27 setembro 2017

Nova ferramenta de métrica auxilia os usuários a localizar títulos mais citados

As métricas CiteScore – um novo padrão para medir o impacto da citação em série – estão disponíveis gratuitamente para mais de 22.600 títulos na plataforma Scopus, da editora Elsevier. A base de dados compõe o acervo do Portal de Periódicos da CAPES. 


O CiteScore calcula as citações de todos os documentos no primeiro ano para os documentos publicados nos três anos anteriores para um título. Por exemplo: para calcular um valor de 2015, o CiteScore conta as citações recebidas em 2015 para os documentos publicados em 2012, 2013 e 2014. Este número é dividido pela quantidade de documentos indexados no Scopus, publicados em 2012, 2013 e 2014.


As métricas são encontradas no próprio Scopus, na seção Sources. Os dados de 2016 já estão disponíveis para acesso. De acordo com os registros mais recentes, as dez revistas científicas com maior quantidade de citações são:


1. PLoS ONE 
2. Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America (PNAS)
3. Nature
4. Journal of the American Chemical Society
5. Science
6. Nature Communications
7. Angewandte Chemie - International Edition
8. Scientific Reports
9. New England Journal of Medicine
10. RSC Advances

Os usuários do Portal de Periódicos da CAPES têm acesso a todos os títulos elencados acima. Além do recurso utilizado para chegar à lista supracitada (Citations 2016), dentro da ferramenta há outras opções de filtros para verificar a colocação das publicações, além de ser possível refinar as revistas científicas por área, título e ano.

Plataforma de resumos e citações reúne mais de 60 milhões de registros

Os usuários do Portal de Periódicos da CAPES encontram no acervo da biblioteca virtual a plataforma multidisciplinar Scopus, da editora Elsevier. Trata-se de uma ferramenta de grande utilidade para toda a comunidade acadêmica, incluindo pesquisadores, graduandos, docentes, pós-graduandos e bibliotecários que visam sempre ampliar e melhorar pesquisas e trabalhos científicos.

A Scopus cobre as áreas de Ciências Sociais, Ciências Exatas, Ciências Humanas e Ciências Biológicas com resumos e citações de diversos tipos de arquivos. De acordo com o site da editora, o conteúdo inclui cerca de 130 mil livros (sendo que aproximadamente 10 mil títulos são incluídos por ano) e mais de 60 milhões de registros, que incluem periódicos revisados por pares, publicações comerciais e articles-in-press (ou seja, que foram aceitos para publicação) de grandes editoras internacionais, como Cambridge University Press, Springer Nature e Wiley.

Na base, também é possível localizar mais de quatro mil publicações de acesso aberto, anais de conferências, páginas da web com conteúdos científicos e patentes de escritórios. O usuário ainda pode utilizar ferramentas de apoio à análise de resultados (bibliometria), como identificação de autores e filiações, análise de citações, análise de publicações e índice H. A plataforma é atualizada diariamente e conta com recursos que auxiliam o pesquisador nas buscas, tais como criação de alertas (que podem ser criados e administrados de acordo com a frequência desejada) e listas (para armazenar documentos durante a sessão de busca).

A área de Materiais didáticos do Portal de Periódicos abriga dois documentos sobre a Scopus para que os usuários aprofundem o conhecimento sobre a base e esclareçam dúvidas: um guia rápido e um guia completo. Os arquivos oferecem informações sobre tipos de busca, forma de selecionar alertas e feeds, opções de exportação dos resultados, quantidade e tipos de publicações disponíveis, diferenciais do conteúdo, entre outros pontos.

Para explorar os recursos da plataforma Scopus, acesse a opção Buscar base do Portal de Periódicos.

Nature.com passa por atualizações

A Nature – que se uniu em 2015 à Springer, compondo agora a Springer Nature – anunciou que está promovendo melhorias gradativas em seus produtos, em busca de desenvolver uma infraestrutura que combine características das duas marcas e garanta a qualidade do acesso para os usuários. Vários conteúdos da editora podem ser encontrados no acervo do Portal de Periódicos da CAPES.

