10 junho 2021

Alfabetização cartográfica ajuda a entender mapas e suas imperfeições

Impressos ou digitais, mapas são distorcidos e trazem visões de mundo, objetivos e linguagem de quem os produz; Laboratório de Cartografia e Geoprocessamento da USP estuda o tema

Do ponto de vista da cartografia, que busca representar graficamente uma área geográfica, os mapas são imperfeitos e distorcidos. A explicação para isso está na impossibilidade de representar em um plano cartesiano algo que não é plano. Para representar a superfície curva da Terra é necessário fazer projeções. Existem muitas delas, de vários tipos, mas poucas são utilizadas com frequência. 
“Cada projeção pode preservar ou distorcer a forma, o tamanho ou os ângulos do mapa. Não há nenhuma projeção sem deformação, mas, dependendo do objetivo do mapeamento, algumas são toleráveis e outras não.” A explicação é da professora da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, em São Paulo, Rúbia Gomes Morato. Desde 2015, ela coordena o Laboratório de Cartografia e Geoprocessamento da USP, conhecido como Labcart.
Os ma
pas evoluíram muito com a tecnologia.  Um ponto positivo dessa mudança é a possibilidade de trabalhar com uma quantidade muito maior de dados. É possível gerar modelos digitais de terreno com dados centimétricos, ou elaborar um mapeamento com informações de imagens de satélites com muitos detalhes. A quantidade de informação é cada vez mais precisa.  Saiba mais.    Fonte: Jornal da USP - 09/06/21