Disseminados a partir da pandemia de Covid-19, encontros científicos on-line delineiam nova maneira de compartilhar conhecimento
Cientes de que os riscos de contaminação pelo vírus Sars-CoV-2 tornaram inviável a realização de reuniões acadêmicas presenciais pelo menos até o final de 2020, comissões organizadoras de congressos e conferências de distintas áreas do saber têm buscado, no mundo digital, uma nova maneira de dar continuidade à troca de conhecimento entre integrantes da comunidade científica. “Para evitar o cancelamento dos encontros, passamos a enxergar a necessidade de planejar eventos on-line durante o período de isolamento social”, explica Bianca Amaro, coordenadora-geral de pesquisa do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) e integrante da comissão organizadora da 11ª Conferência Luso-brasileira de Ciência Aberta, evento internacional voltado para a discussão sobre acesso, troca e difusão do conhecimento científico cuja realização acontece alternadamente em cidades do Brasil e de Portugal.
Se as conferências on-line oferecem vantagens como a diminuição de custos, por outro lado apresentam o desafio de administrar a presença de um público em alguns casos muitas vezes mais amplo. Estruturado para receber cerca de 300 participantes, a edição deste ano do Congresso de Anestesiologia da Universidade de São Paulo (USP) – promovido desde 2014 pela disciplina de anestesiologia da Faculdade de Medicina (FM-USP) – extrapolou qualquer expectativa dos organizadores, com mais de 7,5 mil inscritos. “Foi um grande desafio porque, além de não termos experiência prévia em eventos desse tipo, o imenso número de interessados trouxe grande responsabilidade para a equipe técnica”, explica uma das responsáveis pelo congresso, a professora da FM-USP Claudia Marquez Simões. Saiba mais.
Fonte: Pesquisa FAPESP - out. 2020