14 março 2018

Ciência é investimento... Mas em quê? O desafio da comunicação e disseminação científica

A defesa de C&T é um discurso amplamente aceito no plano teórico-abstrato, mas que se mostra difícil de ser legitimado concretamente. E a dificuldade se dá não pela ausência de resultados – que são muitos, mas porque muitas vezes não conseguimos expressá-los claramente para a população. Falta-nos uma cultura de diálogo com a sociedade, não sentimos que devemos satisfação àqueles que financiam nossos trabalhos. O Brasil titulou em 2016 cerca de 60 mil mestres e 20 mil doutores. É imperativo questionar quantas dessas dissertações e teses foram conhecidas por pessoas além da banca de defesa. Quanto conhecimento produzido poderia enriquecer nossa compreensão em diversas áreas, mas permaneceu trancafiado por fórmulas e jargões científicos nas bibliotecas universitárias?
Explicar as raízes desse traço cultural é tarefa complexa que transcende este artigo. Algumas hipóteses que vêm sendo debatidas são a ausência de treinamento específico em comunicação de resultados e a abordagem paternalista e autoritária do discurso científico destinado ao público geral. Olhando para o caso brasileiro, percebe-se que o debate circunscrito ao círculo de iniciados é uma característica que perpassa todas as etapas da vida profissional do pesquisador. Como bolsistas, nossos produtos são na maior parte dos casos relatórios e artigos para uma audiência seleta e altamente especializada. Como professores ou pesquisadores, nossas metas e resultados são mensurados por publicações e apresentações em periódicos e eventos científicos.  Leia mais
Daniel Colombo - Doutor em Economia do Desenvolvimento pela USP, membro da carreira de Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental do Ministério do Planejamento, e atualmente sou pesquisador no INEP/MEC (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira)

Dando os créditos devidos em publicações com vários autores

Manuscritos acadêmicos geralmente possuem diversos autores. Novas colaborações entre diversas disciplinas científicas e regiões geográficas levaram ao aumento do número de artigos  com vários autores nos últimos anos, fazendo com que a atribuição devida do papel de colaborador um tópico de importância maior.
Quem fez o Quê? — Uma pergunta cada vez mais importante
Existem diversas maneiras que um pesquisador pode contribuir para uma publicação científica, desde o design da mesma até a condução dos experimentos, análise dos dados ou redação do artigo. Tradicionalmente, o primeiro autor é aquele que contribui mais — e também que receberá o maior crédito. Entretanto, o papel dos outros nem sempre é muito bem definido.  Em muitas áreas de pesquisa, o último autor recebe tanto crédito quanto o primeiro, porque se assume que ele também esteve impulsionando a pesquisa. Entretanto, esta é apenas uma prática informal e está assumpção nem sempre é verdadeira.
Atualmente, a sequência na qual o nome do autor aparece em um artigo pode ser decidida de várias maneiras, pela contribuição, por ordem alfabética, senioridade, ou outros critérios, dependendo do caso. Isto faz com que seja difícil para pessoas de fora da área interpretarem corretamente a lista de autores, tanto em termos das verdadeiras contribuições de cada ou para a avaliação futura de comitês avaliadores.
Colegas, editores, instituições acadêmicas, e agências de fomento estão se tornando cada vez mais interessadas em ver os detalhes individuais de cada contribuição aos projetos de pesquisa. Ranquear o primeiro ou segundo autor em um artigo com dois autores é muito fácil, mas isto se torna cada vez mais complicado conforme o número de autores cresce.  Leia mais

Como escrever um artigo científico

A publicação de artigos é a maneira mais eficiente de divulgar os resultados de uma pesquisa, por isso a produção desse tipo de texto exige o esforço e o cuidado do autor. 
Para facilitar a escrita, há uma estrutura básica que é adotada pela comunidade científica em geral. O objetivo é padronizar o formato e resumir os principais aspectos de um trabalho. A ilustração abaixo descreve o modelo de estruturação de um manuscrito. Leia mais 


DOI, ISSN e ISBN: tudo o que você precisa saber

Entenda, de vez, o que significam as siglas DOI, ISSN e ISBN e a importância delas na hora de buscar e montar as referências da sua pesquisa.
Diante dos inúmeros nomes idênticos existentes na sociedade, temos que utilizar alguns critérios para distinguir duas pessoas com o mesmo nome.
Para isso, por exemplo, tem-se o RG, o número do CPF ou do passaporte.Com livros, materiais digitais e revistas científicas também acontece o mesmo: utilizamos identificadores para distinguir e diferenciar as obras que podem ou não ter o mesmo título.


