22 novembro 2023

Quebrando o oligopólio da publicação científica

No início de novembro, um artigo na Quantitative Science Studies estimou que entre 2015 e 2018 um oligopólio de apenas cinco editoras acadêmicas – Elsevier, Wiley, Springer-Nature, Taylor & Francis e Sage – faturou mais de US$ 1 bilhão ao redor do mundo cobrando taxas de publicação de artigos científicos. O trabalho quase certamente subestima o valor atual, tanto porque os preços aumentaram como porque o mercado cresce em ritmo acelerado: uma estimativa do ano passado coloca o total de gastos com taxas de publicação científica no mundo em torno de US$ 2 bilhões. A ideia de pagar para publicar ciência é um fenômeno recente, implantado como forma de financiar a divulgação de conteúdo científico em acesso aberto. Ainda que a migração do sistema de publicação para o ambiente online tenha tornado a abertura tecnicamente viável, ela foi inicialmente impedida pelo fato das revistas científicas terem caído nas mãos de grandes editoras comerciais, que mantiveram um modelo baseado em assinaturas, cobrando taxas exorbitantes de indivíduos, instituições ou países pelo acesso a conteúdo protegido por paywalls.   Saiba mais.   
Fonte: Jornal da Ciência - 22/11/23