“Temos trabalhado arduamente para desenvolver um site atualizado para a nature.com, com o objetivo de disponibilizar nossos periódicos em uma plataforma moderna e que atenda às necessidades de usuários, autores e editores”, anunciou a Springer Nature. De acordo com a marca, alguns títulos já estão na nova plataforma (como o Nature Astronomy e o Nature Ecology and Evolution). Durante o período de mudança, os links não serão alterados e o acesso não deve ser interrompido. Nos próximos meses, as outras revistas científicas também passarão pelo processo de migração.

Segundo a Springer Nature, além do upgrade no design, que otimiza a experiência de navegação, a plataforma oferece outras vantagens para o usuário: nova funcionalidade em páginas de artigos, proporcionando a possibilidade de alternar rapidamente as seções ou visualizar figuras ao lado de texto; capacidade aprimorada de destacar artigos de interesse ou anúncios na página inicial da publicação; integração de métricas e oportunidade de exibir os artigos mais buscados na página inicial do periódico.


Pelo Portal de Periódicos, os usuários podem localizar os conteúdos disponíveis pela opção Buscar base (utilizando como palavras-chave os nomes da editora separadamente: Springer ou Nature). Também é possível pesquisar diretamente as publicações no link Buscar periódico.


Conteúdos da Thomson Reuters são adquiridos pela Clarivate Analytics

A editora Thomson Reuters, parceira do Portal de Periódicos da CAPES desde 2004, está passando por mudanças. Alguns conteúdos da editora foram adquiridos pela marca Clarivate Analytics. Apesar da aquisição, todos os conteúdos assinados pela CAPES (Web of Science, Derwent World Patents Index, Journal Citation Reports e Integrity) serão mantidos e atualizados conforme o padrão já conhecido pelos usuários.

O lançamento da nova marca foi realizado em janeiro de 2017, mas a previsão para transição efetiva é até outubro. A Clarivate Analytics acelera o ritmo da inovação, fornecendo informações e análises confiáveis aos usuários e permitindo que eles descubram, protejam e comercializem novas ideias mais rapidamente. Dessa forma, a qualidade do conteúdo oferecido segue em expansão, assim como a Thomson Reuters sempre garantiu à comunidade acadêmica.

Durante o período de mudanças, a interface dos conteúdos passará gradativamente por modificações. Em algumas plataformas, como Web of Science e Integrity, já é possível visualizar a identidade visual da Clarivate. Pelo Portal de Periódicos, os usuários encontram as plataformas listadas abaixo. Para acessá-las, é necessário entrar na opção Buscar base e digitar o nome da ferramenta.

Web of Science
Permite a análise do conteúdo de mais de 12.700 revistas científicas de ampla influência no mundo, por sua qualidade em todas as áreas do conhecimento. Mediante acesso a dados bibliográficos completos e curados para os campos de autores, suas afiliações, suas referências citadas e fontes de financiamento, a plataforma garante a análise do “estado da arte” em qualquer âmbito da ciência. 

Por meio da parceria entre Web of Science e Google Scholar, o usuário tem a possibilidade de ter acesso a textos completos nesse buscador. As ferramentas de análise contemplam todos os campos bibliográficos, permitindo refinar buscas e ordenar os resultados para destacar contagem de citações, contagem de utilização na base ou calcular o índice H.

Journal Citation Reports (JCR)
A base estatística JCR é um recurso que permite avaliar e comparar  revistas científicas utilizando dados de citações extraídos da Web of Science. Além de calcular o Fator de Impacto oficial e do ranking do título dentro de sua categoria, a plataforma permite visualizar indicadores de repercussão ou de longevidade no impacto de uma revista científica. Permite aos pesquisadores fundamentar suas decisões de submissões de manuscritos e recomendações para aquisição de periódicos.

O JCR avalia títulos de mais de cinco mil editores e cerca de 200 disciplinas de ciências exatas, naturais e sociais de mais de 100 países. É possível verificar estatística de citações desde 1997 até o presente.

