23 novembro 2016

Avaliação da Produção Científica: SciVal nas Bibliotecas da USP


Informamos que, em prosseguimento às ações de apoio à coleta e análise da produção científica da Universidade de São Paulo, foi assinada, para o período de 03/11/2016 a 02/11/2017, a plataforma de análise bibliométrica SciVal da Elsevier.

                         

A plataforma SciVal possui um portfólio de ferramentas de análise de indicadores de produção científica desenvolvida pela Elsevier, que tem como fonte de dados o Scopus e o Science Direct. Possui quatro módulos: overview, benchmarking, collaboration e trends. Permite realizar análises bibliométricas da produção científica de uma determinada instituição, país, região, autor ou grupos de autores, ou ainda em revistas, desde que o material esteja indexado na base de dados Scopus (www.scopus.com). Possibilita, dentre outras funcionalidades, obter um panorama de desempenho e impacto de pesquisa, analisar produtividade de um autor ou universidade, identificar a colaboração de uma determinada instituição com outras no âmbito internacional, nacional e regional, possibilitando reconhecer potenciais parceiros, acompanhar tendências de pesquisa mundial, regional, nacional e institucional, de acordo com as distintas áreas de conhecimento. Seu acesso é por meio login e senha (os mesmos utilizados para a Scopus), e o cadastro para quem ainda não o possui pode ser realizado na página do produto (www.scival.com).

Em anexo encaminhamos um guia de uso do SciVal (em inglês).

No primeiro semestre do ano que vem teremos capacitações para o uso desse recurso.

21 novembro 2016

A ciência em palavras

Um critério importante de avaliação da produtividade científica de um pesquisador no Brasil é a quantidade e a qualidade dos artigos publicados. Para muitos, eles constituem o principal caminho para a exposição dos resultados de estudos, além de ser o meio pelo qual os pesquisadores constroem sua autoridade científica, ao exporem suas ideias e experimentos realizados por meio de métodos de trabalho reconhecidos como válidos por especialistas da mesma área. Ainda que a maioria dos pesquisadores brasileiros esteja familiarizada com o processo de submissão, avaliação e publicação de artigos científicos, muitos manuscritos são recusados, em geral devido a falhas de redação científica, como resumos incompletos ou conclusões que não deixam claro qual é a novidade do trabalho. Além de bem estruturado, com uma metodologia robusta e resultados convincentes, cada vez mais se reconhece que um artigo científico precisa ser bem escrito para ser aceito em uma boa revista.

Leia mais: https://goo.gl/uyNGYT

Galhos e raízes da árvore da ciência

Em 2017, cerca de 4,5 milhões de pessoas, como estudantes, professores e pesquisadores com currículos registrados na Plataforma Lattes, poderão identificar por meio de uma busca na internet as árvores genealógicas acadêmicas às quais pertencem, reconstituindo laços entre orientadores e seus pupilos construídos nos últimos 75 anos. Uma versão piloto de um sistema web está sendo criada por pesquisadores das universidades Federal do ABC (UFABC) e de São Paulo (USP), com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Além do Lattes, o sistema será abastecido por outras duas fontes: o banco de teses e dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), com mais de 600 mil documentos, e uma lista de membros da Academia Brasileira de Ciências (ABC). “Estamos fazendo o cruzamento de dados de pesquisadores para complementar informações e evitar possíveis registros duplicados”, explica Jesús Pascual Mena-Chalco, professor do Centro de Matemática, Computação e Cognição da UFABC e coordenador do projeto.
A genealogia acadêmica organiza os vínculos entre gerações de pesquisadores. O orientador é considerado o “pai” dos mestres e doutores que ajudou a formar. Esses, por sua vez, poderão gerar “netos” acadêmicos e assim por diante. A abordagem ganhou expressão com o lançamento de plataformas internacionais disponíveis na internet, como o Mathematics Genealogy Project e o Neurotree Project, que permitem mapear ancestrais acadêmicos em matemática e neurociência. O projeto brasileiro tem a ambição de ser mais amplo e abranger pesquisadores do país em todas as áreas do conhecimento. Segundo Mena-Chalco, isso é possível graças à Plataforma Lattes, que se tornou fonte de informações para pesquisadores que buscam dados sobre a ciência brasileira a fim de estudar seus fenômenos e tendências (ver Pesquisa FAPESP nº 233). “O Brasil é o único país com uma plataforma que registra as atividades de toda a sua comunidade científica”, diz.
Leia mais: goo.gl/0SG77k

18 novembro 2016

SpringerLink comemora 20 anos de trajetória com mais de 10 milhões de documentos

A plataforma SpringerLink, da editora Springer Nature, comemorou recentemente uma data histórica: em 20 anos de existência, a base de dados acaba de transpor o registro de 10 milhões de documentos. O Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) disponibiliza aos usuários o acesso à biblioteca, com documentos científicos que podem ser pesquisados por disciplinas, além de periódicos, livros, obras de referência e protocolos que cobrem uma vasta gama de disciplinas. 