Desmistificando o DOI:
O DOI, “Identificador de Objeto Digital” é um padrão de letras e números, que serve para a identificação de documentos na internet. Livros, periódicos, artigos e imagens recebem uma espécie de “código” exclusivo. O DOI, facilita a busca e a autenticidade dos conteúdos disponibilizados na forma online.

O DOI é composto por duas partes:
1 – O prefixo refere-se ao publicador do documento.
2 – O sufixo é determinado pelo responsável pela publicação do documento. Os livros ou artigos publicados em periódicos, por exemplo, provavelmente utilizarão como sufixo o número que já consta do ISBN ou ISSN ou dados bibliográficos da obra.  Leia mais

13 março 2018

Tudo que você precisa saber para escrever e publicar artigos científicos

Para os que participam da ciência e da pesquisa, diariamente utilizam os artigos científicos como fonte de estudo e também como meio de publicação de seus trabalhos realizados.

Reunimos a aqui nesse artigo, que não é científico, tudo o que você precisa saber para se inserir sobre o tema.
Nada melhor do que começar pela definição, que é a primeira pergunta sobre o tema:

O que são artigos científicos?
Artigo científico é o trabalho acadêmico que apresenta resultados sucintos de uma pesquisa realizada de acordo com o método científicoaceito por uma comunidade de pesquisadores. Por esse motivo, considera-se científico o artigo que foi submetido a exame por outros cientistas, que verificam as informações, os métodos e a precisão lógico-metodológica das conclusões ou resultados obtidos.

Em geral, é uma produção curta que dificilmente ultrapassa 20 páginas. Pode ser resultado de sínteses de trabalhos maiores ou elaborados em número de três ou quatro, em substituição às teses e dissertações; são desenvolvidos, nesses casos, sob a assistência de um orientador acadêmico.

São submetidos às comissões e conselhos editoriais dos periódicos, que avaliam sua qualidade e decidem sobre sua relevância e adequação ao veículo.

Não sabe por onde começar? Reunimos dicas que vão te salvar!
A primeira vista parece difícil e com uma série de regras, mas para começar encontre sua área de pesquisa de interesse e que motive a realizar a sua pesquisa. Depois… Leia mais

Fapesp apresenta balanço de sua atuação

Diretor-presidente falou a deputados da Comissão de Ciência, Tecnologia, Informação e Inovação da Alesp sobre avanços em programas apoiados por recursos públicos
O diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo da Fapesp, Carlos Américo Pacheco, informou aos deputados da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação e Informação da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), que vem crescendo o apoio a projetos de pesquisas em pequenas empresas inovadoras e em programas especiais, como o Biota (biodiversidade) e o BIOEN (bioenergia). Apoios a Projetos Temáticos, cujos auxílios são de maior duração e dirigem-se a pesquisas de maior ousadia científica e abrangência, também registram incremento desde 2013.
Em reunião em 7 de março, destinada à prestação de contas anual ao Legislativo paulista, Pacheco relatou que a Fapesp realizou em 2017 um desembolso no valor de R$ 1,1 bilhão, dividido em apoios a pesquisas com vistas a aplicações (53%), ao avanço do conhecimento (39%) e à infraestrutura de pesquisa (8%).
No reparte desse volume de recursos por áreas, Ciências da Vida receberam 40,5%, Ciências Exatas e da Terra e Engenharias ficaram com 37%, Interdisciplinar, 11,5%, e Ciências Humanas e Sociais, 11%. Por linha de fomento, a concessão de bolsas no país e no exterior é a que, historicamente, recebe a maior parte dos financiamentos (cerca de 35%).  Leia mais

