A mudança climática é a questão definidora do nosso tempo e estamos em um momento decisivo. Desde a mudança dos padrões climáticos que ameaçam a produção de alimentos até a elevação do nível do mar, que aumenta o risco de inundações catastróficas, os impactos das mudanças climáticas são de âmbito global e sem precedentes em escala. Hoje, sem uma ação drástica, a adaptação a esses impactos no futuro será mais difícil e onerosa. Gráfico do relatório United in Science, WMO, setembro de 2019Os gases de efeito estufa ocorrem naturalmente e são essenciais para a sobrevivência dos seres humanos e milhões de outros seres vivos, impedindo que parte do calor do sol reflita de volta ao espaço e tornando a Terra habitável. Porém, após mais de um século e meio de industrialização, desmatamento e agricultura em larga escala, as quantidades de gases de efeito estufa na atmosfera aumentaram para níveis recordes nunca vistos em três milhões de anos. À medida que crescem as populações, as economias e os padrões de vida, aumenta também o nível cumulativo de emissões de gases de efeito estufa (GEE).
A ciência estabeleceu que a concentração de GEE na atmosfera da Terra está diretamente ligada à temperatura global média na Terra; a concentração tem aumentado constantemente, e as temperaturas globais médias acompanham-no desde a época da Revolução Industrial; e o GEE mais abundante, responsável por cerca de dois terços dos GEE, dióxido de carbono (CO2), é em grande parte o produto da queima de combustíveis fósseis.
O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) foi criado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) e pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente para fornecer uma fonte objetiva de informação científica. Em 2013, o IPCC forneceu mais clareza sobre o papel das atividades humanas nas mudanças climáticas quando lançou seu Quinto Relatório de Avaliação. É categórico em sua conclusão: as mudanças climáticas são reais e as atividades humanas são a principal causa. Fonte: United Nations