais



CNPq e MCTIC lançam nova Chamada Universal


Uma das mais tradicionais chamadas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) terá uma nova edição em 2018, após terem sido disponibilizados pelo Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações os recursos para o  pagamento integral de todas as parcelas da última Chamada Universal, lançada em 2016.
Com início de submissão das propostas em 1º de agosto, a Chamada conta com um total de R$ 200 milhões, a serem liberados em até três parcelas, para projetos de pesquisa científica, tecnológica e de inovação em qualquer área do conhecimento.
Os projetos terão o valor máximo de financiamento de acordo com uma das faixas definidas na chamada:                

         :: Faixa A - projetos de até R$ 30 mil
         :: Faixa B - projetos de até R$ 60 mil
         :: Faixa C - projetos de até R$ 120 mil
Este ano a Chamada traz uma novidade com a inserção de bolsas de fomento tecnológico entre as modalidades permitidas e a liberação do número de bolsas a serem solicitadas por projeto, desde que o valor total da proposta fique dentro do limite estabelecido para cada faixa.
Cada proponente poderá apresentar um único projeto e para apenas uma das faixas.
Para informações completas sobre os critérios de submissão, acesse a chamada na íntegra.


20 julho 2018

70º Reunião Anual da SBPC


O evento é aberto ao público: As programações poderão ser assistidas gratuitamente pelos visitantes, sem a necessidade de inscrição. A inscrição somente será necessária para quem quiser frequentar minicurso (vagas limitadas) ou ainda obter o certificado de participação geral e o material do evento. A Sessão Solene de Abertura será realizada no dia 22/07/2018, domingo, das 18h às 21h,no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso (Rua Celso Piatti, s/n – Maceió - AL). e será transmitida ao vivo no canal do YouTube da SBPC e compartilhada na página do Facebook da SBPC.  Confira a Programação geral

Participe! Assista as Conferências, Mesas-redondas, Encontros, Sessões de Pôsteres, SBPC Inovação, SBPC Afro e Indígena, SBPC Cultural, SBPC Educação, SBPC Jovem, ExpoT&C e o Dia da Família na Ciência.

Sucesso na escrita acadêmica

Um site para estudantes, professores e pesquisadores. dicas, exemplos e atividades.


objetivo do nosso site é simples: mostrar de forma clara e acessível como escrever com êxito em contextos acadêmicos. O seu conteúdo serve para ajudar estudantes de graduação e pós-graduação que tenham dúvidas ou dificuldades na hora de escrever suas resenhas, ensaios, artigos, dissertações, teses e ademais. Também é um espaço para pesquisadores e pesquisadoras que precisam melhorar sua escrita na hora de publicar seus textos em periódicos especializados em suas mais diversas áreas, ou submeter seus trabalhos para congressos científicos. Além disso, o material que trazemos é útil para docentes que ensinam disciplinas sobre redação acadêmica e metodologia de pesquisa ou qualquer outra disciplina, pois pode ser usado em aulas e servir de referência para seus alunos e alunas. 
O conteúdo foi elaborado por profissionais com doutorado em Letras e vasta experiência em redação e publicação para fins científicos e em ensino de escrita acadêmica e metodologia de pesquisa. Ressaltamos que o que mostramos aqui não é a única maneira de escrever no âmbito acadêmico, mas algumas das possíveis formas de fazê-lo. Para aqueles(as) que queiram ou precisem de fontes mais detalhadas sobre o assunto, também temos uma postagem específica dedicada a outros tipos de materiais que podem ser úteis. Esperamos que essa página contribua com a sua jornada no mundo da escrita acadêmica.