12 março 2018

Passos importantes para publicar o seu artigo

A publicação de artigos em periódicos faz parte da rotina acadêmica, mas pode assustar bastante os iniciantes na área. Apresentaremos algumas dicas para os que estão se adaptando ao cotidiano de publicações e para os autores que desejam atualizar as estratégias de trabalho.
1 – A escolha do periódico: Essa etapa parece a mais óbvia, mas requer atenção, pois uma escolha equivocada pode prejudicar o alcance do trabalho. Os que possuem artigos escritos, mas não tem pressa para publicar, podem esperar uma chamada para submissão que seja compatível com o artigo. Se esse não for o seu caso, você poderá pesquisar em diretórios de sua área de conhecimento e definir os periódicos que mais se adequam à pesquisa. Quanto maior a compatibilidade, maiores serão as chances de publicação.
2 – Verificação do fator de impacto da revista:  É importante analisar o fator de impacto ainda durante a etapa de seleção do periódico. O fator de impacto é um índice para classificar a relevância das revistas a partir do número de citações recebidas, proporcionando assim maior visibilidade aos trabalhos nelas publicados. No Brasil, essa avaliação se dá por meio do sistema Qualis. Você pode verificar a pontuação dos periódicos no sistema Qualis por meio da Plataforma Sucupira.
3 – Recorte da pesquisa: Pesquisadores iniciantes muitas vezes sofrem com o desejo de publicar todos os aspectos do projeto em um único artigo. Um bom projeto de pesquisa tende a ser muito mais complexo do que a extensão de um artigo permite expor, por isso é fundamental selecionar as informações mais relevantes.
4 – Estruturação das ideias no resumo e na introdução: Após o recorte da pesquisa, será importante organizar as ideias. Para começar, verifique o limite de linhas relativo ao resumo. Se a quantidade de linhas for menor que dez, apresente o tema central do artigo, a principal hipótese e os objetivos. Se o limite de linhas for superior a dez, mencione também os principais autores utilizados na fundamentação teórica e a metodologia principal.
A estrutura mais completa pode ser utilizada como base para a introdução do artigo. Pense na introdução como um resumo do projeto de pesquisa e seja claro e coerente. Essa dica é essencial porque quanto mais renomada for a publicação, maior será o número de trabalhos a serem avaliados pelo corpo editorial. Logo, é fundamental conquistar a atenção dos revisores já durante a leitura do resumo e da introdução.
5 – Coerência e consistência nas conclusões: Não adianta defender uma hipótese se as conclusões não sustentam a argumentação. Muitas vezes os pesquisadores se perdem na apresentação da fundamentação teórica e da metodologia, deixando a análise de dados em segundo plano. Procure distribuir o número de páginas disponíveis de modo a desenvolver satisfatoriamente todas as seções do trabalho.
6 – Formatação do artigo de acordo com as normas da revista: Há pesquisadores que focam tanto na preparação do artigo, que se esquecem das normas solicitadas pelo periódico. Surpreendentemente, muitos trabalhos ainda são rejeitados por esse motivo. Por isso, formate cada artigo de acordo com o que é requerido pela revista de interesse.

Uso de técnica nuclear para o cultivo de abacaxi

Com a ajuda da International Atomic Energy Agency (IAEA) e da Food and Agriculture Organization of the United Nations (FAO), especialistas estão explorando o uso da tecnologia nuclear para ajudar os produtores a cultivar abacaxi e outras culturas de forma mais eficiente e ecológica. Conheça melhor o estudo clicando aqui.


09 março 2018

Cursos de francês e italiano


Os cursos básicos de francês e italiano, ministrados pelo professor Lindolpho Capellari Jr, estão se iniciando com novas turmas em março.
Os cursos são destinados ao público geral, com o objetivo de oferecer uma base sobre as línguas francesa e italiana, promovendo um primeiro contato com os idiomas e as culturas em questão.
As aulas serão ministradas na ESALQ-USP, duas vezes por semana, nos seguintes dias e horários:

Italiano:  terças e quintas,  das 13h05 às 13h55 
Francês: quartas e sextas, das 13h05 às 13h55

Local: Anfiteatro da Fisiologia Vegetal, no Pavilhão de Horticultura da ESALQ.

Venha fazer as primeiras aulas do mês de março gratuitamente para conhecer e receber mais informações sobre inscrição, programa, mensalidade e material.


Como escolher o periódico adequado para publicar o seu artigo?

A quantidade de periódicos existentes hoje é certamente muito maior do que há alguns anos, quando as revistas online ainda não existiam. Isso não quer dizer, porém, que publicar tenha se tornado uma atividade mais simples: se o número de publicações aumentou, o de pesquisadores parece ter se expandido ainda mais. E para complicar, as revistas de maior prestígio continuam sendo praticamente as mesmas, elevando ainda mais a concorrência. Apesar disso, você sabia que uma das grandes causas de rejeição de artigos ainda é a escolha inadequada de periódicos? Confira algumas dicas para evitar esse problema.