22 setembro 2017

Produção científica acessível

Acesso aberto a artigos publicados por revistas do Brasil é significativo, mas impacto ainda é limitado


O Brasil se destaca no panorama internacional do acesso aberto, movimento lançado no início dos anos 2000 com o objetivo de tornar a produção científica disponível on-line e sem custo para os leitores. Segundo dados compilados pelo grupo de pesquisa espanhol Scimago, 33,5% dos artigos de autores brasileiros indexados na base de dados Scopus em 2016 foram divulgados em periódicos que oferecem livremente para leitura na web todo o seu conteúdo assim que ele é publicado, num modelo conhecido como “via dourada”. Trata-se da maior proporção entre as 15 nações com maior volume de produção científica cadastrada na Scopus. O país também se distingue no ranking das nações com maior número de periódicos científicos de acesso aberto.
O engajamento de periódicos do Brasil no acesso aberto, que se contrapõe ao modelo tradicional de acesso por assinaturas, teve início antes mesmo de o movimento ser criado internacionalmente. Tomou impulso a partir de 1997 com a criação da biblioteca virtual SciELO (sigla de Scientific Electronic Library Online), programa financiado pela FAPESP com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que reúne atualmente 283 periódicos do Brasil disponíveis na web – no total, eles publicaram mais de 300 mil artigos que foram objeto de uma média de 810 mil downloads diários nos oito primeiros meses de 2017.
Leia mais: goo.gl/doYDq2

O papel decisivo das universidades

Instituições de ensino e pesquisa são a arena mais importante para combater a má conduta, afirma editorial publicado na revista Science

O debate sobre o papel de universidades, revistas científicas e agências de fomento na promoção da integridade científica teve uma espécie de freio de arrumação em um editorial publicado na revista Science no dia 11 de agosto, assinado por dois vice-presidentes da Universidade Columbia, em Nova York. No texto, disponível em bit.ly/stepquality, a advogada Naomi Schrag e o geofísico Graham Michael Purdy disseram estranhar o silêncio dos reitores e dirigentes acadêmicos na discussão sobre as responsabilidades de diversos atores da comunidade científica no combate à má conduta – e lembraram que as universidades são a arena decisiva na promoção de padrões elevados de qualidade de pesquisa. Segundo o editorial, as instituições acadêmicas não devem terceirizar para editores de revistas, financiadores e sociedades científicas o trabalho de garantir que a base da ciência seja sólida e os resultados, válidos. “As agências, os periódicos e as sociedades não estão dentro de laboratórios, não fazem pesquisa clínica nem saem a campo. Não analisam dados, escrevem artigos ou produzem imagens”, escreveram Schrag e Purdy. Na avaliação da dupla de Columbia, os líderes das universidades dispõem das ferramentas adequadas para promover as boas práticas e garantir a acurácia dos resultados de pesquisa.

Indicadores de qualidade rotineiramente alardeados pelas universidades, como a capacidade de obter financiamento e de publicar artigos em revistas de alto impacto, dependem de uma base sólida de metodologias robustas e de resultados divulgados de forma transparente, afirmaram no texto. “As universidades devem reforçar publicamente o valor da qualidade da pesquisa, utilizando-a como critério para processos de seleção, promoções e recompensas. Também devem garantir recursos para difundir essa mensagem entre estudantes e pessoal de todos os níveis, por meio de treinamento em planejamento de experimentos e análise de dados.”   Leia mais: goo.gl/zbvvg9

F1000 Workspace - Além de um gerenciador de referência

Uma maneira fácil e intuitiva de descobrir, ler, anotar, escrever e compartilhar pesquisas científicas

Salve referências diretamente da web, incluindo Google Scholar e PubMed. Sempre que você encontrar um artigo interessante, salve o link da web, os dados de citações completas e o PDF.

Você pode ver suas anotações e comentários de co-autor sem deixar seu documento. Depois de fazer uma anotação, você pode pesquisar facilmente para encontrá-los. As notas são acessíveis onde quer que você veja o artigo ou o PDF na web.