A disponibilidade de acesso da base varia de 1847 até o presente. A plataforma engloba as áreas de ciências ambientais, ciências biológicas, ciências da saúde, ciências agrárias, ciências exatas e da terra, engenharias, ciências sociais aplicadas, ciências humanas, linguística, letras e artes. 

No site do editor, também é possível acessar tabelas de conteúdos e resumos de outras publicações não assinadas pela Capes. Nesses casos, os textos completos dos artigos podem ser obtidos online ou por meio de programas de comutação bibliográfica, como o COMUT, que localiza documentos no Brasil e no exterior e fornece as cópias solicitadas. Em ambas as situações, o usuário é responsável pelo procedimento. 

Para mais informações sobre os 20 anos da SpringerLink, a editora publicou um folheto online. O acesso ao conteúdo disponibilizado pelo Portal de Periódicos da Capes deve ser feito pela a opção Buscar base.

Oxford University Press lança nova plataforma digital

A Oxford University Press (OUP) – editora que compõe o acervo do Portal de Periódicos da Capes – anunciou o lançamento de sua nova plataforma digital: a Oxford Academic. Segundo comunicado enviado pela Oxford, a base “reunirá conteúdo, comunidade e serviços acadêmicos em um único local”. O primeiro recurso a migrar será o Oxford Journals.

A transição do primeiro conjunto de periódicos teve início em 14 de novembro, sendo que a segunda etapa está programada para 30 de novembro. De acordo com a editora, “a migração será feita assim para garantir o período mais curto de execução simultânea para os clientes, mas mantendo a qualidade da nova plataforma”. Enquanto o processo estiver em andamento, as duas bases (Oxford Journals e Oxford Academic) funcionarão simultaneamente.

Um dos principais objetivos da mudança é oferecer aos usuários o melhor da tecnologia para desenvolvimento de pesquisas. Entre os benefícios do novo recurso, estão:

- Design totalmente responsivo, compatível com qualquer dispositivo;
- Mais opções de navegação;
- Filtros aprimorados de lista de resultados (mídia, assunto, marcadores personalizados, tipo de artigo, publicados recentemente, disponibilidade);
- Lista de resultados combinados, exibindo artigos, periódicos, mídia e outros conteúdos lado a lado;
- Registros MARC e listas KBART aprimorados;
- Arquitetura ágil, que permitirá integrar outras tecnologias e serviços à plataforma.

Pelo Portal de Periódicos, a comunidade acadêmico-científica brasileira tem acesso a mais de 200 títulos em texto completo da Oxford Journals, com abrangência em diversas áreas do conhecimento, como Ciências da Saúde, Ciências Exatas e da Terra, Ciências Sociais Aplicadas, Ciências Humanas, Letras e Artes e Ciências Biológicas. A Capes ainda assina outros recursos da OUP: Grove Music Online, The Oxford Companion to Music, The Oxford Dictionary of Music e Oxford Music Online.

A Oxford Academic entrará em operação oficialmente em janeiro de 2017, somente então a base Oxford Journals será desativada. As outras ferramentas online começarão a migrar depois do lançamento oficial.

09 novembro 2016

Estudo aponta que artigos publicados em inglês atraem mais citações

São inúmeros os fatores que influenciam a prática de citações na comunicação científica. Se bem que extremamente subjetivos, os motivos que levam um autor a citar um e não outro artigo podem ser classificados em poucas categorias, independentemente da área do conhecimento. Basicamente, os autores privilegiam em suas citações a relevância, argumentação, o veículo (periódico), as relações profissionais e/ou pessoais com colegas, concorrentes ou colaboradores, as relações de troca, a consistência metodológica e ainda decisões psicossociais.
O idioma da publicação pode ser classificado dentro da categoria ‘relações de troca’. Trata-se de um aspecto crucial na escolha da literatura a ser citada por um autor. Portanto, comunicar a ciência em um idioma compreendido pela maioria certamente aumenta sua probabilidade de ser citado. O inglês é indubitavelmente a língua franca da ciência mundial e mesmo que possa soar de certa forma injusto a autores e leitores de países cujo idioma nativo não é o inglês, é extremamente conveniente, pois permite que pesquisadores de todo o mundo se comuniquem, cooperem entre si e compartilhem o conhecimento. Um autor certamente não cita – e não deveria citar – um artigo escrito em outro idioma do qual tenha lido apenas o resumo em inglês. Assim, observa-se uma tendência mundial em estabelecer o inglês como a língua internacional da ciência. Cada vez mais autores de todos os países se esforçam para publicar em inglês e publicam periódicos inteiramente neste idioma, a despeito de ter que redobrar os esforços em escrever em um idioma que pouco dominam.
Leia mais: goo.gl/jYdsvl