Como ficar atualizado para revisão de bibliografia

Fazer uma revisão de bibliografia é o primeiro passo para situar sua pesquisa no panorama mais amplo de sua área de conhecimento, uma atividade que se inicia muito antes da escrita da dissertação e deve ser constantemente atualizada. Porém, para ser bem feito este trabalho de revisão de pesquisa precisa ser guiado por um propósito. Sua revisão deve ser compreensível o suficiente para estabelecer seu conhecimento no tema de seu trabalho, bem como para justificar a relevância de seu tema de pesquisa. Para isso, é necessário informar-se tanto sobre as fontes mais essenciais à sua pesquisa e os textos mais clássicos referentes a ela, quanto sobre os avanços mais recentes nesta área. Por essas razões, manter-se atualizado em sua revisão é fundamental para garantir a qualidade e relevância de seu trabalho.
Quando replicar é inovar
Encontrar uma lacuna numa linha de pesquisa relevante geralmente é algo bastante relevante para o pesquisador, uma vez que investir no preenchimento de lacunas como estas é por si só uma grande contribuição científica. O mesmo ocorre quando se vislumbra a possibilidade de dar continuidade às descobertas de um estudo interessante. Em ambos os casos, o primeiro passo é verificar se outro pesquisador já não teve esta mesma ideia e já desenvolveu um estudo semelhante ao que você tem em mente com o mesmo propósito. Trabalhos acadêmicos são valorados particularmente por sua capacidade de oferecer contribuições inéditas em sua área de pesquisa, por isso o ineditismo é um critério importante.
A replicação de um estudo já feito não é um problema quando se trata de uma revisão de algum trabalho realizado previamente por outros pesquisadores com o objetivo de testar os resultados inicialmente alcançados ou atestar questões que antes foram sublimadas. Nestes casos é ainda mais importante uma revisão bibliográfica bem apurada, visto que estudos contestatórios tendem a ser mais criticados por chamarem mais a atenção do meio acadêmico, especialmente no caso de teses de doutorado. A bibliografia da tese que contesta um estudo já realizado deve estabelecer sua experiência como pesquisador, demonstrando que você possui autoridade no tema para questionar os resultados do estudo anterior e preencher a lacuna deixada por tal pesquisa. A bibliografia da tese deve ainda incluir estudos recentes – os mais atualizados possíveis – que atestem que, desde então, outros estudos que justifiquem a revisão proposta foram realizados. É fundamental nestes casos que a revisão de pesquisa esteja atualizada para evitar que críticas neste sentido ofusquem a relevância do trabalho.
Usando a tecnologia a seu favor
A tecnologia pode ser uma grande aliada para fazer uma revisão de bibliografia e mantê-la atualizada durante todo o seu processo de pesquisa e escrita da dissertação. O uso de ferramentas tecnológicas automáticas podem atualizá-lo em tempo real sobre as principais tendências e novidades em sua área de pesquisa, função muito útil particularmente para estudos cujo cenário de análise muda com grande frequência. Por isso, faça destas ferramentas suas grandes aliadas:
Palavras-chave – o uso de palavras-chave para indexar discussões sobre temas de seu interesse pode ser um grande aliado para manter-se atualizado sobre as principais tendências em relação a sua pesquisa. Atenção apenas para definir palavras-chaves que sejam precisas, do contrário os dados que retornarão de sua busca podem ser muito vagos ou genéricos. Através de palavras-chave você pode procurar discussão sobre o seu tema tanto em sites de busca quanto em chats ou redes sociais.
RSS Feeds e Google Alerts – ambas as ferramentas apresentam como grande vantagem o fato de você poder programar para receber em sua caixa de e-mail alertas com atualizações de páginas específicas de seu interesse (como blogs e sites) ou sobre novo conteúdo gerado contendo as palavras-chave especificadas por você.
Alertas de periódicos e bancos de dados – estes tipos de alerta apresentam a vantagem de realizarem suas buscas em fontes acadêmicas a partir de palavras-chave determinadas por você.    O único inconveniente são os materiais de acesso restrito, ainda assim você pode ter acesso aos resumos e verificar se a pesquisa ou dado encontrado é ou não relevante a seus interesses.
Por fim, não se esqueça que, mais importante que estar atualizado sobre as informações e pesquisas mais recentes sobre seu tema é saber interpretar estes dados e situar seu trabalho em relação a eles. É este trabalho de análise que será o diferencial de sua pesquisa e que poderá torná-la relevante em sua área, além de ser um reflexo do seu conhecimento no tema.