Nosso algoritmo sugere artigos para garantir que você nunca perca um artigo importante. Você também pode procurar artigos relacionados enquanto escreve seu artigo.

Encontre suas referências e procure vários bancos de dados, tudo dentro do Microsoft Word e do Google Docs. O aplicativo gera automaticamente sua bibliografia em um dos mais de 7.000 estilos. Nunca perca um artigo importante com sugestões de citação inteligente.

Leia, anote e salve artigos de qualquer computador, celular ou tablet (Android e iOS). Tenha todas as suas referências, notas e artigos sugeridos disponíveis em todos os seus dispositivos. 
Acesse o site:  https://f1000workspace.com/

19 setembro 2017

Zotero - organize, cite e compartilhe suas fontes de pesquisa

Colete sua pesquisa com um único clique

Um assistente de pesquisa pessoal

Um assistente de pesquisa pessoal Zotero é a única ferramenta de pesquisa que detecta automaticamente o conteúdo em seu navegador, permitindo que você adicione a sua biblioteca pessoal com um único clique. Se você está procurando um artigo de jornal da JSTOR, uma notícia do New York Times ou um livro do catálogo da biblioteca da sua Universidade, o Zotero tem cobertura e suporte para milhares de sites.

Armazene qualquer coisa
Zotero coleta todas as suas pesquisas em uma única interface, pesquisável. Você pode adicionar PDFs, imagens, arquivos de áudio e vídeo, instantâneos de páginas da web e realmente qualquer outra coisa. O Zotero indexa automaticamente o conteúdo de texto completo da sua biblioteca, permitindo que você encontre exatamente o que você está procurando com apenas algumas teclas.  Disponível para Mac, Windows e Linux.

Acesse o site: https://www.zotero.org/

Aplicativos móveis da USP

Bibliotecas USP
Você pode buscar no acervo do Sistema Integrado de Bibliotecas (SIBi) da USP diretamente do seu iPhone, iPod Touch ou iPad. Encontre a localização de uma publicação na USP e verifique sua disponibilidade.  iOS ]     [ Android ]

Jornal da USP
O Jornal da USP traz as principais notícias da Universidade de São Paulo, incluindo pesquisas científicas, acontecimentos  culturais e acadêmicos, e o calendário de eventos nos vários campi da USP.   [ iOS ]     [ Android ]

Telefones USP
Localize os telefones de docentes e funcionários e de locais (Unidades, institutos, órgãos centrais, etc.) da Universidade de São Paulo diretamente no seu iPhone, iPod Touch ou iPad.   [ iOS ].

Campus USP
Acesse a central da Guarda Universitária do seu campus diretamente no caso de uma emergência. Veja um mapa com as ocorrências recentes de segurança. Participe e colabore com a prefeitura do seu campus relatando problemas que você observa. Ajude a USP a ser mais segura e a ter um ambiente bem mantido.
[ iOS ]     [ Android ]


18 setembro 2017

Falta de cuidado em artigos de revisão

Os artigos de revisão, aqueles trabalhos científicos que organizam dados da literatura existente em uma determinada área do conhecimento, nem sempre são escritos com o cuidado necessário para evitar a citação de papers com dados incorretos ou com suspeita de má conduta. A conclusão é de um estudo realizado por pesquisadores da Suíça, França e Alemanha, publicado pela revista BMJ Open. Foram analisados 118 artigos de revisão publicados em 2013 em quatro periódicos da área médica: Annals of Internal MedicineThe British Medical JournalThe Journal of the American Medical Association e The Lancet.

Os pesquisadores investigaram se os autores haviam seguido seis procedimentos importantes para prevenir a inclusão de dados equivocados ou fraudados nos artigos de revisão. A conclusão é que em apenas metade dos trabalhos os autores adotaram três ou mais desses procedimentos capazes de detectar problemas.

