13 fevereiro 2019

Comunicação científica sem barreiras

Comissão Europeia e agências de apoio à pesquisa buscam aliados para implantar iniciativa de acesso aberto de alcance mundial


Cerca de 2,3 milhões de trabalhos científicos de todas as áreas do conhecimento foram publicados apenas no ano de 2016 em revistas de boa reputação classificadas na base de dados Scopus. O acesso a tamanho volume de informação, fundamental para que pesquisadores acompanhem descobertas e novidades em suas áreas e consigam colaborar para o avanço do conhecimento, poderá ser ampliado e facilitado, caso se propague um plano lançado em setembro por agências de apoio à pesquisa de 14 países, na maioria europeus. A lógica do chamado Plan S é simples: se uma pesquisa é financiada de alguma forma com dinheiro público – o que acontece com a maioria esmagadora das pesquisas em ciência básica –, seu resultado deverá ser divulgado em uma revista científica ou em uma plataforma na internet às quais qualquer pessoa tenha acesso sem pagar nada por isso. Assim, crescem as chances de levar, sem restrição, o conhecimento inovador para a sociedade, que, afinal, patrocinou seu desenvolvimento.
A iniciativa vai entrar em vigor em 2020 e é liderada pela Comissão Europeia, que a adotará em seu novo programa multilateral de financiamento à pesquisa, o Horizon Europe, com orçamento superior a € 100 bilhões, e por um grupo de agências de 14 países, entre elas instituições filantrópicas como o Wellcome Trust, no Reino Unido, e a Fundação Bill e Melinda Gates, nos Estados Unidos. As instituições proponentes financiam 3,5% da produção científica mundial, participação modesta para gerar uma transformação radical. Por isso, buscam parceiros para dar abrangência mundial ao plano. Já conseguiram um aliado de peso: a Academia de Ciências da China. “Desde o anúncio do plano, vários financiadores e nações expressaram interesse e apoio a ele, reconhecendo a necessidade de estabelecer o acesso aberto imediato. Estamos em um momento de construção global”, disse à Pesquisa FAPESP um dos mentores da iniciativa, o holandês Robert-Jan Smits, conselheiro sênior em Acesso Aberto da Comissão Europeia. Pesquisa.  Leia mais 
Fonte: Pesquisa FAPESP - fev. 2019

Propriedade intelectual: um mapa dos obstáculos

Estudo analisa por que o ambiente produtivo no Brasil é pouco inovador e mostra que produtividade acadêmica e geração de patentes são faces da mesma moeda


Um diagnóstico inquietante sobre o impacto da inovação e da proteção à propriedade intelectual no desenvolvimento do país foi divulgado em dezembro por um grupo de economistas. A análise, encomendada pela Associação Brasileira da Propriedade Intelectual (ABPI), revela um panorama difícil de alterar, em que as empresas brasileiras em geral inovam pouco, e as estrangeiras se interessam de modo crescente em registrar patentes e marcas no mercado brasileiro – o que indica tanto a importância da proteção à propriedade intelectual quanto o seu uso ainda restrito no sistema produtivo do país. Também reitera as dificuldades de corrigir antigas distorções. Universidades públicas e inventores individuais seguem desempenhando no Brasil um papel proeminente no registro de patentes, enquanto em países desenvolvidos esse protagonismo é típico das empresas. Os pedidos de patentes no país continuam a demorar um tempo exagerado para serem avaliados – em média, 10 anos – e crescem a uma taxa muito mais lenta que em nações emergentes. Entre 2000 e 2016, o número de pedidos de patentes de invenção em todo o mundo mais que dobrou, passando de 1,4 milhão para 3,1 milhões. Já no Brasil, subiu de 17.258 pedidos em 2000 para 25.658 em 2017.
“Estamos nos atrasando cada vez mais em relação a países que competem diretamente com nossa indústria no mercado mundial”, afirma Antonio Marcio Buainain, professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Ele organizou o estudo, intitulado “Propriedade intelectual, inovação e desenvolvimento: Desafios para o Brasil”, juntamente com Roney Fraga Souza, professor da Faculdade de Economia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).
Um destaque positivo são os resultados de um levantamento feito por Buainain e Fraga Souza com 
4 milhões de currículos acadêmicos na plataforma Lattes. Nesse universo, foram encontrados 15.607 pesquisadores que informaram atividade no campo da proteção à propriedade intelectual: eles depositaram 27.837 pedidos de patentes e tiveram 10.552 patentes concedidas. Observou-se que 84,5% desses pesquisadores exibiam uma produtividade acadêmica elevada, com média de 27 artigos publicados. Segundo o estudo, estes pesquisadores estão longe do estereótipo que contrapõe cientistas de perfil acadêmico aos de perfil mais pragmático, que estariam mais próximos do mercado, interessados em inovar e patentear.  Leia mais
Fonte: Pesquisa FAPESP - fev. 2019