Como escrever uma boa revisão bibliográfica

Fazer uma revisão bibliográfica pode parecer um trabalho muitas vezes cansativo e desafiador, porém dele dependerá a sustentação da relevância de sua pesquisa. Um trabalho cuja bibliografia restringe-se apenas a pesquisa recentes e que convergem com as conclusões do pesquisador, por exemplo, denota fragilidade e pode indicar que o pesquisador está apenas atestando sua opinião. Por isso mesmo, a revisão de pesquisa deve ser feita com esmero e em seu início – sendo gradualmente aprofundada em seu desenrolar. A seguir, quatro dicas para montar uma revisão bibliográfica realmente útil à sua pesquisa e escrita da dissertação.
1- Tenha em mente o objetivo da revisão bibliográfica – fazer uma revisão bibliográfica é algo trabalhoso e que demanda tempo, especialmente para longos trabalhos – caso da bibliografia de tese – mas é também um trabalho de base fundamental para garantir a qualidade final dos resultados alcançados. Uma revisão de pesquisa malfeita pode inclusive acabar com suas chances de alcançar resultados relevantes, por isso, sempre que estiver desmotivado a realizar este tipo de trabalho, lembre-se de sua importância e do impacto negativo que uma má revisão bibliográfica poderá ter em seu trabalho final e reputação como pesquisador.
A revisão é um trabalho ainda mais fundamental caso a tese defendida baseie-se em lacunas deixadas por outras pesquisas, pontos pouco mapeados em sua área de conhecimento ou a continuação imediata de outros estudos. Lembre-se que para criticar o trabalho de terceiros ou pontos mal mapeados em sua área de conhecimento é preciso antes conhecer muito bem o terreno que se pretende explorar, visto que pesquisas mais críticas e inovadoras tendem também a ser mais criticadas.
2- Mapeie os pontos fundamentais da pesquisa – comece analisando o contexto geral no qual sua pesquisa se encaixa dentro de sua grande área de conhecimento. Depois disso, identifique conceitos chave e variáveis importantes e correlacione-os à sua pesquisa. Por fim, aponte caminhos para o aprofundamento do desenvolvimento do estudo e indique metodologias alternativas que se relacionem ao tema do trabalho. Ao final deste trabalho você terá um delineamento dos grandes temas e pormenores abordados por sua pesquisa e poderá então começar a mapear a bibliografia que melhor dá conta das questões com as quais está trabalhando. O último ponto, sobre caminhos para aprofundar a pesquisa posteriormente, deve reunir bibliografia a ser usada em desdobramentos de sua pesquisa, mas cujas questões abordadas não necessariamente serão exploradas em seu trabalho. Esta bibliografia pode inclusive servir como fonte para o desenvolvimento de projetos futuros.
3- Demonstre autoridade em sua área de conhecimento – é fundamental que sua revisão de pesquisa demonstre sua autoridade no tema, especialmente caso se trate de uma bibliografia de tese. Neste aspecto, não importa tanto a quantidade de fontes levantadas, mas sim a qualidade e abrangência das mesmas. Procure focar em obras relevantes e de maior impacto na área ao longo de um escopo temporal significativo, mas sem se preocupar necessariamente em mapear “tudo” que já foi escrito sobre o tema. Construa um enquadramento lógico da evolução da discussão sobre o assunto, relacionando as contribuições dadas pelos autores a partir daquilo que é mais difundido e aceito em sua área de conhecimento. A melhor forma de organizar uma revisão bibliográfica é a partir da evolução de linhas teóricas ao longo do tempo, deste modo ficará mais fácil distinguir num amplo universo bibliográfico aquilo que é mais relevante das tendências momentâneas ou já ultrapassadas.
4- Coerência é tudo! – ao final de sua revisão bibliográfica seu leitor deverá ter conseguido entender aquilo que você está se propondo a pesquisar, situando seu trabalho em relação àquilo que foi feito em sua área de conhecimento nesta linha previamente. Por isso mesmo, é importante deixar claro argumentativamente qual o papel do seu trabalho neste panorama de pesquisa mais amplo, se é preencher uma lacuna nesta área, revisitar pesquisas que apresentam resultados inconclusivos, desafiar uma teoria já conhecida, aprofundar um estudo em particular, etc. Seja qual for seu propósito, ele deverá ficar claro através da forma como você alinha sua pesquisa a estudos anteriores, o que confere um caráter único à sua revisão bibliográfica. Por isso mesmo este trabalho não pode ser copiado da pesquisa de outros nem delegado a terceiros, visto que para que ele tenha qualidade é necessário que você leia a bibliografia pesquisada e a avalie criticamente sob a luz das particularidades de seu projeto de pesquisa. Além disso, o não domínio da bibliografia irá interferir negativamente na escrita da dissertação.