Os procedimentos são os seguintes: cotejar resultados de papers citados com dados brutos de testes clínicos; entrar em contato com os responsáveis pelos artigos para ter acesso a resultados não publicados; avaliar se há publicações duplicadas sobre o mesmo achado; verificar se houve interferência dos patrocinadores nos artigos; analisar possíveis conflitos de interesse; e checar se as pesquisas descritas nos papers passaram por comitês de ética. Para verificar se as recomendações foram adotadas, os pesquisadores analisaram os artigos de revisão, em busca de relatos dos métodos utilizados, e entraram em contato com os autores para fazer perguntas adicionais.

O estudo observou que 11 dos 118 trabalhos de revisão não levaram em consideração nenhum dos procedimentos. Em 79 (66%), seus autores buscaram dados brutos; em 73 (62%), fez-se contato com autores dos papers originais; em 81 (69%), procuraram-se artigos duplicados e apenas em 5 (4%) foram analisados conflitos de interesse. Verificou-se também que somente três trabalhos de revisão (2,5%) checaram se os estudos revisados passaram por comitês de ética.

Os pesquisadores observaram que poucos autores de artigos de revisão denunciam sinais de má conduta que encontram durante a revisão da literatura. Sete autores admitiram ter incluído na revisão papers sobre os quais havia alguma suspeita, como sinais de plágio ou manipulação de imagens, mas apenas dois fizeram advertências no artigo de revisão. “Quando autores de revisão suspeitam de má conduta em algum artigo, parece que eles não sabem o que fazer com essa informação”, disse Nadia Elia, pesquisadora da Universidade de Genebra, na Suíça, e autora principal do estudo, ao site Retraction Watch.

15 setembro 2017

Como aumentar o impacto de artigos científicos

Cooperação internacional, originalidade, ousadia, debate entre pares e cuidado com a estatística foram algumas questões levantadas em simpósio sobre publicações

O número de artigos publicados por pesquisadores brasileiros cresceu muito nos últimos 20 anos. Porém, o impacto dessas pesquisas não acompanhou o mesmo crescimento. Para pensar em maneiras de reverter o cenário, especialistas se reuniram no 1st Symposium on High Impact Publications, no Instituto Butantan. O evento teve o intuito de debater estratégias para que a ciência praticada no país conquiste mais relevância.

“Em 20 anos tivemos pouca evolução de impacto e os problemas estão em todas as áreas. É verdade que algumas conquistaram mais espaço, como é o caso de Clínica Médica e Física. No entanto, o fato é que, na média, nunca o impacto dos artigos brasileiros foi maior do que a média do impacto mundial”, disse Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP.

Para Brito Cruz é possível observar uma relação entre colaboração internacional e o aumento do impacto dos artigos. “Acredito que a colaboração internacional seja uma boa estratégia, uma delas, para se ter mais impacto. Olhando o histórico de Espanha e Itália, que cresceram muito nesse quesito nos últimos anos, a colaboração parece funcionar, mas isso não deve virar um dogma. De qualquer forma, antes de ter publicações de impacto, é preciso ter pesquisa de impacto”, disse.
No simpósio, os especialistas, além de estimular a colaboração internacional, destacaram a importância de aumentar o impacto das revistas científicas brasileiras e a oferta de melhores condições para a realização de projetos de pesquisa de maior ousadia e duração. 
Leia mais: goo.gl/2Hk2QY

14 setembro 2017

A ciência sedutora que habita prateleiras

Em tempos de cliques e curtidas, a divulgação científica feita em livros se destaca pela capacidade de explorar narrativas e mergulhar em cada assunto