11 fevereiro 2019

Tesouros na prateleira

Espalhados pelo país, acervos de obras raras demandam proteção e prometem descobertas
A Biblioteca Nacional (BN), por meio de seu Plano Nacional de Recuperação de Obras Raras (Planor), identifica, coleta, reúne e dissemina informações sobre acervos raros do Brasil desde 1995. No entanto, seu Catálogo do Patrimônio Bibliográfico Nacional (CPBN), disponível on-line, ainda não contempla todos os acervos do país. Por ser uma plataforma coletiva, depende das informações enviadas pelas instituições. Enquanto elas não tiverem condições de identificar suas coleções raras, as lacunas permanecem. Atualmente são 386 as instituições com acervo raro identificadas no Brasil – 235 já constam do CPBN.
Diretamente associada à escassez de conhecimento científico sobre o tema parece estar uma dúvida comum aos responsáveis por acervos: como identificar uma obra rara? A antiguidade de uma obra, o conteúdo, suas ilustrações, as marcas de propriedade, o tipo de papel utilizado ou sua encadernação; exemplares com anotações manuscritas, únicos ou com tiragens reduzidas, ou de autores renomados são alguns dos critérios de classificação aceitos internacionalmente. Existem também as características específicas de cada acervo. Para compor uma coleção de livros raros, por exemplo, é preciso considerar múltiplos aspectos, explica Ana Virginia Pinheiro, que desde 2004 chefia a Divisão de Obras Raras da BN. “A antiguidade é o mais evidente, pelas características artesanais que impõe ao livro”, diz, referindo-se a papéis de trapos, gravuras e técnicas primevas de impressão. “Mas a unicidade é o mais criterioso, porque exige muito preparo do curador da coleção, porque leva em consideração as características que personalizam o exemplar, como encadernações artísticas ou marcas de leitura por leitores renomados”, observa. Leia mais
Fonte: Pesquisa FAPESP - fev. 2019

Livro conta a longa e tumultuada trajetória das bibliotecas

Editora da USP lança “História das Bibliotecas”, do historiador francês Frédéric Barbier
As primeiras bibliotecas conhecidas, datadas de meados do quarto milênio antes de Cristo e localizadas na Mesopotâmia (atual Iraque), reuniam algumas centenas de pequenas tábuas de argila, com sinais gravados em escrita cuneiforme. A mais famosa biblioteca do mundo antigo – a de Alexandria, ligada à “morada das musas”, o Museu, instituição fundada por Ptolomeu I no final do século 3 antes de Cristo – moldou a cultura livresca ocidental e impôs um modelo de biblioteca que perdura até hoje. Com o advento do cristianismo, igrejas espalhadas pela Grécia e pelo Oriente Próximo fundam suas próprias bibliotecas, embora se restrinjam a guardar manuscritos da Bíblia, livros litúrgicos, atas e correspondências.
Essas são algumas observações extraídas das primeiras páginas do livro História das Bibliotecas – De Alexandria às Bibliotecas Virtuais, do historiador francês Frédéric Barbier, que a Editora da USP (Edusp) acaba de lançar. Com 400 páginas, a obra percorre toda a história dessa instituição dedicada à conservação da cultura escrita. O livro é “um convite à reflexão sobre os muitos paradoxos que as revoluções nos sistemas de comunicação e sistematização da informação vêm sofrendo”, escreve na orelha do livro a professora Marisa Midori, docente do Departamento de Jornalismo e Editoração da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP e colunista da Rádio USP. “De um lado, como evitar o esvaziamento de antigas bibliotecas e de coleções inteiras de livros e de periódicos que são paulatinamente publicados na internet? De outro lado, como sistematizar e tornar inteligível um verdadeiro oceano de escritos que se renova a cada dia?”  Leia mais  
Fonte: Jornal da USP – 8/2/19