08 março 2018

Treinamento online do Portal de Periódicos

Os primeiros meses do ano compõem o momento ideal para estudantes realizarem atividades extracurriculares, pois assim evitam a correria do período de provas e entrega de trabalhos.

O treinamento online do Portal de Periódicos é um dos cursos que não pode ficar de fora da programação! A biblioteca virtual da CAPES é um recurso primordial para pesquisas em todas as áreas do conhecimento e em qualquer nível acadêmico.

Este ano a CAPES tem uma novidade: os usuários continuam contando com turmas de segunda a sexta-feira, mas também terão a oportunidade de fazer a capacitação aos sábados.
Os benefícios são perceptíveis na rotina acadêmica de quem já participou!

Os primeiros meses do ano compõem o momento ideal para estudantes realizarem atividades extracurriculares, pois assim evitam a correria do período de provas e entrega de trabalhos.

O treinamento online do Portal de Periódicos é um dos cursos que não pode ficar de fora da programação! A biblioteca virtual da CAPES é um recurso primordial para pesquisas em todas as áreas do conhecimento e em qualquer nível acadêmico.

Faça login no Meu Espaço (caso ainda não possua identificação, faça o seu cadastro clicando em “Novo usuário”)

Entre na área de Treinamentos (o link está localizado no menu lateral da página inicial)
Escolha a turma que se encaixe melhor no seu perfil (lembre-se que os cursos são divididos por áreas do conhecimento)

Clique em “Solicitar inscrição”

Acompanhe pelo e-mail cadastrado as orientações para participar do curso

Tem mais uma dica: após o treinamento, você tem direito ao Certificado de Participação com as informações do curso. Para acessar o documento, basta fazer login no “Meu Espaço”. 
Clique aqui para ver agora mesmo os dias e horários disponíveis.

07 março 2018

Linha do Tempo da FAPESP

Retrospectiva da instituição, destacando os fatos mais marcantes, enriquecidos de textos completos, imagens, entrevistas, biografias e links para documentos e sites. Conheça mais sobre a iniciativa. Acesse:http://bit.ly/2FxlD3V


06 março 2018

USP disponibiliza tabela informativa sobre dois mil alimentos

Pesquisadora que participou do projeto conta que próximo passo é criar um
 aplicativo com esses dados


Os rótulos contidos nos alimentos são, muitas vezes, complicados de interpretar. Pensando nisso, o Centro de Pesquisa em Alimentos da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP disponibiliza gratuitamente e online a Tabela Brasileira de Composição de Alimentos, que tem informações sobre cerca de dois mil alimentos, como frutas, carnes e industrializados. Eliana Bistriche Giuntini, pesquisadora do Centro de Pesquisa em Alimentos (FoRC) da Universidade de São Paulo (USP), explica que a tabela foi elaborada para consulta de profissionais de saúde. No entanto, devido à sua abrangência, os consumidores começaram a utilizá-la também.
A professora ainda esclarece a necessidade da tabela ser brasileira. De acordo com ela, os alimentos podem ter diferentes valores calóricos, dependendo do país de origem: ”Sabemos que a composição de alimentos é muito variada. Dentro de um próprio país existe uma variação em termos de composição, dependendo do lugar onde o alimento é produzido”. O próximo passo do projeto, que começou em meados da década de 90, é a criação de aplicativos que ajudem a utilizar essas informações. 

Materiais e Métodos: 7 dicas de escrita

Às vezes, artigos são rejeitados porque a sessão de métodos não oferece detalhes suficientes para que os experimentos sejam reproduzidos.


Cuidado na escolha de periódicos científicos

Você já ouviu falar em periódicos predatórios? Eles existem, por esta razão tenha muito cuidado na escolha de periódicos científicos, tanto para a publicação da sua pesquisa, quanto para escrever um projeto, uma revisão de literatura ou a discussão dos seus resultados. 
No site predaqualis.netlify.com/ você tem a lista de periódicos potencialmente fraudulentos listados pelo Sistema QUALIS-CAPES.