A divulgação científica tem encontrado novos formatos e canais de propagação ano após ano, desde as conversas bem-humoradas registradas em podcasts e vídeos até as breves pílulas de conhecimento espalhadas via redes sociais. Sem contar os tradicionais jornais e revistas, hoje presentes também na internet, que continuam tendo importante papel na popularização das descobertas e discussões do universo da ciência.
Neste cenário de tantas possibilidades interativas, instantâneas e de fácil disseminação, engana-se quem pensa que os livros de divulgação científica perdem seu valor ou ficam fadados ao esquecimento nas prateleiras de bibliotecas e livrarias. Talvez seja até o contrário e, em meio aos novos caminhos, a relevância do livro fique ainda mais evidente.
“Apesar da enorme disponibilidade de informação na internet, ficamos perdidos diante de tanto conteúdo de má qualidade, superficial ou de fontes duvidosas. Os livros ocupam um espaço que, por mais que digam que está em extinção, não será substituído”, afirma Germana Barata, pesquisadora na área de comunicação da ciência e professora do Mestrado em Divulgação Científica e Cultural do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor), da Unicamp.
Para ela, os meios de divulgação da ciência, por possuírem perfis e demandas diferentes, conseguem conversar entre si e se complementar. “Não se trata de simples concorrência”, defende a pesquisadora. É o caso de conjuntos de postagens de redes sociais que se transformam em livros ou de canais de vídeos que ganham programas de televisão.
De acordo com Simone Pallone, jornalista e pesquisadora do Labjor, o livro é um meio interessante para divulgar ciência e tecnologia graças à sua capacidade de reinvenção e de atingir diferentes grupos de pessoas. “Muitos livros escritos por cientistas falam a um público amplo, despertam o interesse de leigos”, argumenta. “Origem das espécies, por exemplo, no qual Darwin apresenta a Teoria da Evolução, é um livro de divulgação científica cuja relevância nem precisamos comentar. Carl Sagan é um bom representante da literatura de ciência para público geral, assim como o Oliver Sacks”, ressalta.
“Autores-cientistas” como estes vêm garantindo, nas últimas décadas, o espaço da divulgação científica em listas de best-sellers de todo o mundo, além de nomes como Stephen Hawking, Richard Dawkins e Yuval Noah Harari, cuja obra Sapiens (L&PM) figura entre os 20 livros mais vendidos no Brasil em 2017, segundo levantamento parcial do site Publish News, especializado no mercado editorial.  Leia mais: goo.gl/ZoCft9

06 setembro 2017

Repositórios de acesso aberto da Embrapa ganham novas versões e funcionalidades

A Embrapa acaba de lançar as novas versões do Repositório de Informação Tecnológica da Embrapa (Infoteca-e) e do Repositório de Acesso Livre à Informação Científica (Alice), seguindo a tendência mundial de fortalecimento de sistemas de acesso aberto às informações científicas, que considera a ciência como um bem público e que, portanto, deve ser compartilhada de forma irrestrita.
Com um resultado de 3,3 milhões de acessos em 2016, o Infoteca-e tem como proposta disponibilizar gratuitamente informações tecnológicas (livros, fôlderes, cartazes, vídeos e programas de rádio Prosa Rural), no formato impresso ou eletrônico, para um público de agricultores, técnicos da extensão rural, estudantes, entre outros. Já o Alice, com um resultado de 4, 4 milhões de acessos no ano passado, disponibiliza gratuitamente, conteúdos científicos baseados em resultados de pesquisas, tais como artigos, teses e dissertações de pesquisadores e analistas da Embrapa. A gestão dos repositórios tem a coordenação conjunta da Embrapa Informação Tecnológica (Brasília, DF) e da Embrapa Informática Agropecuária (Campinas, SP).
“As novas versões dos repositórios repercutem na melhoria da busca por informações seja pelo público, em geral, seja pelos pesquisadores, em especial, nos diversos temas e assuntos relacionados à agricultura. Se eu descrevo melhor os metadados de um artigo, por exemplo, recupero o artigo com mais facilidade”, afirma Alessandra Silva, supervisora de Informação e Documentação da Embrapa Informação Tecnológica, setor responsável pela coordenação do Sistema Embrapa de Bibliotecas (SEB).
Leia mais: goo.gl/e9venH

Normas ABNT no Google Docs: organize referências bibliográficas

Recurso é útil para quem precisa escrever monografias ou teses

Já imaginou ter alguém que organizasse as referências bibliográficas da sua monografia nas normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) como num passe de mágica? No Google Docs, isso é possível. O complemento EasyBib Bibliography Creator, que está disponível para o Office do Google" de maneira gratuita, reúne normas técnicas de formatação do mundo inteiro, incluindo as mais usadas no Brasil. Assim, basta procurar pela edição do livro ou arquivo para o qual você quer criar uma citação e o aplicativo vai gerar automaticamente o modelo correto. A extensão ainda organiza suas referências em ordem alfabética pelo nome do autor.
Veja como instalar e utilizar esse recurso. Uma vez adicionada ao Google Docs, a extensão passa a ser uma ferramenta disponível a qualquer momento para o usuário. Saiba fazer as referências bibliográficas de forma correta e de maneira simples.


