Durante a pandemia do novo coronavírus, que
pede o distanciamento social, museus e galerias perceberam a necessidade de
adaptação no setor artístico. Foi assim com o Instituto Figueiredo Ferraz
(IFF), da cidade de Ribeirão Preto, que por meio de visita virtual gamificada conseguiu dar continuidade a sua missão – divulgar,
incentivar e tornar acessível a arte contemporânea brasileira, mesmo em período
atípico.
O projeto, que possibilitou apresentar
virtualmente a exposição Outras Paisagens, Coleção
Dulce e João Carlos de Figueiredo Ferraz, com curadoria de Rejane Cintrão, foi
desenvolvido pelo engenheiro mecatrônico e mestrando em Engenharia Mecânica da
Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP, Ícaro Ostan, e a
co-desenvolvedora Ingrid Assis Ostan, arte-educadora
do IFF.
A ideia da visita virtual gamificada, conta Ingrid, surgiu com o objetivo de criar um projeto diferente para o IFF neste período. Assim, os irmãos se dividiram entre a parte teórica e a aplicação prática. A familiaridade com ferramentas de desenvolvimento facilitou o processo de criação, diz Ostan. “Eu tentei aplicar alguns atributos simples que pudessem aumentar o realismo da experiência virtual e, com isso, tornar a experiência mais engajadora e imersiva, como visão em primeira pessoa, o som dos passos ao caminhar, escala e proporção entre os objetos.”
Assim, o
projeto incentivou a realização de novas atividades remotas com as escolas que
antes da pandemia visitavam presencialmente o IFF, sendo possível “efetuar todo
o percurso da visitação juntos, através de plataformas de encontro on-line,
como se estivessem todos presentes no espaço físico, criando uma imersão dos
alunos, de forma que todos pudessem compartilhar a mesma experiência
simultaneamente”, diz a arte-educadora.
A visita para conhecer a exposição Outras Paisagens, Coleção Dulce e João Carlos de Figueiredo Ferraz continua, gratuitamente, e pode ser feita por computador com acesso à internet por aqui. Fonte: Jornal da USP - 04/01/21