05 março 2018

Declaração de São Francisco sobre a Avaliação da Pesquisa

Frequentemente usado como parâmetro primordial na comparação da produção científica de indivíduos e instituições, o Fator de Impacto, tal como calculado pela Thomson Reuters, foi criado como ferramenta para auxiliar bibliotecários a escolher periódicos a serem adquiridos, não como medida da qualidade científica da pesquisa num artigo. É crucial entender que o Fator de Impacto tem deficiências bem documentadas enquanto ferramenta de avaliação da pesquisa. Esta Declaração consiste numa série de recomendações para aperfeiçoar a avaliação da qualidade da pesquisa.
Há uma necessidade urgente de aperfeiçoar as maneiras como a produção da pesquisa científica é avaliada por agências de fomento, instituições acadêmicas e outras entidades. Para tratar dessa questão, um grupo de editores e representantes de editoras de revistas acadêmicas reuniram-se durante a reunião anual da American Society for Cell Biology (ASCB) em São Francisco, Califórnia. O grupo elaborou um conjunto de recomendações, ao qual se deu o nome Declaração de São Francisco sobre a Avaliação da Pesquisa. Convidamos os interessados em todas as disciplinas científicas a registrarem seu apoio subscrevendo a Declaração. As produções da pesquisa científica são muitas e de diversos tipos, incluindo: artigos de pesquisa relatando novos conhecimentos, dados, reagentes e software; propriedade intelectual; jovens cientistas altamente treinados. Agências de fomento, instituições que empregam cientistas e os próprios cientistas têm todos o desejo e a necessidade de avaliar a qualidade e o impacto da produção científica. É portanto imperativo que a produção científica seja medida acuradamente, e avaliada sabiamente.  Leia mais

Licenças Creative Commons

As licenças Creative Commons foram amplamente adotadas dentro e fora da academia. Elas fornecem uma variedade de opções que dão aos autores controle sobre como seu trabalho pode ser reproduzido e potencialmente remixado, como mostrado no diagrama abaixo:


02 março 2018

Noções básicas para se criar um pôster


Leituras sobre o Marco legal da ciência

Regulamentada no início de fevereiro, resolução favorece criação de projetos com empresas e promete desburocratizar atividades de pesquisa

Universidades e instituições públicas de pesquisa brasileiras terão mais incentivos para a criação de parcerias com o setor privado. Essa é uma das leituras sobre o Marco Legal da Ciência (lei de n° 13243), nome dado a uma série de alterações legais que regem as atividades científicas no país. Sancionada pela ex-presidente Dilma Rousseff em 2016, a resolução foi regulamentada pelo governo em fevereiro de 2018. Ao todo, nove leis sofreram mudanças. Um dos pontos principais está no direito que órgãos públicos têm de compartilhar laboratórios, equipamentos, materiais e instalações com empresas. Legalmente, a prática é permitida no país desde 2004 e garantida pela Lei de Inovação Tecnológica. No entanto, ainda que certas instituições possuam regras próprias nesse sentido, argumentava-se falta de “segurança jurídica” para que tais parcerias fossem firmadas. As alterações estabelecem que organizações privadas poderão, agora, adquirir propriedade intelectual sobre os resultados das pesquisas. Isso implica o direito de universidades e órgãos que produzem ciência negociarem com o setor privado os direitos de exploração de determinado produto ou tecnologia, pesquisado com o uso de recursos públicos, em troca de favorecimento econômico - quer seja financeiro ou não. Da mesma maneira, professores em regime de dedicação exclusiva (proibidos, até então, de manterem outros cargos) poderão também desenvolver pesquisa, remunerada ou não, em empresas privadas. Por lei, a classe terá autonomia para passar até oito horas por semana dedicando-se a atividades fora da universidade.   Fontes: Nexo e Agência FAPESP
       

Editais oferecem oportunidade de mobilidade de pesquisadores do Brasil e Reino Unido

Estão abertos até o dia 14 de março de 2018 os editais Newton Mobility Grants e International Exchanges Scheme para fomento à mobilidade de pesquisadores doutores, vinculados a instituições de ensino superior ou de pesquisa, do Brasil e do Reino Unido. O objetivo é fortalecer as redes de pesquisa e o networking entre cientistas dos dois países e promover a transferência de conhecimentos e habilidades, aumentando as capacidades de pesquisa dos pesquisadores parceiros.
As chamadas públicas são promovidas por meio da parceria entre o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e as UK Academies – The Royal Society e British Academy – no contexto do Fundo Newton. São contemplados pesquisadores das áreas de ciências naturais (física, química, matemática, ciências da computação, engenharias, pesquisa agrícola, biológica e biomédica, geografia e psicologia experimental) e ciências sociais e humanidades.  Leia mais