História das Bibliotecas – De Alexandria às Bibliotecas Virtuais, de Frédéric Barbier, tradução de Regina Salgado Campos, Editora da USP (Edusp), 400 páginas, R$ 86,00.

10 fevereiro 2019

Futuro da publicação e da comunicação científica

Futuro da Publicação e da Comunicação Científica / Future of scholarly publishing and scholarly communication. Relatório do Grupo de Especialistas para a Comissão Europeia

O relatório propõe uma visão para o futuro da comunicação científica; examina o sistema atual - com seus pontos fortes e fracos - e seus principais atores. Considera os papéis de pesquisadores, instituições de pesquisa, financiadores e formuladores de políticas, editores e outros provedores de serviços, bem como cidadãos e apresenta recomendações dirigidas a cada um deles. O relatório coloca os pesquisadores e suas necessidades no centro da comunicação científica do futuro e considera o conhecimento e a compreensão criados pelos pesquisadores como bens públicos. Os desenvolvimentos atuais, possibilitados principalmente pela tecnologia, resultaram em uma ampliação dos tipos de atores envolvidos na comunicação científica e, em alguns casos, na desagregação dos papéis tradicionais no sistema. O relatório considera a avaliação da pesquisa como uma pedra angular para a comunicação científica, afetando todos os atores. Pesquisadores, comunidades e todas as organizações, em particular financiadores, têm a possibilidade de melhorar o atual sistema científico de comunicação e publicação: eles devem começar trazendo mudanças para o sistema de avaliação de pesquisa. A colaboração entre os atores é essencial para a mudança positiva e para permitir a inovação no sistema de comunicação e publicação acadêmica no futuro.  Fonte: SIBiUSP

09 fevereiro 2019

Aplicativo que permite previsão imediata do clima leva primeiro lugar do Prêmio Péter Murányi 2019

Solução informa sobre quedas de raios, possibilidade de enchentes na região em que está e orienta o que fazer nessas situações

Trabalho que resultou na criação de um aplicativo capaz de fornecer aos usuários de smartphones informações precisas sobre a ocorrência de chuvas intensas é o vencedor do Prêmio Péter Murányi 2019, edição Ciência & Tecnologia, conforme decisão do júri, realizado no dia 5/2/19. Coordenado por Luiz Augusto Machado e Eduardo Guarino, o App “SOS Chuva” oferece aos usuários acesso a radares meteorológicos que monitoram todo o território brasileiro.
Iniciado em 2013, o projeto foi criado para reduzir a vulnerabilidade de moradores da região de Campinas (Interior de São Paulo) a eventos climáticos extremos, dando-lhes a oportunidade de planejar ações para que sejam reduzidos danos materiais e físicos a essa população. Posteriormente, o alcance da ferramenta tornou-se nacional.
Integrado a estações responsáveis pela previsão do tempo em todo o Brasil, o serviço permite o monitoramento do clima em tempo real, visualização de satélites e o compartilhamento de informações sobre o clima em determinadas regiões e como os moradores destas localidades devem agir em caso de enchentes, além de informar quantos raios podem cair em um determinado perímetro em um espaço de cinco minutos.
Para a presidente da Fundação Péter Murányi, Vera Murányi Kiss, entidade organizadora do evento, o resultado da votação evidencia o poder da informação para a melhoria da qualidade de vida das populações.  Leia mais

08 fevereiro 2019


Google lança ferramenta para busca de eventos

Funcionalidade está disponível apenas para smartphones, nos sitemas operacionais Android e iOS. Se usuário estiver usando conta do Google buscas são personalizadas