08 novembro 2016

Como usar o conhecimento


Relatório britânico avalia experiências criadas para ampliar o alcance de informações baseadas em evidências científicas. 
Países como Inglaterra, Estados Unidos e Alemanha criaram nas últimas décadas uma série de iniciativas para melhorar a comunicação pública de resultados de pesquisa, com o objetivo de ajudar autoridades e gestores a fazer o melhor uso possível de informações baseadas em evidências científicas. Agora, um grupo de pesquisadores britânicos decidiu debruçar-se sobre essas experiências para avaliar o que funcionou. O resultado desse esforço é o relatório “Using evidence – What Works?, uma parceria da organização não governamental The Alliance for Useful Evidence com pesquisadores da University College London (UCL) e da fundação de pesquisa em saúde Wellcome Trust. A íntegra do documento está disponível em pdf. “Boa parte das pesquisas é financiada com recursos públicos. Se não compreendermos como estimular o uso de seus resultados na formulação de políticas e programas eficientes, perderemos oportunidades”, explica David Gough, professor da UCL e um dos coordenadores do relatório.
Foram avaliadas mais de 150 iniciativas descritas em artigos científicos e livros publicados nos últimos anos. Em pelo menos 30 exemplos foi possível observar algum sucesso na estratégia de ampliar a assimilação de informações científicas pela sociedade. Um exemplo mencionado é o dos chamados journal clubs, como são conhecidos os fóruns de leitura e discussão de artigos científicos criados em departamentos de universidades e instituições de pesquisa. Houve uma evolução no perfil desses clubes, antes utilizados principalmente por pesquisadores de uma determinada área. Agora, tais fóruns também estão se disseminando em redes sociais – hoje, há grupos de discussão sobre temas médicos e acadêmicos, sobretudo no Twitter, que trocam informações relacionando papers recém-publicados a uma hashtagcomum. “Os journal clubs podem ajudar profissionais a encontrar o tipo certo de evidência que atenda suas necessidades”, diz o relatório. Ao compartilhar e analisar artigos científicos, profissionais de uma determinada área conseguem compreender melhor como as evidências podem se encaixar no seu trabalho, em vez de apenas seguir conselhos abstratos sugeridos por especialistas.
Saiba mais: goo.gl/rUssSy

04 novembro 2016

Workshop Scopus, ScienceDirect e Mendeley na USP

A base de dados Scopus (Elsevier) permite uma visão ampla de tudo que está sendo publicado cientificamente sobre um tema. Por meio dos mecanismos de busca e descoberta, facetas e refinamentos, você poderá encontrar as informações que necessita sobre artigos e revistas, citações e referências, métricas de impacto, além de autores e instituições de todas as áreas de conhecimento. São mais de 46 milhões de registros, 70% com resumos, atualizados semanalmente. A base Scopus reúne informações de aproximadamente 23.000 títulos de revistas de mais de 5.000 editoras de todo o mundo, além de patentes, trabalhos de eventos e ebooks. O acesso à base Scopus está disponível via Portal Capes
O Sistema Integrado de Bibliotecas da USP promove periodicamente Workshops e Treinamentos de uso dessa e de outras bases de dados, para subsidiar as atividades dos pesquisadores, alunos e docentes. Confira a Programação dos meses de outubro e novembro de 2016. Treinamentos sobre o uso de bases de dados específicas como o Engineering Village/Compendex serão oferecidos apenas em algumas localidades. Participe, divulgue, mantenha-se atualizado. 
  • Scopus é uma base de dados multidisciplinar internacionalmente reconhecida que reúne literatura técnica e científica revisada por pares.
  • ScienceDirect é uma plataforma online, que permite acesso a artigos em texto completo de diversas áreas de conhecimento.
  • Mendeley é uma ferramenta gratuita de gestão de referências e de redes sociais acadêmicas.
  • == NOVEMBRO ==
  • Workshop Scopus – ScienceDirect – Mendeley – Piracicaba – ESALQ
    Data: 07/11/2016
    Horário: 14h – 16h30
    Local: Anfiteatro do Departamento de Ciências Florestais
    Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – ESALQ/USP
    Av. Pádua Dias, 11 – Piracicaba – SP
    Ministrante: Sergio Vidal (Elsevier) 
    Link para inscrições: https://www.doity.com.br/scopus-esalq-2016

Portal de Periódicos oferece conteúdo direcionado às ciências biológicas e ambientais

O estudo da biologia e do meio ambiente apresenta abordagem inter e multidisciplinar, sendo que em muitos pontos uma área se mescla à outra. Ambas contemplam a análise integrada de fatores naturais (física, biociência, geologia e química) e sociais (ética, antropologia, economia e política) para oferecer bons resultados à sociedade – cada disciplina com suas especificidades. 

