03 janeiro 2022

Desequilíbrio no sistema

Desigualdade entre homens e mulheres marca a distribuição de bolsas de produtividade em pesquisa do CNPq

A distribuição de bolsas de produtividade em pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), modalidade de apoio que recompensa cientistas com desempenho destacado, foi marcada por ampla desigualdade de gênero na última década, segundo levantamento feito por pesquisadores das universidades federais de Santa Catarina, Alagoas e Pernambuco. Eles analisaram o perfil de 601 bolsistas. Constataram que 63% eram homens e apenas 37% mulheres. Essa diferença tende a se intensificar nos níveis mais altos da hierarquia de bolsistas. No 1A, reservado a pesquisadores que demonstram excelência na produção científica e formação de recursos humanos, 73,7% eram homens e 26,3% mulheres. No sênior, que contempla cientistas líderes em suas áreas e que foram bolsistas 1A e 1B por pelo menos 15 anos, 88,8% eram homens e 11,2% mulheres.
Segundo dados do CNPq, das 184.728 bolsas outorgadas entre 2010 e 2021, 64,7% foram para homens e 35,3% para mulheres. “Os números ilustram de forma expressiva a desigualdade de gênero na academia brasileira”, afirma a socióloga Marina Félix de Melo, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), uma das autoras do estudo, publicado em outubro na revista Configurações. “As mulheres, embora sejam maioria nas instituições de ensino e pesquisa e publiquem papers tanto quanto os homens, ainda enfrentam muitas dificuldades para alcançar os níveis de maior prestígio da hierarquia científica no país.”   Saiba mais.  
Fonte: Pesquisa FAPESP - jan. 2022

Pesquisa científica: O fantasma da ação entre amigos

Estudo aponta indícios de conluio na avaliação de artigos científicos, com favorecimento a membros de conselhos editoriais de revistas


Pesquisadores da França, do Reino Unido, da Itália e do Canadá publicaram um estudo na revista PLOS Biology que apresenta evidências de um esquema na seleção de artigos científicos capaz de configurar conluio e má conduta: o favorecimento, na hora de escolher trabalhos que serão publicados, a autores ligados ao conselho editorial dos periódicos. O grupo analisou manuscritos de 5.468 revistas da área biomédica, divulgados entre 2015 e 2019. Foram produzidos dois indicadores com base nesses trabalhos. Um deles quantificou a presença nesses títulos de autores altamente prolíficos, aqueles que produzem uma quantidade de artigos bem acima da média de seus pares. O outro indicador mediu o quanto a distribuição de autores de papers era desigual entre as revistas.
O objetivo, ao computar os dois índices, era verificar se havia concentração de trabalhos de alguns pesquisadores em periódicos específicos. Na metade das revistas, o autor mais prolífico havia publicado no máximo 3% do total de artigos. Mas em um grupo fora da curva, com mais de 200 periódicos, um único pesquisador era responsável por entre 11% e 40% de todos os papers publicados. Entre esses títulos, havia alguns com fator de impacto razoável, como o Journal of Enzyme Inhibition and Medicinal Chemistry, da editora Taylor & Francis, Current Problems in Surgery, da Elsevier, e o Journal of the American Dental Association.   Saiba maisFonte: Pesquisa FAPESP - jan. 2022



30 dezembro 2021




Aqui você encontra conteúdo científico diversificado para deixar sua pesquisa ainda melhor

O Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) é um dos maiores acervos científicos virtuais do País, que reúne e disponibiliza conteúdos produzidos nacionalmente e outros assinados com editoras internacionais a instituições de ensino e pesquisa no Brasil. São mais de 49 mil periódicos com texto completo e 455 bases de dados de conteúdos diversos, como referências, patentes, estatísticas, material audiovisual, normas técnicas, teses, dissertações, livros e obras de referência. Foi criado para reunir material científico de alta qualidade e disponibilizá-lo à comunidade acadêmica brasileira. Assim, o Portal de Periódicos tem o objetivo de reduzir as assimetrias regionais no acesso à informação científica, cobrindo todo o território nacional. É considerado uma iniciativa única no mundo, pois um grande número de instituições acessa o acervo que é inteiramente financiado pelo Governo Federal.
O Portal de Periódicos propicia o desenvolvimento tecnológico e a inovação no País por contribuir com o crescimento da produção científica nacional e a inserção, cada vez maior, da ciência brasileira no exterior. É, portanto, fundamental às atribuições da CAPES de fomento, avaliação e regulação dos cursos de pós-graduação. Leia a cronologia do Portal de Periódicos, em Nossa história, e conheça toda a trajetória.