Citações

A citação de outras fontes é um elemento fundamental na discussão científica. É através do uso de citações de outros estudos que você pode:
  • mostrar sua atualização de conhecimentos e sua integração à comunidade científica mais ampla, estabelecendo pontes entre seu próprio estudo e a literatura crítica na sua área;
  • encontrar apoio teórico para suas escolhas metodológicas, mostrando que tais escolhas são caminhos já testados com sucesso para a condução de pesquisa e de análise em dada área;
  • revigorar seus próprios argumentos e discussões de resultados, dialogando e buscando amparo nas contribuições de outros estudiosos, inclusive autoridades científicas na área, que respaldam sua visão ou pensamento.
citação pode se dar de duas formas, direta ou indireta. Independente de qual forma você escolher, é vital que a informação sobre a fonte consultada apareça claramente ao seu leitor. Para isso, é necessário informar o sobrenome do autor, o ano da publicação, e a página na qual a ideia aparece.
Se você omitir a fonte de onde veio a ideia citada, poderá cometer o erro gravíssimo de plágio. Consulte nossa seção sobre ética para saber mais sobre essa questão.
As páginas a seguir mostram como usar citações:
:: Citação direta curta
:: Citação direta longa
:: Citação indireta
:: Citação com intermédio (apud)

Citação com intermédio (apud)

A expressão latina “apud” significa “citado por”. Então, quando você fizer citação de um texto que não leu, mas que outro(a) autor(a) leu e citou, diz-se que a citação que você faz é intermediada por esse(a) outro(a) autor(a), ou seja, por quem você efetivamente leu. Nesse caso, deve-se sempre indicar tal intermediação com a expressão “apud” ou, como veremos, com expressão similar. Em outras palavras, o “apud” ou expressão similar mostra ao seu leitor ou sua leitora que você não acessou diretamente aquela fonte, mas sim o texto de alguém que usou aquela citação.

Vejamos parte de um parágrafo na área de artes e imagens, escrito por Costa (2009)*, em que a autora cita outro texto:
. . . Um dos mais influentes foi o filósofo Guy Debord, autor de A sociedade do espetáculo, dedicada ao estudo da inversão existente entre a sociedade real e as imagens que a representam, fundamento da aparência fetichista do mundo e de suas relações espetaculares. Diz ele: “O espetáculo não é um conjunto de imagens, mas uma relação social entre pessoas mediatizada por imagens” (DEBORD, 1972, p. 12).
Observamos que Costa (2009, p. 95) leu e citou diretamente Debord (1972, p. 12). Agora, digamos que você está escrevendo sobre o assunto em pauta, não teve acesso ao texto de Debord, leu apenas o texto de Costa, e gostaria de citar a definição de espetáculo de Debord, mostrada acima.
As seguintes maneiras podem ser usadas para fazer isso (marcamos em amarelo as diferentes formas de informar os dados essenciais da fonte):
Primeira opção:
Segundo Debord (1972, p. 12, apud COSTA, 2009, p. 95)O espetáculo não é um conjunto de imagens, mas uma relação social entre pessoas mediatizada por imagens.
Segunda opção:
Segundo Debord (1972, p. 12), “O espetáculo não é um conjunto de imagens, mas uma relação social entre pessoas mediatizada por imagens” (apud COSTA, 2009, p. 95).
Terceira opção, sem a expressão apud, mas ainda (e necessariamente) indicando a intermediação:
Segundo Debord (1972, p. 12)conforme citado por Costa (2009, p. 95)O espetáculo não é um conjunto de imagens, mas uma relação social entre pessoas mediatizada por imagens.
Nas suas referências bibliográficasdeve constar a obra que você leu (no caso, o texto de Costa), e não deve aparecer a obra não lida (aqui, o livro de Debord). Se a obra de Debord aparecesse na bibliografia, isso iria sugerir que você a teria lido, o que iria contradizer o uso do apud no texto, e implicaria também na suposição do seu conhecimento daquela obra como um todo.
Em resumo, é preciso ser ético e agir honestamente, dando o crédito ao autor ou à autora que você realmente leu e sinalizando essa intermediação a seu leitor ou sua leitora. Além disso, sempre que possível, recomenda-se buscar todas as fontes e ler diretamente as obras que quer citar, usando a citação intermediada o mínimo possível.
*Fonte: COSTA, M.C.C. A leitura de imagens. In: ZILBERMAN, R.; ROSING, T.M. K. (Orgs.).Escola e leitura: velha crise, novas alternativas. São Paulo: Global Editora, 2009. p. 81-98.