Normalização de trabalhos acadêmicos


01 março 2018

Conservação preventiva de livros


1-  Mantenha sempre as mãos limpas ao manusear o livro. O papel absorve sujidade da pele, como gordura, sais e água.
2-  Ao retirar o livro da estante, não o pegue pela parte de cima (cabeça) da lombada, que é frágil e pode se romper facilmente. Afaste os livros próximos e retire o que você escolheu segurando pelo meio da lombada.
3-  Não consuma nenhum tipo de bebida ou comida perto do livro! Acidentes podem acontecer e causar dano ao papel e à tinta, bem como atrair insetos nocivos ao livro.
4-  Ao realizar a leitura, não apoie os cotovelos sobre o livro! Isso prejudica a encadernação.
5-  Ao virar as páginas do livro, não umedeça o dedo com saliva!
6-  O livro que você está lendo é da Biblioteca, não seu! Portanto, não faça anotações particulares, não sublinhe e não risque as páginas do livro. O ato de escrever, seja a lápis ou caneta, deixará marcas nas páginas.
7-  Não faça dobras nas folhas do livro e não utilize grampos e clipes metálicos! Existem marcadores de páginas para essa finalidade.
8-  Livro não gosta de água e não precisa de banho. Se o dia estiver chuvoso, utilize uma sacolinha plástica para protegê-lo.
9-  Não deixe os livros expostos ao sol. A luz diminui consideravelmente a durabilidade do papel e altera as cores da impressão.
10- Transporte os livros com cuidado! Você está levando um pedaço do patrimônio da UFSCar em suas mãos. O livro deve ser devolvido do mesmo jeito que foi emprestado! Enquanto estiver em suas mãos, ele é sua responsabilidade.

3 de março de 2018, dia dos Dados Abertos


Você está convidado(a)! Dia 3 de março de 2018. 
O Dia dos Dados Abertos é uma celebração anual dos dados abertos em todo o mundo. Pela sétima vez na história, grupos de todas as partes do mundo criarão eventos locais no dia em que usarão dados abertos em suas comunidades. É uma oportunidade para mostrar os benefícios dos dados abertos e encorajar a adoção de políticas de dados abertos no governo, empresas e na sociedade civil. Saiba mais:  http://opendataday.org/pt_br/

O foco desse ano será em quatro áreas chave que os dados abertos podem resolver: 

:: Dados abertos de pesquisas acadêmicas
:: Rastrear fluxos de dinheiro público
:: Dados abertos para o meio ambiente
:: Dados abertos para os direitos


Acervo da Wiley Online Library ganha nova plataforma

Pesquisadores que utilizam a biblioteca virtual da CAPES têm acesso a diversos conteúdos da editora. As novidades entrarão no ar agora em março

Os usuários do Portal de Periódicos da CAPES têm à disposição vários recursos de pesquisa da editora Wiley, contidos na plataforma Wiley Online Library. O conteúdo é multidisciplinar, incluindo as áreas de Ciências da Saúde, Biológicas, Exatas e da Terra, Agrárias, Sociais Aplicadas, Humanas, Linguística, Letras e Artes. 
Para tornar mais eficaz a experiência de busca nas ferramentas oferecidas, a editora programou para março a migração de todo o conteúdo disponível para uma interface remodelada. “A nova plataforma será mais intuitiva e trará uma série de novos recursos, que facilitarão a navegação pelos usuários”, adianta Sandro Gonçalves, gerente de contas da marca. A tecnologia utilizada será da empresa Atypon, especializada em plataformas de publicação acadêmica.
A editora garante que os pesquisadores continuarão a se beneficiar com a vasta gama de conteúdos e recursos acadêmicos para explorar e promover o conhecimento em seus campos, mantendo simplicidade e facilidade de uso. A nova plataforma permitirá ao usuário, por exemplo, descobrir conteúdos e comparar automaticamente, classificando e preenchendo artigos por relevância – assim, será possível se aprofundar mais rápido em qualquer assunto.
Entre as melhorias também está o novo design, mais moderno visualmente e responsivo, proporcionando mobilidade para que o acesso possa ocorrer por meio de qualquer dispositivo. Além disso, quem utiliza a plataforma encontrará uma ferramenta de pesquisa simplificada, que promete facilitar a localização dos artigos mais acessados, citados e recentes de periódicos específicos, com opções clicáveis diretamente nos resultados encontrados.
Para acessar a Wiley Online Library a partir do Portal de Periódicos, o usuário deve recorrer à opção buscar base. É possível ainda realizar a busca individualmente por revista científica na opção de pesquisa buscar periódico. Para mais informações sobre a mudança de plataforma, acesse o link da editora: http://www.wileyactual.com/WOLMigration/.