Benedito Aguiar, presidente da CAPES, observa que o Brasil precisa atingir a marca de 25 mil doutores formados por ano, prevista na meta 14 do Plano Nacional de Educação (PNE). “O País já atingiu a quantidade anual de mestres titulados (60 mil), e ainda não chegou à de doutores, apesar de estar perto. Isso, aliado à preocupação de um crescimento com qualidade do Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG), levou a CAPES a privilegiar o doutorado”, afirma.
O modelo de distribuição de bolsas aplicado pela CAPES em 2020 tem como referência dois fatores: a nota do programa de pós-graduação (PPG) que quanto maior, mais bolsas terá, e o nível, no qual doutorado recebe mais que mestrado. A CAPES divide os PPGs em notas de 1 a 7, sendo 6 e 7 de excelência e 3 o mínimo necessário para continuar em funcionamento a cada avaliação. A titulação média de cursos (TMC) também é considerada. Assim, quanto maior, mais bolsas.
Para tornar o cálculo mais exato, reduzir assimetrias no SNPG e assegurar qualidade, a CAPES ainda considera o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M). Neste caso, quanto menor ele seja, mais bolsas recebe. Deste modo, municípios mais pobres recebem mais benefícios. Assim, a equação final é a seguinte: (Quantidade inicial com base na nota e no nível) x (Fator IDH-M) x (Fator TMC). Fonte: CCS/CAPES - 08/12/20