Google anunciou nesta quinta-feira (7/2/19) a funcionalidade de busca por eventos no navegador. 
Ao pesquisar alguns termos na busca, o usuário terá acesso a uma lista de sugestões de atividades, shows, concertos , entre outros.
Já disponível nos Estados Unidos, o recurso chega agora ao Brasil e está disponível para uso apenas em navegadores mobile, em smartphones com sistemas operacionais iOS e Android. Por aqui, as buscas trazem resultados de sites como Catraca Livre, Ingresso Rápido e Sympla.
Para testar, o Google sugere buscas por termos como “eventos no Rio amanhã", "festas em Salvador", "eventos em São Paulo" ou "shows no fim de semana". É possível também filtrar os eventos por data ou por geolocalização.
Segundo um post no blog da empresa, a empresa ainda afirma que é possível personalizar as buscas, caso o usuário esteja logado em sua conta do Google no navegador Chrome. 
"Neste caso, você precisa fazer login em sua conta e escolher compartilhar histórico de busca 
com o Google", diz a empresa.  Fonte: G1 Portal de Notícias

Google lança ferramenta de busca para dados científicos

Plataforma Dataset Search foi desenhada para facilitar o acesso a conjuntos de dados dispersos em milhares de repositórios

Voltada especialmente para a comunidade acadêmica, uma nova ferramenta de busca lançada pela Google promete facilitar o acesso de pesquisadores a conjuntos de dados científicos que atualmente estão pulverizados em milhares de repositórios online mantidos por instituições de pesquisa.
Lançada em setembro, a ferramenta, chamada Dataset Search, ajuda pesquisadores a encontrar facilmente os dados completos de estudos disponíveis em repositórios dos mais variados tipos – como sites de editoras, agências governamentais e instituições de pesquisa, em bibliotecas digitais e em páginas pessoais de cientistas, por exemplo.
A empresa já havia lançado um serviço voltado para a comunidade científica, o 
Google Scholar – em português Google Acadêmico –, que é uma ferramenta de busca de artigos e relatórios de pesquisa. Havia demanda, porém, para um sistema de busca específico para dados, já que, segundo a empresa, “no mundo atual, cientistas de muitas disciplinas e um número crescente de jornalistas vivem e respiram dados” e eles estão dispersos na internet. 
Bons resultados
A nova ferramenta será de grande importância para a ciência, especialmente em áreas que utilizam grandes volumes de dados, segundo o professor Marcelo Finger, chefe do Departamento de Ciências da Computação do Instituto de Matemática e Estatística (IME) da Universidade de São Paulo (USP).“É surpreendente que a Google, que lida com um público da ordem de bilhões de usuários, lance mais uma ferramenta voltada para a comunidade científica, que é um público numericamente limitado. Mas ela será sem dúvida muito importante para a comunidade”, disse Finger.Convidado por Direto da Ciência para testar o Dataset Search, Finger – que é um dos coordenadores da área de Ciência e Engenharia da Computação da Fapesp – considerou a ferramenta útil para aumentar a disponibilidade de dados.“Fiquei bem impressionado e cheguei a recomendar para um aluno. Ainda há algumas limitações – notei, por exemplo, que quando se faz uma busca só aparecem os dez primeiros resultados. Mas, do ponto de vista científico, para quem desenvolve trabalhos com bases em dados, já é muito útil. A disponibilidade de dados é fundamental para a ciência, porque permite elevar o grau de reprodutibilidade das pesquisas”, disse Finger. 
Maior disponibilidade de dados
O pesquisador diz acreditar que o Dataset Search crescerá rapidamente. “Quem possui dados de pesquisa em um repositório, ou é responsável por uma biblioteca de dados online, vai se interessar por tornar seus dados mais disponíveis e por indexá-los na ferramenta”, afirmou.Natasha Noy, pesquisadora em inteligência artificial da Google, divulgou que a empresa estimulará fornecedores de dados a adotarem o padrão aberto desenvolvido pela empresa para descrever as informações relacionadas a seus dados, aos metadados e à própria instituição que os produziu.“Desenvolvemos diretrizes para que os fornecedores de conjuntos de dados descrevam seus dados de uma forma que o Google possa entender melhor o conteúdo das páginas: quem criou, quando foi publicado, como os dados foram coletados, quais são os termos de uso, etc.”, disse a pesquisadora no 