Primeiro uso: instalando o EasyBib no Google Docs

Passo 1. Com um documento aberto no Docs, selecione, no topo da tela, a guia "Complementos" e depois clique em "Instalar complementos";
Passo 2. No pop-up que irá abrir, use a barra de pesquisas para buscar a extensão EasyBib. Quando encontrar, clique no botão "+ Grátis" para adicioná-la ao Docs;
Passo 3. Para funcionar, o complemento irá pedir algumas permissões. Clique em "Permitir" para concedê-las.

Como criar referências em ABNT com o EasyBib

Passo 1. O procedimento anterior só é necessário no primeiro uso. Após a instalação, a extensão estará permanentemente disponível na guia "Complementos". Para usar, basta clicar sobre ela;
Passo 2. Por padrão, o EasyBib vem configurado para o estilo de formatação da MLA (Modern Language Association), muito usado na América do Norte. Clique sobre o botão "Style" e busque por "Associação Brasileira de Normas Técnicas para mudar para o estilo da ABNT, o mais popular no Brasil;
Passo 3. Escolha se o texto que você quer citar é um livro (Book); artigo de periódico (Journal Article) ou Website; busque pelo título ou autor e selecione a edição que você está utilizando;
Passo 4. O EasyBib irá organizar, automaticamente, a citação da publicação nas normas da ABNT. Para adicioná-la ao documento, basta clicar no botão "Add Bibliography to Doc";
Passo 5. Se você adicionar outras publicações às referências, o EasyBib irá organizá-las por ordem alfabética do sobrenome do autor principal, como exigem as normas.

USP anuncia vencedores do Prêmio Tese Destaque 2017

A Pró-Reitoria de Pós-Graduação da USP divulgou, no último dia 4/9, a lista dos vencedores da sexta edição do Prêmio Tese Destaque USP.
A proposta do prêmio é estimular a constante busca pela excelência na pesquisa, por meio do reconhecimento das melhores teses de doutorado defendidas na Universidade, em todas as grandes áreas do conhecimento. Em cada área foi escolhido um Prêmio Tese Destaque USP e duas Menções Honrosas.
Entre os trabalhos reconhecidos, dois estudos desenvolvidos na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (USP-ESALQ) receberam Menção Honrosa. Na Grande Área Ciências Agrárias, foi indicada a pesquisa “Alterações na qualidade do solo devido a mudança de uso da terra para expansão da cana-de-açúcar no Brasil”, de autoria, de Maurício Roberto Cherubin, defendido no Programa de pós-graduação em Solos e Nutrição de Plantas, sob orientação do professor Carlos Clemente Cerri (in memoriam).
Na Grande Área Multidisciplinar, receberão menção honrosa o trabalho “Efeitos da agricultura intensiva na estrutura e funcionamento de riachos de cabeceira tropicais”, de autoria de Ricardo Hideo Taniwaki, realizado no Programa de Pós-graduação em Ecologia Aplicada (ESALQ/CENA), com orientação do professor Silvio Frosini de Barros Ferraz.
Premiação – O autor da Tese Destaque USP receberá um prêmio no valor de R$ 10 mil e seu orientador receberá recursos disponibilizados através do orçamento da unidade para custeio de até R$ 5 mil. Os autores e orientadores da Tese Destaque USP e das duas teses com Menção Honrosa receberão um Diploma de Premiação assinado pelo reitor da USP. Os recursos para a premiação serão provenientes de Convênio USP/Santander.
A cerimônia oficial de premiação ocorrerá no dia 28 de setembro.
Clique aqui e acesse a lista dos vencedores.
Com informações da Pró-Reitoria de Pós-Graduação da USP.

