Se o consumidor diz que o livro
é caro, precisamos respeitar a sua opinião, diz a professora. O mercado editorial é muito variado e complexo. Há livros e livros. E
há livros, ou melhor, há subsetores ou mesmo temáticas cujos livros são mais
caros do que outros. Os caminhos para a gente compreender essa realidade são
muitos. O que se pode dizer em meio a esse universo tão rico e
diversificado de papel e tinta é que existem livros para todos os bolsos. A
questão se complica para edições de nicho, aquelas que saem com uma tiragem
pequena, não excedendo os mil exemplares, como é o caso do subsetor CTP e,
dentro dele, os livros universitários, que mais perderam mercado nos últimos
anos. A lei de regulação do preço do livro, a chamada Lei Cortez, é
mais do que bem-vinda, afirma a professora. Está provado que o preço do livro
caiu após a adoção dessa lei em muitos países; e que o preço subiu onde a lei
foi abandonada e adotado o livre-comércio, como é o caso da Inglaterra.
Ouça a entrevista. Fonte: Jornal da USP – 18/08/23