Blog da Google“Notei que, além de dar acesso aos conjuntos de dados, a ferramenta também indica artigos da literatura científica que mencionam, utilizam, ou descrevem esses dados. Acredito que será de grande utilidade em todas as áreas do conhecimento – biologia, linguística, física, oceanografia e assim por diante. Minha área de pesquisas, em processamento de linguagem natural, vai se beneficiar muitíssimo”, afirmou Finger.Segundo Natasha Noy, a ferramenta foi lançada com foco em dados de ciência ambiental, ciências sociais e de pesquisa governamental, mas a quantidade de conjuntos de dados disponível aumentará continuamente à medida que o serviço se torne mais popular.“Esse tipo de busca tem sido um sonho para muitos pesquisadores nas comunidades de dados abertos de ciência”, disse ao blog da Google o chefe da área de dados da agência Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês), Ed Kearns.“Para a NOAA, cuja missão inclui o compartilhamento de nossos dados com outros cientistas, essa ferramenta é chave para que tornemos nossas informações mais acessíveis para uma comunidade de pesquisadores cada vez maior”, disse Kerns.  Fonte: Direto da Ciência

07 fevereiro 2019

Atualização dos URLs da plataforma InCites


Em 15 de fevereiro de 2019, os URLs para acessar a plataforma InCitesserão atualizados.

: : Para acessar o Journal Citation Reports, marque .......................... jcr.clarivate.com
: : Para acessar os Indicadores Essenciais da Ciência, marque ........ esi.clarivate.com
: : Para acessar o Benchmarking e o Analytics do InCites marque .... incites.clarivate.com

Você será redirecionado automaticamente para os novos URLs até o dia 28 de fevereiro, portanto, aproveite este momento para atualizar os links e evitar uma interrupção no serviço.

Pós-Graduação oferece bolsas para doutorado sanduíche

O Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior (PDSE) integra o PrInt USP/Capes


A Pró-Reitoria de Pós-Graduação (PRPG) lançou o edital do Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior (PDSE), que oferecerá, em 2019, 259 bolsas de um ano (ou 518 bolsas de 6 meses) para alunos de doutorado complementarem seus estudos em centros de pesquisa no exterior.
As bolsas são destinadas exclusivamente aos alunos matriculados em cursos de doutorado participantes do Programa PrInt USP/Capes, e o curso poderá ser realizado em uma das 50 universidades parceiras internacionais, preferencialmente, ou em outras instituições de livre escolha. A princípio, o processo de seleção será realizado em duas etapas. 
Na primeira etapa será oferecida apenas uma bolsa de um ano (ou duas bolsas de seis meses) por programa. Na segunda etapa, as cotas excedentes previstas serão distribuídas a todos os programas inscritos no PrInt USP/Capes, obedecendo a critérios de mérito. 
Se após a finalização da segunda etapa ainda houver cotas não distribuídas, poderá ser realizada uma terceira etapa de seleção. 
“Nosso principal objetivo é aumentar o número de pós-graduandos da USP em programas de dupla titulação com centros internacionais de excelência, ampliar a colaboração entre pesquisadores brasileiros e estrangeiros, e incorporar novos modelos de gestão de pesquisa”, explica o pró-reitor de Pós-Graduação, Carlos Gilberto Carlotti Jr. 
Cada programa de Pós-Graduação deverá divulgar aos seus alunos e orientadores o cronograma estabelecido para o recebimento das inscrições. Já os programas terão até o dia 1º de abril para enviar a relação dos candidatos escolhidos para participar da primeira etapa de seleção. 
edital completo está disponível na página da Pró-Reitoria de Pós-Graduação ou na página do 
PrInt USP/Capes
O PDSE é uma das principais ações do programa PrInt USP/Capes, que investirá R$ 144 milhões nos próximos quatro anos para aumentar a inserção da pós-graduação da USP no cenário internacional.  Leia mais  -  Fonte: Jornal da USP - 7/2/19


