Etapa de modelagem 3D do edifício-monumento e do Parque da Independência deve ser finalizada até o segundo semestre de 2021 e permitirá visitas virtuais, criação de jogos e até controle da segurança
O Museu do Ipiranga está mapeando seu acervo com o objetivo de construir um modelo tridimensional completo. A modelagem 3D inclui o próprio edifício-monumento do museu e as demais dependências do Parque da Independência, no bairro do Ipiranga, em São Paulo. O projeto avança para a segunda etapa, num processo que começou em 2019 com a fase de captação das imagens internas e externas usando scanners a laser e drones. Durante quase um ano, foi realizado o escaneamento da arquitetura, o levantamento das esculturas e o registro de objetos selecionados.
De acordo com a Autodesk, empresa de desenvolvimento de softwares que realiza o mapeamento, a iniciativa permitirá uma série de desdobramentos. Entre eles, a criação de ambientes virtuais, que poderão ser usados para a criação de jogos educativos e visitas à distância, além da integração de sistemas de segurança e de conservação do patrimônio. O registro digital pode, ainda, apoiar a realização de pesquisas ao disponibilizar um banco de dados em 3D.
“O futuro do Museu do Ipiranga é digital porque ele é uma referência nacional e queremos que pessoas de todo o Brasil conheçam as nossas coleções e o conhecimento que geramos a partir delas. Nós estamos trabalhando em uma plataforma para oferecer exposições virtuais, um catálogo on-line, jogos e outras formas de interatividade. Tudo isso a partir de 2022”, destacou a professora e curadora do Museu do Ipiranga, Solange Ferraz de Lima, durante a 19ª Semana Nacional de Museus, que ocorreu entre os dias 17 e 23 de maio. O evento propôs uma reflexão sobre o tema “O Futuro dos Museus: Recuperar e Imaginar”, a partir dos desafios enfrentados hoje, como segurança, democratização da informação, inclusão social e novas tecnologias.
Saiba mais. Fonte: Jornal da USP - 10/06/21