28 dezembro 2021

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Como encontrar os artigos que você precisa no Google Acadêmico


Você usa o Google Acadêmico para buscar artigos científicos para sua pesquisa?
E que tal melhorarmos essa busca para você encontrar aqueles que realmente são os mais relevantes para sua área? Listamos algumas dicas que vão ajudar você a ter resultados melhores e a otimizar o seu tempo de busca.

Use aspas nas palavras-chave
Ao utilizar as aspas em palavras ou expressões relacionadas ao seu tema, o Google retornará somente os resultados que contém exatamente aquela expressão. Ou seja, se você buscar por sociedade em rede, por exemplo, podem vir diversos artigos que não estão diretamente relacionados ao seu tema de pesquisa. Já utilizar a expressão "sociedade em rede", com as aspas, trará um resultado muito mais adequado aos seus interesses. 

Use o símbolo de menos(-)
Ao colocar o símbolo de menos antes de uma palavra-chave, o Google entende que você não quer que apareçam resultados com aquele termo. Ou seja, essa funcionalidade é muito útil quando você percebe que tem uma palavra que está trazendo muitos resultados inadequados para a sua busca e retirá-la vai fazer com que fiquem somente os textos do seu interesse. 

Utilize a função "citado por" 
Você já reparou que ao buscar um artigo no Google Acadêmico, aparece logo abaixo um link escrito "citado por"? Essa função é extremamente útil! Ao clicar nesse link, o Google mostrará para você outros trabalhos que também utilizaram aquele texto inicial como referência. Ou seja, há grandes chances de você encontrar um outro texto que vai ajudar na sua busca, não é?

Utilize o asterisco 
Sabe quando você esquece uma palavra importante de uma expressão relacionada ao seu trabalho? É nesses casos que o asterisco será muito útil para você. Substitua essa palavra esquecida pelo símbolo de asterisco (*) e você terá resultados com diversas expressões possíveis para aquele assunto. Exemplo: gerenciamento*hídricos.

Use tudo junto
Essa é a principal dica para refinar sua busca no Google Acadêmico. Ao utilizar todas essas estratégias de busca em conjunto, você terá resultados mais precisos e adequados para o seu trabalho, sem ter que ficar horas buscando artigos relevantes. Ah, e o mais interessante é que você também pode utilizar essas estratégias no Google também!



23 dezembro 2021





Rankings de 2021 confirmam liderança da USP na América Latina

Diversas avaliações internacionais nas áreas de sustentabilidade, reputação, empregabilidade, ensino e pesquisa colocaram a USP em destaque ao longo do ano


Os rankings são vistos como importantes termômetros da qualidade do ensino superior de um país e, por terem critérios e métodos diversos de avaliação, priorizando certos aspectos em detrimento de outros, podem apresentar classificações diferentes para a mesma instituição, ou mesmo fazer oscilar de posição conforme o ano.

Em 2021, a USP teve destaque em várias avaliações e subiu posições em alguns dos principais rankings. No World Reputation Ranking, elaborado pela consultoria britânica Times Higher Education (THE), por exemplo, ganhou dez posições, passando do grupo 91-100 para a posição 81-90 entre as universidades de melhor reputação mundial. No Best Global Universities 2022, produzido pela editora norte-americana US News, a Universidade subiu sete posições em relação ao ano passado, ficando na 115ª posição mundial. Em ambos, é a melhor classificada da América Latina.

“A USP se reinventou durante a pandemia e os resultados positivos estão demonstrados nessas classificações internacionais. O ponto mais importante é que a Universidade se aproximou ainda mais da sociedade e se apresentou como um apoio no meio de uma crise sem precedentes. Acho que ela vem cumprindo o papel que se espera de uma instituição com reconhecimento internacional”, disse o reitor Vahan Agopyan em outubro, quando os dois rankings foram divulgados. Confira a posição da USP nos principais rankings mundiais que foram divulgados ao longo do ano.   Fonte: Jornal da USP - 23/12/21