Biblioteca da Universidade de Indiana lança livros sob demanda

Assim como você faria com sua própria playlist do Spotify, em breve você poderá contribuir para a construção da coleção de livros na Biblioteca da Universidade para você e para a comunidade da IUPUI.
A partir de 5 de fevereiro, a biblioteca estará distribuindo o poder de encomendar livros ao corpo docente, funcionários e estudantes para decidir o que eles querem, introduzindo o Books on Demand, o sistema instantâneo de pedidos de livros da biblioteca. Essa mudança no processo não apenas economizará dinheiro e mudará a forma como a biblioteca compra livros, mas também ajudará a comunidade da IUPUI ao fornecer uma seleção mais relevante de livros para apoiar pesquisas ativas e trabalhos de classe.
Quando um membro da comunidade IUPUI encontrar um livro que queira ler, ele clicará no botão "Obter este para IUPUI" on-line e escolherá o formato de livro eletrônico ou a versão impressa. Os e-books serão entregues no prazo de duas horas após a solicitação, e os livros impressos chegarão em uma semana para entrega rápida ou duas semanas com entrega regular.
Willie Miller explica as vantagens de Books on Demand.
O bibliotecário de informática e jornalismo Willie Miller compartilhou as vantagens do programa Books on Demand, da Biblioteca da Universidade, que deve ser lançado em 5 de fevereiro. Foto de Liz Kaye, Universidade de Indiana.
"Este processo nos permitirá obter a mais recente pesquisa em uma variedade de campos com um sistema mais eficiente", disse Willie Miller, bibliotecário de informática e jornalismo e contato de desenvolvimento de recursos. "Teremos os últimos livros disponíveis, publicados em quase todas as áreas, em nosso campus e em nosso catálogo em cerca de um mês. Também estamos animados em fornecer livros que sabemos que as pessoas definitivamente usarão e provavelmente usarão mais que uma vez."

Embaixadas brasileiras nos EUA e UK querem mapear a diáspora científica

A ideia é articulá-los em rede e também conectá-los com suas contrapartes em território brasileiro, de forma a facilitar a circulação de ideias, de conhecimento e de experiências e ampliar as oportunidades de intercâmbios científicos e tecnológicos, além de negócios entre os países.
Em entrevista à Agência FAPESP em janeiro de 2018, o embaixador do Brasil em Washington, Sérgio Amaral, sublinhou que a intenção não é disciplinar a cooperação entre brasileiros no Brasil e no exterior, que, como ele disse, já é grande, mas compartilhar a experiência dos brasileiros que estão nos Estados Unidos.
A embaixada brasileira em Washington realizou dois encontros da diáspora brasileira em CT&I, o primeiro em dezembro de 2017 e o segundo em dezembro de 2018. A embaixada brasileira em Londres fará o primeiro encontro no dia 14 de fevereiro, em Londres, no Workshop: Brazilian Diaspora of Science, Technology and Innovation in the UK. O evento ocorrerá em seguida à FAPESP Week London, que será realizada nos dias 11 e 12 de fevereiro.
O mapeamento da diáspora brasileira nos Estados Unidos será realizado por pesquisadores do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas (Nepp) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O acordo que possibilitará essa cooperação foi assinado pelo embaixador Sérgio Amaral e pelo reitor da Unicamp, Marcelo Knobel, em 7 de dezembro de 2018.
“O projeto tem por objetivo último fazer um diagnóstico e propor políticas para compreender como a CT&I no Brasil pode obter ganhos com a circulação e fixação de brasileiros de alta qualificação e com atuação na área de CT&I nos Estados Unidos”, disse Ana Maria Carneiro, coordenadora do projeto no Nepp. Fonte: Agência FAPESP

06 fevereiro 2019


"Radiação: Efeitos e Fontes" é o título da publicação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) traduzida e adaptada pelo IRD que está disponível gratuitamente para download. O livreto baseia-se nos principais relatórios científicos do Comitê Científico das Nações Unidas sobre os Efeitos da Radiação Atômica (UNSCEAR) publicados nos últimos 25 anos. 
Para acessar a publicação em português clique aqui.   Fonte: Nações Unidas  