Desafios para a avaliação da pesquisa científica Brasileira

Avaliar a pesquisa científica que se faz no Brasil é uma tarefa complexa. Embora a contagem de artigos publicados e outros parâmetros quantitativos sejam relativamente simples de aferir, uma avaliação mais precisa requer, também, uma abordagem qualitativa, que leve em consideração as particularidades de cada área do conhecimento. A avaliação da produção científica nacional foi tema de mesa-redonda na
Reunião Anual da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), que acontece esta semana em São Paulo.
“Não é só a questão da quantidade de artigos publicados. Devemos considerar o seu impacto”, afirmou Mario Neto Borges, presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Ele mencionou que, embora a produção científica brasileira venha crescendo em quantidade desde a década de 1990, há pouco avanço em relação ao impacto dessas publicações.
Para Borges, a internacionalização da ciência brasileira – isto é, a circulação dos pesquisadores brasileiros em outros países, o estabelecimento de parcerias e o intercâmbio de cientistas estrangeiros no Brasil – tem o potencial de ampliar tanto a quantidade quanto o impacto das publicações científicas. “Esta é uma das missões dessa nova gestão do CNPq”, afirma o presidente, nomeado em outubro passado.
Ainda segundo ele, outra estratégia que pode potencializar o impacto da produção brasileira é o desenvolvimento de projetos de inovação em parceria com empresas. A transformação de conhecimento em riqueza, segundo Borges, ainda deixa a desejar. “Somos bem desenvolvidos em ciência, pouco em tecnologia e quase nada em inovação”, ponderou.
Leia na íntegra: goo.gl/M9X4oa

01 setembro 2017

JCR apresenta dados de 2016

Estão no ar as estatísticas de 2016 do Journal Citation Reports (JCR), editado pela Clarivate Analytics. A base, disponível para usuários do Portal de Periódicos da CAPES, conta com dados de 81 países, mais de 11 mil revistas científicas e quase 250 disciplinas, indicando quais são as principais e mais relevantes publicações do mundo.

O JCR é um banco de dados originado da coleção principal da Web of Science, que utiliza a plataforma InCites e permite consulta e avaliação de periódicos a partir de dados de citação dos títulos indexados na Web of Science. Por meio do JCR é possível consultar diversos índices, como o fator de impacto da publicação (Journal Impact Factor - JIF), o Eigenfactor, o número total de citações da publicação com e sem autocitações, o índice de imediatismo que mede o quão rápido um artigo é citado em cada publicação, dentre outros.

Estão no ar as estatísticas de 2016 do Journal Citation Reports (JCR), editado pela Clarivate Analytics. A base, disponível para usuários do Portal de Periódicos da CAPES, conta com dados de 81 países, mais de 11 mil revistas científicas e quase 250 disciplinas, indicando quais são as principais e mais relevantes publicações do mundo.

O JCR é um banco de dados originado da coleção principal da Web of Science, que utiliza a plataforma InCites e permite consulta e avaliação de periódicos a partir de dados de citação dos títulos indexados na Web of Science. Por meio do JCR é possível consultar diversos índices, como o fator de impacto da publicação (Journal Impact Factor - JIF), o Eigenfactor, o número total de citações da publicação com e sem autocitações, o índice de imediatismo que mede o quão rápido um artigo é citado em cada publicação, dentre outros.

A coleção principal da Web of Science é uma base de dados composta por índices de citações que cobrem as áreas de Ciências (SCI), Ciências Sociais (SSCI) e Artes e Humanidades (A&HCI), além de dois índices de anais de conferências (CPCI-S e CPCI-SSH) e do índice para fontes de informação emergentes (ESCI). Para mais informações sobre a Web of Science, clique aqui.

Os usuários podem acessar o JCR por meio da opção Buscar base do Portal. É possível verificar, por meio de pesquisa na plataforma, os dez periódicos com maior fator de impacto das Science Citation Index Expanded (SCIE) e das Social Sciences Citation Index (SSCI). Todos os títulos estão disponíveis para consulta no Portal de Periódicos.