    Avaliando referências

    É comum encontrar estudantes (principalmente nos estágios iniciais de sua formação) que acham que precisam ter o máximo de referências possíveis em seus trabalhos. No entanto, nem toda referência bibliográfica é realmente valiosa para sua pesquisa e/ou para seu texto. A seguir, trazemos algumas dicas para avaliar as fontes e decidir melhor quais usar:
    1. Escolha referências de periódicos bem avaliados na sua área. Uma dica importante para verificar a qualidade do periódico é consultar a sua classificação no Qualis da CAPES. No entanto, não se baseie somente nisso, uma vez que a própria avaliação de um periódico pelo Qualis envolve certa subjetividade. Outras dicas, portanto, são considerar o corpo editorial do periódico (ou seja, se tem pesquisadores e pesquisadoras renomados da área), a sua proposta de foco ou escopo e o quão usado ele é na sua área de pesquisa (inclusive pelos seus professores e suas professoras). Há também outros critérios, tais como o fator de impacto do periódico, mas novamente enfatizamos que não basta olhar um índice ou número; é fundamental considerar a qualidade do próprio conteúdo publicado e das pessoas envolvidas na sua produção.
    2. No caso de livros, é importante ver quem são os(as) autores(as) ou editores(as) responsáveis e as editoras que os publicaram. Quanto mais conhecidos (autores, editoras, etc.), maior a probabilidade de rigor acadêmico.
    3. Procure utilizar referências atualizadas, para que o seu trabalho se insira no contexto atual do seu campo de pesquisa.
    4. É possível (e às vezes recomendável) usar referências mais antigas também, obviamente, contanto que elas sejam trabalhos clássicos da área e/ou que sejam contextualizadas para mostrar a evolução do pensamento/perspectiva/metodologia/etc. na disciplina.
    5. Algumas referências exigem cautela: por exemplo, textos de blog, sites e até de revistas e jornais conhecidos podem faltar com o rigor necessário para a pesquisa acadêmica. Isso pode ocorrer por motivos diversos, como interesses pessoais, linha editorial ou falta de fundamentação concreta.

    18 julho 2018

    Plataforma dá acesso à produção intelectual da USP desde 1985


    O público tem agora disponível uma plataforma que simplifica o acesso à produção intelectual dos pesquisadores da USP. No momento em que este texto era escrito, a Biblioteca Digital da Produção Intelectual (BDPI) da USP reunia quase 925 mil registros, incluindo a produção científica, acadêmica, artística e técnica de pesquisadores, mais as teses e dissertações defendidas desde 1985 na maior universidade da América Latina. E, diariamente, esses números são atualizados, à medida que os bibliotecários cadastram novos documentos.
    Idealizada para funcionar como um buscador sofisticado, mas ao mesmo tempo fácil de personalizar para o usuário de acordo com seus interesses, a ferramenta proporciona, a partir de uma única interface, a descoberta, recuperação e rastreabilidade da produção de pesquisadores, departamentos e unidades da Universidade.
    Além do acesso à íntegra de documentos que estão disponíveis para acesso aberto na internet, a BDPI indica o caminho para o material mais antigo, que ainda não foi digitalizado. Os registros remontam ao ano em que se tornou obrigatório aos pesquisadores da USP o depósito de sua produção nas bibliotecas da Universidade. Mas é possível resgatar até mesmo alguns itens mais antigos que 1985, de períodos anteriores à criação da própria USP – por exemplo, teses e dissertações defendidas na então Faculdade de Direito e na Escola Politécnica em 1912 e 1914, que estão nas respectivas bibliotecas (essas unidades já existiam antes da fundação da USP, sendo depois a ela incorporadas).
    Assim, mais que um mapa de todo esse conteúdo, “a BDPI é uma ação que valoriza a memória institucional da Universidade”, diz Tiago Murakami, chefe da Divisão de Gestão de Tratamento da Informação do Sistema Integrado de Bibliotecas (SIBi) da USP.  Leia mais