As razões porque o Crossref existe e persiste

Com o surgimento da Internet, os artigos se tornaram clicáveis à medida que as URLs eram usadas para vincular e citar os trabalhos. Entretanto, houve dois problemas. Primeiro os publishers tiveram que assinar assinar centenas de acordos individuais de vinculação entre si – o que teria se tornado impraticável –; e, segundo, algumas URLs começaram a falhar, principalmente devido ao fato do conteúdo estar sendo movido ou a alteração nos esquemas de URL, fazendo com que não fossem mais confiáveis.
Entra o Digital Object Identifier (DOI, Identificador de Objeto Digital). Ao contrário de uma URL, um DOI é um identificador persistente – uma referência vitalícia – que fica vinculada ao conteúdo de um objeto on-line, e não à sua localização, permanecendo, portanto, associado ao trabalho, independentemente de alterações no seu endereço web. O DOI está, de fato, associado a uma URL, mas isso pode ser atualizado de forma centralizada, portanto, ele sempre redireciona para o local atual do conteúdo.
Essa atualização central acontece através do Crossref. No ano de 2000, o Crossref foi fundado por um grupo de publishers científicos com visão de futuro que entendiam a necessidade de fornecer um serviço colaborativo central de referência – usando DOIs – que seria acessível e gerenciado pela comunidade global de comunicação científica.
Ao longo dos anos, o Crossref evoluiu e nossa missão agora é mais ampla do que apenas o DOIs e o Reference Linking. Hoje, somos uma organização sem fins lucrativos autossustentável que visa tornar todos os resultados de pesquisa não apenas fáceis de encontrar, citar e vincular, mas também fáceis de avaliar e reutilizar. Como a publicação evoluiu para além dos publishers, e inclui bibliotecas, acadêmicos, financiadores e muito mais, nossa base de mais de 10.000 membros também o fez. Estas organizações continuam nos guiando por meio de grupos de trabalho, comitês, uma ampla variedade de colaborações e milhares de outros usuários de metadados. 
Fonte: SciELO em Perspectiva

Como os periódicos podem aproveitar ao máximo sua associação ao Crossref

Desde que o Crossref foi fundado em 2000, os membros de suas organizações registraram metadados e identificadores (DOIs) para mais de 100 milhões de itens de conteúdo. Esta informação é usada  pela comunidade de pesquisa – indivíduos e organizações – que precisam encontrar, citar, vincular e avaliar os resultados da pesquisa. Como um membro do SciELO, os metadados que você fornece ao Crossref quando registra conteúdo são fundamentais para a descoberta do conteúdo do seu periódico.
Com o tempo, os membros do Crossref solicitaram serviços adicionais para ajudá-los a lidar com questões relacionadas à originalidade do conteúdo, descobrir quem está citando suas publicações, ajudá-los a mostrar atualizações de conteúdo de maneira persistente e muito mais. Todos estes serviços contam com os metadados que as organizações registram no Crossref.
Leia para saber mais sobre o que são esses serviços, o que eles fazem e por que são importantes:
  Content Registration (registro de conteúdo) é uma obrigação da filiação ao Crossref. Trata-se do processo de depositar seus metadados conosco (o que nós chamamos de “registrar seu conteúdo”). Pode parecer óbvio mas, sem ele, não existiriam DOIs do Crossref. Quanto mais ricos forem os metadados que você incluir, mais fácil de encontrar seu conteúdo se torna. Isso ocorre porque os metadados são disponibilizados para vários sistemas e organizações que, juntos, ajudam a creditar e citam o trabalho, relatam o impacto do financiamento, registram a atividade e acompanham os resultados. 
  Reference Linking (referenciamento de links) permite aos pesquisadores seguir um link da lista de referência para outros documentos em texto completo, ajudando-os a fazer conexões e descobrir coisas novas. Reference Linking significa adicionar links DOI à lista de referência de cada artigo (ou outros objetos de pesquisa). Os identificadores persistentes não são interrompidos (se implementados corretamente) e sempre levam ao conteúdo que está sendo pesquisado, incluindo o seu. Reference Linking é uma obrigação da filiação ao Crossref, pois quando todos vinculam suas referências, a pesquisa viaja mais além e todos se beneficiam.
  Cited-by (citado por) mostra como o trabalho foi recebido pela comunidade em geral; exibindo o número de vezes que foi citado e vinculado ao conteúdo da citação. Isso é feito pelos membros que fornecem listas de referência como metadados quando registram conteúdo, o que significa que você pode consultar a base de dados do Crossref para descobrir onde seu conteúdo está sendo citado.  Fonte: SciELO em Perspectiva


