Em mais uma matéria da série Desafios 2021, o pró-reitor de Pós-Graduação, Carlos Gilberto Carlotti Junior, destaca que um dos desafios da área será aliar as atividades presenciais com o ensino remoto
A suspensão das atividades
presenciais na Universidade em função da quarentena imposta pela covid-19
acentuou necessidades que já estavam no radar da Pró-Reitoria de Pós-Graduação.
“A pandemia nos mostrou que é preciso que o aluno tenha participação ativa na
escolha do que quer aprender e seja mais independente na busca desse
conhecimento, pois suas atividades futuras poderão ser diferentes das que
conhecemos atualmente. Com isso, em 2021, devemos incentivar os programas a
promoverem mudanças nas disciplinas”, avalia o pró-reitor Carlos Gilberto
Carlotti Junior.
Neste segundo semestre, as aulas continuam sendo ministradas de
forma remota. De fevereiro a junho, nos cerca de 260 programas, quase 1.700
disciplinas foram oferecidas e tiveram 17,5 mil alunos regulares matriculados,
dos quais 4.720 foram ingressantes. Além disso, 2.500 dissertações e
teses foram defendidas nesse período e foram realizados 2.198 exames de
qualificação.
“A pós-graduação se baseia em três pilares: as
atividades que o estudante desenvolve no laboratório, na biblioteca ou em
trabalho de campo, seu contato com o orientador e as disciplinas propriamente
ditas. Os dois primeiros devem ser realizados presencialmente, é o que
caracteriza uma universidade de pesquisa, mas as disciplinas precisam ser
atualizadas com metodologias ativas, permitindo o contato constante com o
ministrante e os outros participantes, e as tecnologias não presenciais podem
ser importantes neste processo de aperfeiçoamento. Este é um dos nossos
desafios para 2021”, afirma Carlotti.
“As disciplinas deverão sofrer
modificações com a introdução das ferramentas de ensino on-line, que ajudaram
em 2020 a criar um novo modo do aluno se comunicar e de interagir com seu
orientador, por exemplo. Isso não quer dizer que iremos substituir um modelo
antigo por um novo, mas sim incorporar esses novos instrumentos, que serão
vantajosos para todos”, explica.
Outro benefício da adoção das novas tecnologias apontado por Carlotti é a possibilidade da ampliação do acesso às
disciplinas. “Hoje uma disciplina sobre a covid-19 tem mais de 450 alunos
matriculados de todos os campi da USP, contando com especialistas de
universidades internacionais, o que seria impossível em um modelo somente
presencial”, diz. Saiba mais.
Fonte: Jornal da USP - 12/11/20