04 janeiro 2021

Aluno da USP desenvolve visita virtual à exposição de arte com técnicas de jogos

Durante a pandemia do novo coronavírus, que pede o distanciamento social, museus e galerias perceberam a necessidade de adaptação no setor artístico. Foi assim com o Instituto Figueiredo Ferraz (IFF), da cidade de Ribeirão Preto, que por meio de visita virtual gamificada conseguiu dar continuidade a sua missão – divulgar, incentivar e tornar acessível a arte contemporânea brasileira, mesmo em período atípico.

O projeto, que possibilitou apresentar virtualmente a exposição Outras Paisagens, Coleção Dulce e João Carlos de Figueiredo Ferraz, com curadoria de Rejane Cintrão, foi desenvolvido pelo engenheiro mecatrônico e mestrando em Engenharia Mecânica da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP, Ícaro Ostan, e a co-desenvolvedora Ingrid Assis Ostan, arte-educadora do IFF.

A ideia da visita virtual gamificada, conta Ingrid, surgiu com o objetivo de criar um projeto diferente para o IFF neste período. Assim, os irmãos se dividiram entre a parte teórica e a aplicação prática. A familiaridade com ferramentas de desenvolvimento facilitou o processo de criação, diz Ostan. “Eu tentei aplicar alguns atributos simples que pudessem aumentar o realismo da experiência virtual e, com isso, tornar a experiência mais engajadora e imersiva, como visão em primeira pessoa, o som dos passos ao caminhar, escala e proporção entre os objetos.”

Assim, o projeto incentivou a realização de novas atividades remotas com as escolas que antes da pandemia visitavam presencialmente o IFF, sendo possível “efetuar todo o percurso da visitação juntos, através de plataformas de encontro on-line, como se estivessem todos presentes no espaço físico, criando uma imersão dos alunos, de forma que todos pudessem compartilhar a mesma experiência simultaneamente”, diz a arte-educadora. 

A visita para conhecer a exposição Outras Paisagens, Coleção Dulce e João Carlos de Figueiredo Ferraz continua, gratuitamente, e pode ser feita por computador com acesso à internet por aqui.     Fonte: Jornal da USP - 04/01/21