13 novembro 2020

Pós-graduação - Desafios para 2021

Em mais uma matéria da série Desafios 2021, o pró-reitor de Pós-Graduação, Carlos Gilberto Carlotti Junior, destaca que um dos desafios da área será aliar as atividades presenciais com o ensino remoto

A suspensão das atividades presenciais na Universidade em função da quarentena imposta pela covid-19 acentuou necessidades que já estavam no radar da Pró-Reitoria de Pós-Graduação. “A pandemia nos mostrou que é preciso que o aluno tenha participação ativa na escolha do que quer aprender e seja mais independente na busca desse conhecimento, pois suas atividades futuras poderão ser diferentes das que conhecemos atualmente. Com isso, em 2021, devemos incentivar os programas a promoverem mudanças nas disciplinas”, avalia o pró-reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior. 
Neste segundo semestre, as aulas continuam sendo ministradas de forma remota. De fevereiro a junho, nos cerca de 260 programas, quase 1.700 disciplinas foram oferecidas e tiveram 17,5 mil alunos regulares matriculados, dos quais  4.720 foram ingressantes. Além disso, 2.500 dissertações e teses foram defendidas nesse período e foram realizados 2.198 exames de qualificação.
“A pós-graduação se baseia em três pilares: as atividades que o estudante desenvolve no laboratório, na biblioteca ou em trabalho de campo, seu contato com o orientador e as disciplinas propriamente ditas. Os dois primeiros devem ser realizados presencialmente, é o que caracteriza uma universidade de pesquisa, mas as disciplinas precisam ser atualizadas com metodologias ativas, permitindo o contato constante com o ministrante e os outros participantes, e as tecnologias não presenciais podem ser importantes neste processo de aperfeiçoamento. Este é um dos nossos desafios para 2021”, afirma Carlotti.   
“As disciplinas deverão sofrer modificações com a introdução das ferramentas de ensino on-line, que ajudaram em 2020 a criar um novo modo do aluno se comunicar e de interagir com seu orientador, por exemplo. Isso não quer dizer que iremos substituir um modelo antigo por um novo, mas sim incorporar esses novos instrumentos, que serão vantajosos para todos”, explica.
Outro benefício da adoção das novas tecnologias apontado por Carlotti é a possibilidade da ampliação do acesso às disciplinas. “Hoje uma disciplina sobre a covid-19 tem mais de 450 alunos matriculados de todos os campi da USP, contando com especialistas de universidades internacionais, o que seria impossível em um modelo somente presencial”, diz.    Saiba mais.
Fonte: Jornal da USP -  12/11/20