Metadados, ou Metainformação, são dados sobre outros dados.

O prefixo “Meta” vem do grego e significa “além de”. Assim Metadados são informações que acrescem aos dados e que têm como objetivo informar-nos sobre eles para tornar mais fácil a sua organização. Um item de um metadado pode informar do que se trata aquele dado numa linguagem inteligível para um computador. Os metadados tem a função de facilitar o entendimento dos relacionamentos e evidenciar a utilidade das informações dos dados.
Praticamente todos os dispositivos digitais geram metadados a partir do uso que fazemos. Por exemplo, ao tirar uma foto, além de gravar a foto na memória da foto, metadados são associados a esta foto descrevendo informações sobre o modelo da câmera, tipo de ISO, data, tamanho e formato do arquivo e até o local de onde a foto foi tirada se o aparelho tiver GPS.
Ao fazer login em um site de redes sociais ou de compras várias informações são registradas além daquelas que escrevemos diretamente nos sites, como por exemplo, o endereço IP, o nome e versão do navegador, horário exato de entrada e saída, bem como outros detalhes sobre os seus cliques durante aquela navegação.
Os tipos mais comuns de metadados são:
- Número de telefones, endereços de email e os nomes das pessoas que usam serviços;
- Dados de Localização: onde está o seu telefone celular;
- Data e hora em que foram feitas as ligações, emails, arquivos e fotos;
- Informações do aparelho que você está usando;
- Os títulos (assuntos) de seus e-mails;
Veja a quantidade de informações que os serviços podem coletar de vocês!

05 fevereiro 2019

Todo dia sempre igual?

Pesquisadores e bolsistas contam como organizam a rotina nas férias


É tempo de férias letivas. As salas de aula estão vazias, a frequência na universidade diminui, os serviços administrativos por vezes funcionam em horários reduzidos. A rotina de pesquisa, porém, segue seu ritmo. “Essa época é ótima para a gente”, afirma o matemático José Alberto Cuminato, diretor do Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI), um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepid) financiados pela FAPESP, com sede no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo, (ICMC-USP), em São Carlos. “Não dou aulas, não tenho reuniões. É uma época em que dá para ler as teses dos orientandos, discutir o trabalho com eles”, explica.
Suzan Pantaroto de Vasconcellos, farmacêutica e coordenadora da Câmara de Pós-Graduação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), campus Diadema, vê de modo semelhante esse período do ano, que descreve como “produtivo, porém, sem muito estresse, tensão”, já que a pausa nas atividades docentes e administrativas permite a dedicação mais intensa ao grupo de pesquisa. “Durante as férias letivas, eu, assim como alguns colegas, costumo escrever artigos com os orientandos. É um momento de continuidade e, às vezes, retomada de trabalhos, e também de contato com os alunos que precisam mais do orientador”, completa.
Mesmo nos dias em que as universidades entram em recesso – em geral, entre o Natal e o Ano-Novo –, a perspectiva não é de ócio para os pesquisadores. Como, aliás, não o é em qualquer outro momento do ano: de modo geral, as modalidades de auxílios e bolsas disponíveis no país não preveem períodos de férias para os bolsistas. Da iniciação científica ao pós-doutorado, não há parâmetros que regulamentem a folga. Como resultado, a possibilidade de se desligar do trabalho depende de acordos feitos individualmente entre aluno e orientador – ou, no caso de pós-doutorado, entre pesquisador e supervisor.  Fonte: Pesquisa FAPESP - janeiro 2019.     Leia mais