Os dados sobre a produção científica
paulista e brasileira indexada, publicada em
2022, mostram a interrupção do longo período de expansão desses indicadores,
que vinham mostrando crescimento ininterrupto desde 1988.A queda foi
significativa, em relação aos números de 2021: no caso do Brasil, passou de
72,9 mil para 59,9 mil publicações (-17,9%) e, no de São Paulo, de 30,6 mil
para 25,1 mil (-17,8%). Em
São Paulo, o declínio em 2022 ocorreu em todas as grandes áreas do
conhecimento, com menor intensidade na área de Ciências da saúde (-12%). Em
contraste, nas Ciências agrárias a retração foi a mais intensa (-23,9%). Nas
demais áreas, a taxa de variação ficou em torno da média geral (de -18% a -17%).
Entre os elementos que podem ter contribuído para esses movimentos, destaca-se
a diminuição do número de titulações no doutorado no período da pandemia (ver Pesquisa FAPESP nº 313). Pode-se supor que tal
diminuição tenha implicado menor produção de teses e de artigos científicos, só
detectada em 2022, dois anos após a queda no número de titulações. Saiba mais.
Fonte: Pesquisa FAPESP - ago. 2023