No caso das ciências ambientais, o direcionamento é para problemas relacionados ao ecossistema, como, por exemplo, remediação de espaços contaminados, conservação do meio e desenvolvimento sustentável. O biólogo, por sua vez, também atua com meio ambiente e gestão ambiental, podendo expandir seus conhecimentos para campos relacionados à biodiversidade, saúde, biotecnologia, entre outros.

O Portal de Periódicos da Capes abriga em seu acervo uma plataforma que abrange as duas áreas. Estudantes e pesquisadores têm acesso à base de dados BioOne, com periódicos em texto completo, que compreende a BioOne 1 (89 títulos) e a BioOne 2 (78 títulos). 

Os conteúdos, essencialmente ligados às ciências biológicas e às ciências ambientais, são publicados por associações profissionais e sociedades científicas, cobrindo temas como aquecimento global, pesquisas em células-tronco e ecologia. A disponibilidade de material varia de 1994 até o presente.

A base foi criada em 1999 a partir da colaboração de cinco entidades: American Institute of Biological Sciences (AIBS), Scholarly Publishing & Academic Resources Coalition (SPARC), Universidade do Kansas, Greater Western Library Alliance (formada por 12 consórcios de bibliotecas) e Allen Press.

A BioOne é uma editora sem fins lucrativos, que tem como objetivo tornar a investigação científica mais acessível. Segundo a página da marca, mais de três quartos dos conteúdos subscritos estão classificados no Journal Citation Reports (JCR), base de índices bibliométricos da editora Thomson Reuters. A plataforma BioOne atende cientistas no mundo inteiro, ligados a associações, museus, instituições de pesquisa, universidades e outros tipos de organizações.

Os usuários do Portal de Periódicos podem acessar o material assinado pela Capes por meio da opção Buscar base. Além disso, a biblioteca virtual oferece um guia de uso da BioOne na área de Materiais Didáticos

O tutorial apresenta um breve informativo sobre a abrangência da base e formas de uso da busca (básica e avançada), além de mostrar serviços e produtos. O usuário poderá visualizar dicas de pesquisa e modos de utilização de ferramentas de refinamento de resultados, como o uso de operadores booleanos e formas de truncagem. O guia está disponível em inglês.


03 novembro 2016

Livro reúne conceitos de estatística para cientistas

  A segunda edição de Estatística sem dor, de GIlson Volpato e Rodrigo Barreto, que acaba de ser lançada, é praticamente um novo livro, com 160 páginas contra 64 de quando foi publicado pela primeira vez, em 2012.
Os autores destacam a crescente importância da estatística para o conhecimento e para a produção científica: “O estatístico não participa apenas da análise de dados. Ele pode ser requisitado já na elaboração da estratégia de estudo (delineamento experimental)”.
O livro aborda temas como o uso de softwares em estatística. “Se, ao usar o teste estatístico, você trocar o lugar de colocação das variáveis, poderá gerar um erro que alguns programas não detectarão”, dizem, explicando em seguida como evitar o problema.
O livro também mostra conceitos básicos como variáveis, réplicas, delineamentos, população e amostra. Os autores demonstram diferentes situações de pesquisa, apontam qual teste é mais adequado em cada caso e como interpretar os resultados.
“Remodelamos o livro para que atendesse ao pressuposto de um ensino mais ligado à prática. Começamos com pranchas que orientam a busca do teste e de outros detalhes práticos da estatística, sendo que o leitor recorre à teoria apenas quando lhe surgem dúvidas”, disse Volpato, professor do Instituto de Biociências da Unesp, em Botucatu, à Agência FAPESP.
São diversas pranchas, como “O que a Estatística enxerga?”, “Abordagens Estatísticas – Distribuição de dados” e “Testes estatísticos – Comparações de medidas de tendência central”.
A segunda edição de Estatística sem dor destaca, em sua segunda parte, 31 bases conceituais, como “Variáveis”, “Pesquisa descritiva”, “Tipos de erros”, “Medidas de variabilidade”, “Outliers (valores discrepantes)” e “Frequências e proporções”.
Os autores também discutem, na parte “Complementos estatísticos”, temas como “Sujeito da pesquisa”, “Amostragem aleatória”, “Tamanho da amostra” e “Comparação de média com valor fixo”.