Seria possível uma organização se transformar
em um agente influenciador no ambiente digital? Foi a partir desta pergunta que
a pesquisadora Carolina Terra norteou seu estudo de pós-doutorado na Escola de
Comunicações e Artes (ECA) da USP, sob a supervisão da professora Elizabeth
Saad, do Departamento de Jornalismo e Editoração (CJE). Carolina finalizou o
pós-doc no ano passado e acaba de lançar o livro Marcas Influenciadoras Digitais, em que apresenta os resultados da pesquisa.
Carolina Terra é mestre e doutora pelo Programa de
Pós-graduação em Ciências da Comunicação (PPGCOM) e integrante do grupo de pesquisa COM+. No pós-doc que dá origem ao livro, ela discute
os conceitos de broadcast, referindo-se às grandes empresas de comunicação; socialcast, termo ligado à comunicação em rede entre indivíduos e o
surgimento dos influenciadores digitais e, finalmente, o brandcast, que se aplica a ideia das marcas como
publicadoras de conteúdo no ambiente digital.
A autora também passa pelo conceito
de influência e discute a relação entre marcas e influenciadores digitais.
Finalmente, Carolina aborda como as marcas e organizações podem atuar como produtoras
de conteúdo e disseminadoras de informações por meio de seus próprios canais,
ou seja, elas próprias serem publishers de conteúdo e agentes influenciadores.
Carolina desenvolveu no pós-doc a metodologia REATIVA, em que
coloca toda essa teoria na prática das organizações. O nome é um acrônimo que
significa Relacionamento/Reconhecimento, Entretenimento/Engajamento,
Ação/Autenticidade, Transparência, Interação, Visibilidade e Avaliação. Por
meio da aplicação de um questionário, em que vão se somando ou subtraindo
pontos, é possível aplicar a metodologia em diferentes entidades, sejam elas
públicas, privadas ou organizações do terceiro setor.
Fonte: Jornal da USP - 19/03/21