Economista do Ipea propõe que o investimento em ciência seja mais ousado
e contemple, além da ciência básica, também a solução de grandes desafios da
sociedade
Um estudo publicado em junho por pesquisadores do Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) estimou um crescimento em 2021 de mais de
200% nos recursos que estariam disponíveis no Fundo Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (FNDCT), principal instrumento federal de financiamento
da ciência, depois da aprovação de uma lei que vedou o expediente de usar o
dinheiro do fundo para compor o superávit primário. Esse aumento acabou adiado
por uma manobra do governo, que só promulgou a derrubada de vetos à nova lei
dois dias após a aprovação do orçamento de 2021, mas é esperado para 2022.
Um dos autores do estudo, o economista André Tortato Rauen, vem se debruçando sobre o projeto de lei orçamentária em discussão no Congresso e constatou que os recursos integrais do FNDCT estão mesmo previstos para 2022 – da ordem de R$ 8,6 bilhões. Mas ele enxerga entraves que podem atrapalhar a execução do dinheiro. Um desafio está relacionado ao calendário de desembolso – se o governo só liberar os recursos no final do ano, isso pode inviabilizar uma aplicação eficiente. Rauen também avalia que faltam projetos ousados para absorver o crescimento de recursos. Na entrevista a seguir, ele fala sobre as perspectivas de financiamento à ciência e defende que o investimento seja menos pulverizado e contemple, além da pesquisa básica, a solução de grandes problemas da sociedade.
Um dos autores do estudo, o economista André Tortato Rauen, vem se debruçando sobre o projeto de lei orçamentária em discussão no Congresso e constatou que os recursos integrais do FNDCT estão mesmo previstos para 2022 – da ordem de R$ 8,6 bilhões. Mas ele enxerga entraves que podem atrapalhar a execução do dinheiro. Um desafio está relacionado ao calendário de desembolso – se o governo só liberar os recursos no final do ano, isso pode inviabilizar uma aplicação eficiente. Rauen também avalia que faltam projetos ousados para absorver o crescimento de recursos. Na entrevista a seguir, ele fala sobre as perspectivas de financiamento à ciência e defende que o investimento seja menos pulverizado e contemple, além da pesquisa básica, a solução de grandes problemas da sociedade.
Fonte: Pesquisa FAPESP - jan. 2022