05 janeiro 2021

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

04 janeiro 2021


Do exercício de cultivar plantas à procura por cursos, certamente a leitura se destaca entre as atividades mais procuradas da quarentena. Tanto aquela voltada para aprofundar conhecimentos específicos quanto a leitura despretensiosa, de quem abre as páginas do livro – ou do ebook – para se ver preso numa narrativa de entretenimento.

E dentre as possibilidades de gêneros literários, os romances predominam na pandemia. Eles figuram entre os livros mais comprados em 2020. O romance distópico de George Orwell, 1984, voltou à lista de mais vendidos da gigante Amazon. E clássicos como Dom Quixote de La Mancha, de Miguel de Cervantes, seguem singulares em número de cópias: estima-se que já tenham sido vendidos 600 milhões de exemplares.
Mas o romance não atrai apenas leitores, ele também é objeto de interesse da academia. Na USP, um grupo de pesquisadores se dedica a estudá-lo dentro da dimensão histórica e de teoria crítica. A professora Sandra Guardini Teixeira Vasconcelos, do Departamento de Letras Modernas da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, trabalha com o tema há pelo menos 40 anos.
Há quase dez, ela criou e co-coordena o Laboratório de Estudos do Romance (LERo), junto do professor Jorge de Almeida, do Departamento de Teoria Literária da FFLCH. Sandra conta que a vocação do laboratório é reunir pessoas, tanto do ponto de vista do ensino, da pesquisa, como da extensão universitária. “A ideia sempre foi, desde o começo, aproximar alunos, pesquisadores, professores e interessados em romance, em geral. Sem propor um recorte nacional, nosso foco é o romance como gênero e isso agrega muita gente.”   Veja mais.  
Fonte: Jornal da USP - 04/01/21

Aluno da USP desenvolve visita virtual à exposição de arte com técnicas de jogos

Durante a pandemia do novo coronavírus, que pede o distanciamento social, museus e galerias perceberam a necessidade de adaptação no setor artístico. Foi assim com o Instituto Figueiredo Ferraz (IFF), da cidade de Ribeirão Preto, que por meio de visita virtual gamificada conseguiu dar continuidade a sua missão – divulgar, incentivar e tornar acessível a arte contemporânea brasileira, mesmo em período atípico.

O projeto, que possibilitou apresentar virtualmente a exposição Outras Paisagens, Coleção Dulce e João Carlos de Figueiredo Ferraz, com curadoria de Rejane Cintrão, foi desenvolvido pelo engenheiro mecatrônico e mestrando em Engenharia Mecânica da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP, Ícaro Ostan, e a co-desenvolvedora Ingrid Assis Ostan, arte-educadora do IFF.

A ideia da visita virtual gamificada, conta Ingrid, surgiu com o objetivo de criar um projeto diferente para o IFF neste período. Assim, os irmãos se dividiram entre a parte teórica e a aplicação prática. A familiaridade com ferramentas de desenvolvimento facilitou o processo de criação, diz Ostan. “Eu tentei aplicar alguns atributos simples que pudessem aumentar o realismo da experiência virtual e, com isso, tornar a experiência mais engajadora e imersiva, como visão em primeira pessoa, o som dos passos ao caminhar, escala e proporção entre os objetos.”

Assim, o projeto incentivou a realização de novas atividades remotas com as escolas que antes da pandemia visitavam presencialmente o IFF, sendo possível “efetuar todo o percurso da visitação juntos, através de plataformas de encontro on-line, como se estivessem todos presentes no espaço físico, criando uma imersão dos alunos, de forma que todos pudessem compartilhar a mesma experiência simultaneamente”, diz a arte-educadora. 

A visita para conhecer a exposição Outras Paisagens, Coleção Dulce e João Carlos de Figueiredo Ferraz continua, gratuitamente, e pode ser feita por computador com acesso à internet por aqui.     Fonte: Jornal da USP - 04/01/21

Decreto do governador recompõe orçamento da FAPESP

Decreto nº 65.438, de 30 de dezembro de 2020, publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo no dia 31de dezembro, assinado pelo governador de São Paulo, João Doria, recompôs integralmente o orçamento da FAPESP e das três universidades públicas paulistas para 2021.
A publicação do decreto, prevista no artigo 11 da Lei nº 17.309, de 29 de dezembro de 2020, proposto pelo próprio Executivo, teve como objetivo assegurar o cumprimento do disposto no artigo 271 da Constituição do Estado de São Paulo e no artigo 5 da Lei nº 17.286, de 2020.
O artigo 271 da Constituição Estadual estabelece que o Estado destinará o mínimo de 1% de sua receita tributária à FAPESP, como renda de sua privativa administração, para aplicação em desenvolvimento científico e tecnológico, e o artigo 5 da Lei 17.286 destina às universidades estaduais liberações mensais de, no mínimo, 9,57% da arrecadação do ICMS.
Em nota encaminhada ao jornal Folha de S.Paulo em 31 de dezembro, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) afirma que o governo de São Paulo “mantém seu compromisso com a ciência e garante todos os recursos destinados à pesquisa, ciência e tecnologia em sua integralidade para a FAPESP e as universidades, mesmo em um momento de grande desafio fiscal e recuperação econômica devido à pandemia, que levou o governo a fazer uma reforma administrativa de R$ 7 bilhões para cobrir restrições orçamentárias em todas as suas áreas”.
De acordo com a nota da SDE, “o Decreto 65.438 de 30/12/2020 reforça e comprova o compromisso realocando um total de R$ 1.191.101.414 milhões para a FAPESP e universidades estaduais. Não há fragilidade na garantia de recursos, pois a Lei Orçamentária Anual [LOA] aprovada estabelece que os recursos da FAPESP serão aqueles definidos pelo artigo 271 da Constituição Estadual [redação dada pelo parágrafo 5 do Artigo 11 da LOA]. Portanto, isso assegura por lei que a FAPESP contará, mensalmente, com a transferência de 1% da Receita Tributária Líquida do Estado”.
Ainda de acordo com a SDE, o decreto foi necessário para ajustar o orçamento geral do Estado e reforça, também “que a Desvinculação da Receita Orçamentária de Estados e Municípios [DREM] não foi e não será aplicada à FAPESP em 2021 e que há um compromisso claro do Governo Doria pela ciência”.    Fonte: Agência FAPESP - 04/01/21